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As Expressões Artísticas

Por:   •  23/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.800 Palavras (8 Páginas)  •  170 Visualizações

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11004 ANIMAÇÃO E EXPRESSÕES ARTÍSTICAS. E-fólio A

Aluno: nº 1502088 Daniel Romeiro / Curso: Educação / Docente: Amílcar Martins

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1 – Temática convergente dos 7 vídeos.

A temática convergente a esta entrevista encontra-se na interseção entre a ideia da centralidade do ser, na sua relação com a arte e a ideia de uma educação pela arte. A arte como possibilitadora de todo um processo educativo de crescimento desse novo ser, sua ascensão moral, espiritual e estética, onde cada um possui a faculdade de aprender, mas onde o homem livre não deve aprender como escravo, tal como afirma Platão (s.d.) na sua obra a República (cit. por Sousa, 2003). Arte que pela elevação espiritual conduz o homem à valorização da diferença, da multiculturalidade, da compreensão e aceitação de si próprio e do outro. A arte que o leva à tomada de um estado superior de consciência, a uma cidadania global, onde o mundo é, cada vez mais, uma pequena “aldeia” à distância da ponta dos dedos. A arte e a educação pela arte, centradas no ser, como veículos de elevação espiritual que levam à compreensão e partilha global de valores éticos, estéticos, universalistas. Vigotsky (1970) (cit. por Sousa,2003) fala-nos acerca do peso da emoção, no significado psicológico da arte, na avaliação do belo, levando-nos ao entendimento da relatividade cultural dos conceitos de arte e de belo que se traduz numa maior consciência e aceitação da diferença entre culturas. A arte que nos conduz a significados, únicos dentro de nós, que estão para além da aparência das formas. A arte como ferramenta privilegiada que o “artonauta” usa para navegar à descoberta de si e do outro, através da capacidade de se experimentar e de se transmutar através do imaginário para chegar ao belo, ao divino. A arte como base de toda a educação, potenciadora do pensamento criativo que possibilita a capacidade de conceber respostas inovadoras aos novos desafios de desenvolvimento que se colocam na atualidade. A arte como o elemento que define a essência do próprio ser humano, o seu pensamento simbólico, o seu amor pelo belo materializado através do estado espiritual que resulta da criação e contemplação da obra produzida, tal como afirma Platão (s.d.) (cit. por Sousa, A. 2003).  A educação através da arte e a arte em si, como elementos fundamentais para uma sustentação, altruísta e de responsabilidade partilhada, dos quatro pilares do desenvolvimento definidos nos documentos da UNESCO: aprender a aprender; aprender a fazer; aprender a viver; aprender a ser.

2 –  A função da arte. (Vídeo 3)

No contexto social de gerir o ser humano como um todo, transformando os desafios em oportunidades, em possibilidades, a função da arte é, tal como afirma Martins, A. (2007), permitir um caminho extraordinário de desenvolvimento do indivíduo. Este canal de desenvolvimento através das artes é um elemento que os gregos já tinham concebido como fundamental para atingir daquilo que eles consideravam o aperfeiçoamento humano. Segundo Martins, A. (2007), nos textos de Platão e Aristóteles, vemos surgir a arte como o instrumento fundamental do desenvolvimento de todo o potencial humano. A finalidade da arte é a elevação do homem por meio da beleza. Assistimos na arte à capacidade expressiva do homem, através das diversas linguagens artísticas, visando desenvolver todo potencial que traz consigo, fazendo-o ganhar consciência da sua conflitualidade interior, compartilhada com os outros.  Segundo Martins, A. (2002) para Platão, a Educação deveria corresponder a uma maiêutica (maieutiké, que deriva do grego maîa, parteira) e que significa a arte da parteira. Colocando a arte no centro da ação educativa daquele que ajuda a nascer que ajuda a Ser. A arte que transforma as potencialidades que nascem com a pessoa, em capacidades que se exprimem através do Ser. Após a II guerra mundial impôs-se uma reflexão acerca de qual o caminho que iriamos querer para a humanidade. Influenciado pela herança da cultura Grécia clássica, Herbert Read (1942, 1958) (cit. por Sousa, 2003), recuperando a perspetiva grega de Platão, propõe a chamada educação pela arte. Segundo Martins, A. (2002), surgem, no que concerne à prática artística ligada à educação, três visões e três princípios que se tornam pertinentes destacar. Três visões: (i) a humanista, a arte centrada no sujeito, o homem como centro de toda a sua conceção; (ii) a culturalista, a arte centrada no objeto e nos processos de transmissão; (iii) a tecnológica, a arte centrada no agente, nos métodos. Três princípios a que a arte deve obedecer: (i) o ser generalista, sentida por todos; (ii) o ser universalista, para todos e intemporal; (iii) o, cada arte, estar limitada a uma da linguagem específica que permite formas diversas de manifestações do ser.  A visão grega toma como referência o belo como dimensão estética, de equilíbrio e de harmonia, de amor, do homem consigo, com o outro e com o universo. Segundo Martins, A. (2007), não é uma educação pela arte e através da arte que propõe a centralidade do homem, mas é a própria arte em si que propõe essa centralidade. Hoje vemos, presente na prática das expressões artísticas, sete elementos que se combinam: (i) a arte em si: (ii) a arte-expressão; (iii) a arte-jogo; (iv) a arte-prazer; (v) a arte-sensibilidade; (vi) a arte-criatividade; (vii) a arte-aprendizagem. Sete relações que permitem, segundo Martins, A. (2002), cinco abordagens práticas: (i) a intrínseca, centrada no desenvolvimento do sujeito; (ii) a extrínseca, centrada nos objetivos; (iii) a estético-artística, centrada na produção e apresentação de objetos à comunidade; (iv) a terapêutica, centrada na saúde e bem-estar, individual e coletivo; (v) a integrada, centrada numa escolha eclética do tipo de atuação. A arte carateriza o homem como espécie, é a manifestação mais elevada do seu pensamento simbólico. A arte tem como função desenvolver e satisfazer esse pensamento simbólico, essência do seu ser.

2.1 - O professor um protagonista do nosso tempo. (vídeo 6)

O professor como pilar de centralidade do processo educativo. Uma responsabilidade sua, mas que deve ser partilhada por toda a sociedade e ilustrada, metaforicamente, através de um proverbio africano: “é preciso toda uma aldeia para educar uma criança”. Visão, esta, que poderemos reforçar recorrendo ao modelo bioecológico de Bronfenbrenner (1979) (cit. por Narvaz & Koller, s.d.) e à interação entre os seus conceitos de microssistema, mesossistema, exossistema e macrossistema. Linha de pensamento que nos poderá levar a afirmar que a educação é da responsabilidade de todos os que, mesmo não estando em contacto direto com a criança, pelas suas decisões, de alguma forma afetam as caraterísticas do meio e consequentemente a qualidade das possibilidades educativas e do seu desenvolvimento. O professor pelo papel de pilar de centralidade que desempenha no processo educativo, poderemos considera-lo como estando na interseção entre vários elementos que influenciam o processo de desenvolvimento da criança. O professor é elemento catalisador no processo educativo: pela forma com aborda a criança, os pais, os colegas de trabalho, a instituição onde trabalha; pela forma como escolhe as suas linhas de ação, natureza dos materiais e dos objetos. Se tomarmos como referência o modelo pedagógico de Legendre (1993) (cit. por Martins, A. 2002), veremos que o professor, identificado aqui, como o agente do processo educativo é um pilar de centralidade. É através da visão que tem do sujeito criança e do meio que estabelece: a sua relação de ensino com a criança (o sujeito); a sua relação didática com a natureza dos materiais, através da qualidade das escolhas que faz, dos conteúdos de aprendizagem (o objeto). Escolhas estas que por sua vez irão afetar a relação de aprendizagem que se estabelece entre a criança (sujeito) e os objetos de aprendizagem, influenciando, assim, todo processo que ajuda o ser a atingir a sua plenitude, máxima capacidade, sabedoria.

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