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Avaliação

Por:   •  12/6/2015  •  Resenha  •  1.864 Palavras (8 Páginas)  •  172 Visualizações

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DARCILENE RODRIGUES GODOI SILVA

Redação de conclusão de curso

Curso: Avaliação Educacional

1. INTRODUÇÃO

         A avaliação educacional é um dos temas mais polêmicos que os profissionais da educação têm enfrentado nas últimas décadas. Um número razoável de pesquisa aponta a necessidade de se repensar ás práticas avaliativas, com vistas a se integrarem ao trabalho pedagógico que assegure a aprendizagem de todos os alunos. Sob esta ótica a avaliação vem ocupando alto nível de crítica constante tanto por parte daqueles que sofrem as conseqüências de seu processo, como por parte daqueles que executam. Nesse sentido a prática avaliativa tem sido um entrave que emperram a ação educativa escolar, tornando-se uma questão exaustivamente debatida, merecendo ser aprofundada por toda sociedade educacional dada a sua importância para as mudanças de um novo paradigma desta ação escolar. Diante deste perfil o processo de avaliação vem gerando equívocos na pratica dos educadores, provocando posições inalteráveis e preconceituosas. Como: distribuir prêmios, e castigos, conferir as notas ou conceitos e aumentar o índice de evasão e repetência, onde tudo isso são procedimentos de avaliação que decide a vida do aluno.

2. DESENVOLVIMENTO

A prática da avaliação educacional é difícil de ser mudada devido o fato de que a avaliação, por si é um ato amoroso e a sociedade na qual está sendo pratica não é amorosa e, daí, vence a sociedade e não a avaliação. Na prática escolar, usa-se a denominação de avaliação e praticam-se provas e exames, uma vez que esta é mais compatível com o senso comum exigido pela sociedade burguesa e, por isso, mais fácil e costumeira de ser executada. Provas e exames implicam julgamento, com conseqüente exclusão, avaliação pressupõe acolhimento, tendo em vista a transformação.

     Para transformar essa prática avaliativa deve-se entender que a mudança não ocorre de uma vez, a necessidades de passos pequenos, assumindo coletivamente, mas concretos na direção certa, desencadeando um processo de mudanças com abrangência crescente: sala de aula, escola, grupo de escola, comunidade, sistema de ensino, sociedade civil, sistema político, a partir de uma criação de base critica em todas as esferas que envolvem o ser humano.

     Trata-se de uma luta da educação, mas articula as outras frentes e setores da sociedade: Desde novas práticas na escola passando por mudanças na legislação, até a construção de uma nova sociedade.

     Para enfrentar esse problema é necessário compreende-lo tendo uma analise reflexiva com uma visão politizadora para captar o movimento do real em termos de avaliação na pratica, buscando uma perspectiva dialética, construtiva, libertadora e formativa compreendendo a prática, refletindo e transformando-a. Para isso o professor deverá mudar sua postura deslocando seu eixo de preocupação, mas também fundamentalmente de ação investindo suas energias e potencialidades não no controle do transmitido, e sim na aprendizagem do aluno.

        A reflexão sobre a pratica, esta deve ser três dimensões: Onde estamos( saber onde/ como estamos), para onde queremos ir ( saber o que queremos com a avaliação, o que queremos buscar com a educação escolar, dependendo de nossa concepção de educação), e o que fazer para vir a ser( estabelecer um plano de ação. A busca de solução tem que ser coerente com nosso posicionamento educacional).                

        A pergunta do professor é muito clara: o que fazer? Mas não pode só aí. A condição para que fazer seja efetivo, é acreditar naquilo que se está fazendo compreender aquilo dentro de um processo maior, com um passo de um processo maior, com um passo ai uma estratégia de resistência dentro de uma sala- ampla.

        Não se pode dizer o que o professor terá que fazer, mas dar elementos para o professor possa se convencer de que é necessário fazer alguma coisa, só que não dá pra fazer tudo é de uma vez.

        Existe o problema da avaliação. Disto ninguém discorda; ao contrário, percebe-se um amplo consenso quanto ao fato que avaliação escolar é hoje um desafio. Este consenso começa a desfazer quando parte para sua análise, em medida que existem diferentes compreensões do mesmo.

        Quando se ouve os professores a respeito do problema da avaliação, suas respostas apontam que o problema decisivo da avaliação está: nos alunos, nas famílias. Outras vezes as questões apontadas são de ordem técnica: como preparar um instrumento que possa medir adequadamente, como avaliar tal componente curricular, como dimensionar o tempo, que peso dar às notas bimestrais, estabelecer médias 05(cinco) ou 07(sete), usar notas ou conceitos, como fazer arredondamento dos décimos da nota, como formular bem as perspectivas, fazer avaliação objetiva ou dissertativa, como corrigir os erros de português e também apontam que o problema da avaliação esta na estrutura: no número de alunos por sala, número de aulas que o professor tem que assumir para sobreviver, o sistema que exige e cobra as notas e alguns professores como certa caminhada levantam os problemas de “como avaliar o aluno como um todo” ou ainda “como ser justo na avaliação”.

        Todos sabem que o problema da avaliação traz consequências drásticas para a educação. O que deviria ser acompanhamento do processo educacional acabou sendo o objetivo deste processo, na prática dos alunos e da escola, é o famoso “estudar para passar”.  

        O novo senso comum dos professores parece aceitar a afirmação de que a avaliação seta ligada à “estrutura de poder da sociedade” é coisa do sistema.

        O poder político lança mão da inculcação ideológica. Este processo visa que cada um conforme com seu lugar da sociedade, pelo “reconhecimento” de sua desvalia, de sua incompetência.

        O papel da ideologia burguesa é lançar a todos o convite, a sedução de chegar lá e convencer a quem “eventualmente” não chegar de que, se não chegou, foi por sua própria responsabilidade (sou fraco das idéias).

        A avaliação sob uma falsa aparência de neutralidade e objetividade é o instrumento por excelência de que lança mão o sistema de ensino para o controle das oportunidades educacionais e para dissimilação das desigualdades sociais, que ela oculta sob fantasia do dom natural e do mérito individualmente conquistado.

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