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A SÍNDROME DE DOWN E O ESTUDO DA MATEMÁTICA

Por:   •  3/6/2018  •  Artigo  •  4.960 Palavras (20 Páginas)  •  163 Visualizações

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a síndRome de down e o estudo da matemática

OSWALDO GOMES DA SILVA JUNIOR

Anhanguera Educacional – Leme

RESUMO

Este trabalho tem como foco as dificuldades no ensino da matemática aos portadores da Síndrome de Down. Por meio de uma revisão de literatura, apresentar-se-á as principais dificuldades que envolvem os indivíduos portadores de Síndrome Down, e, mais especificamente, sua capacidade (dificuldade) de aprender matemática básica. Faz-se um resumo simplificado da Síndrome de Down e suas consequências. Trata do aprendizado da matemática e os obstáculos para quem aprende e para quem ensina, que muitas vezes não está devidamente preparado para essa missão. Foca o desenvolvimento de habilidades, por meio de exercícios e atividades pertinentes, que visam obter uma estimulação visuomotora, principalmente do processo de contagem. Ainda a utilização de tecnologia, como por exemplo, softwares de jogos matemáticos e outros. Portanto, o trabalho visa, de forma simples e objetiva, “trazer à tona”, as dificuldades inerentes aos portadores de Síndrome de Down, no aprendizado da matemática.  

 

Palavras-chave: Síndrome de Down; Matemática; Aprendizado; Inclusão; Habilidades.

INTRODUÇÃO

O tema escolhido para o presente trabalho: a síndrome de Down e o estudo da matemática nasceu da preocupação emergente com o aprendizado no Brasil e, sobretudo, o que se tem feito no sentido de se melhorar o ensino para as crianças com necessidades especiais. Tem-se percebido que a educação, principalmente o ensino fundamental nas escolas públicas, está negligenciada, senão em todas as escolas, mas em um grande número delas. Que os professores nem sempre estão devidamente qualificados e, quando se depara com crianças com necessidades especiais – físico, cognitivo ou psicológico -, o despreparo é ainda maior. O foco é o estudo da matemática, com ênfase em crianças portadoras da síndrome de Down, uma vez que aprender matemática é sempre difícil, independentemente de se ter ou não necessidades especiais, mas nas crianças com SD é ainda mais complicado, pois esses indivíduos apresentam dificuldades generalizadas que afetam a linguagem, a autonomia, a motricidade e a integração social.

Para o presente estudo foram utilizados diversos autores, tais como: Almeida (2006), Bourscheid (2008), Groenwald (2010), Gundersen (2007), Yokoyama (2014), Moraes & Kubaski (2009), Paula (2012), Pereira (2012), Rodrigues (2012), Santos (2012), Scandelai (2010) e Soares (2008).

Em relação a Almeida (2006), a contribuição foi esclarecedora quanto à memória, atenção, a atividade perceptiva motora, a organização espacial de todas as pessoas, independentemente de necessidades especiais ou não; Bourscheid (2008), contribuiu alertando para a utilização de tecnologias de comunicação no ensino da matemática (visual e auditivo), assim como os Jogos Matemáticos na realidade virtual; Groenwald (2010) contribuiu, sobretudo, na apresentação da pesquisa Sistema Tutorial Inteligente (ITS), que aborda questões do conhecimento da matemática aplicadas ao ensino fundamental, com ênfase nos portadores de SD, que recebem de forma diferente as informações, logo, com necessidades educativas diferentes, como por exemplo, a utilização de softwares específicos e outras tecnologias; Gundersen (2007), a contribuição foi quanto à compreensão da síndrome de Down, quanto ao processo biológico – genes e DNA; Yokoyama (2014), esclareceu quanto às diferenças das crianças normais e as portadoras de SD, principalmente no que tange ao aprendizado da ciência matemática, apresentando alguns estudos esclarecedores, assim como seus motivos psicológicos, sociais e culturais; Moraes & Kubaski (2009), a contribuição foi relativa à necessidade dos educadores utilizarem metodologias adequadas no ensino aos portadores de SD, assim como o estudo de seus perfis e adaptação à vida diária, assim como os cuidados com as suas formações; com relação à Paula (2012), que apresentou o trabalho das pesquisadoras Ferreira e Teberosky (1985), quanto ao processo de aprendizado das crianças com e sem necessidades especiais; Pereira (2012), cuja contribuição versou sobre a exigência de habilidades e funções cognitivas complexas no estudo da matemática e, sobretudo, sobre a memória de curto prazo; Rodrigues (2012), esclareceu quanto à necessidade das crianças portadoras de SD terem acompanhamento de, por exemplo, um Psicopedagogo;  Santos (2012), contribuiu quanto ao uso de softwares no auxílio do aprendizado a crianças portadoras de síndrome de Down; Scandelai & Cavalari (2010), sua contribuição foi relativa às complicações clínicas que interferem no desenvolvimento das pessoas portadoras de SD;  Soares (2008), a sua contribuição foi relativa à apresentação de exercícios de estimulação visuomotora que ajudam crianças com portadoras de síndrome de Down no processo de contagem.

O trabalho está dividido em três seções. Na seção 1, esclareceu-se sobre as causas da Síndrome de Down; na seção 2, está o foco do trabalho, isto é, as crianças com SD e o aprendizado da matemática – a ação dos educadores, os estudos a respeito do assunto, assim como esclarecimentos sobre as dificuldades inerentes ao estudo da matemática; na seção 3, abordou-se o desenvolvimento de habilidades necessárias e os recursos que auxiliam o processo.

  1. o que é a síndrome de down

Síndrome de Down, “significa que seu bebê tem um cromossoma extra, em cada um dos seus milhões de células, em vez de 46, ele tem 47 cromossomas". (KOZMA, 2007, p. 15)

        Conforme informações do site do Movimento Down, não há explicação científica comprovada por que o “óvulo feminino ou o espermatozoide masculino apresentam 24 cromossomos no lugar de 23, ou seja, um cromossomo a mais”.  

Cabe ainda, esclarecer, de acordo com o “Movimento Down”, que não há nada que os pais poderiam ter feito de diferente para evitar que seu “filho ou filha” nascesse com a SD.  

As pessoas com síndrome de Down têm muito mais em comum com o resto da população do que diferenças. Se você é pai ou mãe de uma pessoa com síndrome de Down, o mais importante é descobrir que seu filho pode alcançar um bom desenvolvimento de suas capacidades pessoais e avançará com crescentes níveis de realização e autonomia. Ele é capaz de sentir, amar, aprender, se divertir e trabalhar. Poderá ler e escrever, deverá ir à escola como qualquer outra criança e levar uma vida autônoma. Em resumo, ele poderá ocupar um lugar próprio e digno na sociedade.

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