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Atividade Prática Supervisionada

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Por:   •  9/4/2013  •  Tese  •  2.634 Palavras (11 Páginas)  •  736 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA -UNIPLI

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CURSO DE PEDAGOGIA

LIBRAS-LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

ANGELA CRISTINA FARIA PEREIRA MENEZES

RA: 3876737145

FABIANE FONSECA DA SILVA PEREIRA

RA: 3870717182

DÉBORA DUQUE DOS SANTOS

RA: 4351839051

ANDREA DOS SANTOS GOMES

RA: 1299198536

CLOVIS ANDERSON DOS SANTOS

RA: 5560125067

FLAVYA DE SOUZA MARINHO

RA: 5560122534

Atividade Prática Supervisionada (ATPS) entregue como requisito para conclusão da disciplina “Libras”, sob orientação do professor-tutor à distância Simone Schneider Denzin.

NITERÓI

23 de novembro de 2012

A surdez nas perspectivas médicas, educacional e cultural, abrangendo a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e a Cultura Surda.

A legislação que dispõe sobre esta língua é recente, porém a luta pelos direitos dos surdos é de longa data. Estes indivíduos são estigmatizados desde os primórdios do tempo, como um ser diferente dos demais, sendo obrigados a moldar-se numa cultura lingüística, para que possam compor a sociedade em que vivem, negando a sua própria condição para se igualar a um ouvinte. É na Idade Moderna que a condição do “surdo-mudo” começou a mudar, Pedro Ponce de Leon (1520-1584) um monge beneditino entrou para história reconhecido como o primeiro professor de surdos, tinha alguns alunos surdos filhos de nobres, é válido enfatizar que ate então acreditava-se que surdos não poderiam ser educados e assim viviam ás margens da sociedade, pois para o surdo a impossibilidade de falar, implicava no seu reconhecimento, como cidadão e consequentemente no seu direito de receber a fortuna e o titulo de familiaridade. Seu trabalho era direcionado a ensinar crianças surdas a escrever. Na verdade vemos um empenho educacional e cultural relativo à língua de sinais quando lemos um pouco sobre Abade Charles Michel de L’Epée (1712-1789), este buscou aprender a língua de sinais que os surdos utilizavam e a partir daí passou a catequizar e ensinar pessoas surdas, criou também sinais metódicos para o ensino da escrita francesa. A história nos revela outros defensores do mesmo pensamento, pois para eles os surdos deveriam ter os mesmos direitos e poderiam expressar-se da forma que melhor lhe conviesse, sem a necessidade de usar o canal oral, porem para infelicidade dos surdos, a sociedade mesmo vendo a capacidade deles, demoraram a aceitar a utilização da língua de sinais. Logo os surdos se uniram cada vez mais em prol de uma comunidade, de uma cultura, de uma língua, observamos defensores do oralismo, terríveis opositores da língua de sinais, a ponto de atos desumanos e cruéis. Marc Itard, para realizar estudos, aplicava cargas elétricas e sanguessugas e outros procedimentos dolorosos, Itard era médico e cirurgião e do ponto de vista médico a surdez era uma doença e então fazia-se necessária uma cura, não importando os caminhos ou métodos.

“A Língua é um sistema de signos compartilhados por uma comunidade lingüística comum. As falas ou os sinais são expressões de diferentes línguas. A língua é um fato social, um sistema coletivo de uma determinada comunidade lingüística, é a expressão lingüística tecida em meio às trocas sociais, culturais e políticas” (QUADROS, R.M. apud Portal. Mec.Gov. 2004).

Muitos erros foram cometidos no passado na busca de se “normalizar” o sujeito surdo, pois pelo que podemos perceber o sujeito surdo não necessita ser “normalizado ou curado” e sim compreendido, a comunicação não se dá apenas por meio da fala, mas por gestos, mímicas, expressões faciais e ate corporais, ou seja uma comunicação espaço-visual, que é uma das principais características da cultura surda. Muitas teorias sobre a educação dos surdos foram e ainda são admitidas como o Oralismo que é a tentativa de o surdo fazer a comunicação através da fala, um método dificultoso e ate mesmo doloroso para o sujeito surdo já que precisa empreender um esforço muito grande para ser igual aos ouvintes, utiliza a leitura labial, temos a Comunicação Total que tem a mesma finalidade do Oralismo, fazer o individuo falar, porém através do alfabeto digital, mímicas, desenhos e outras formas que sejam mais fáceis para absorção da pessoa surda, e por fim o Bilingüismo que é a educação do sujeito pela língua de sinais. No Brasil em 1857 tivemos a criação do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) o que foi uma grande vitória para a comunidade surda brasileira pois nasceu com a iniciativa do ensino da língua de sinais, como que uma regressão, proibiram o ensino de sinais e sancionaram o Oralismo só em 1970[...] admitiram a Comunicação Total, e em 1980-1990[...] o Bilingüismo ganha espaço e os surdos cidadania, pois ganham o direito a ter sua identidade surda. Para que surdos vivam em igualdade com ouvintes, primeiramente precisam ser aceitos como são, indivíduos que utilizam uma língua diferente porem rica e expressiva como qualquer outra língua, mostrando-nos que são capazes de aprender, pensar, interagir com seu meio, exercer sua cidadania e cultura. “A cultura surda não é uma imagem velada de uma hipotética cultura ouvinte. Não é o seu revés. Não é uma cultura patológica. (SKLIAR, 1998, p. 28)

Observamos na história da humanidade em vista do sujeito surdo, na perspectiva médico, educacional e cultural, grande sofrimento e exclusão desta classe por parte da sociedade. Entendemos que aquilo que não se conhece é mais fácil anular do que buscar meios de integrar, em lugar de se integrar, imputam formas de ajustar ao querer das maiorias, e assim, subjugado, o ser humano que faz parte da minoria não consegue desenvolver-se culturalmente, pois sua “diferença” acaba se tornando um imenso abismo preconceituoso. Percebemos do ponto de vista médico que muitas tentativas foram feitas e ainda são na esperança de ter uma pessoa surda oralizada, a visão clinica taxa o sujeito surdo como incapaz, pois tenta modificá-lo, já o conceito socioantropológico, refere-se ao surdo como diferente e aposta na capacidade do individuo de se

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