Colonização e Perspectivas da Descolônia

RESUMO DAS AULAS 6 E 7:

As universidades deveriam possuir um carater formativo de rompimento de barreiras, mas se colocam a favor dos interesses econômicos. Desde o seu surgimento na América Latina as universidades desempenham um papel de servir e unir as classes burguesas de acordo com seus interesses, tendo conceitos, teorias e definições de programas e pesquisas baseados nas universidades européias e americanas.

O capitalismo converteu a ciência em sua principal força produtiva e, por esta razão, a disputa pela propriedade intelectual transformou-se no principal derivativo da revolução científico-técnica. A reflexão acerca desde decisivo tema "a revolução científico-técnica" não tem sido prioridade no Brasil como de resto tampouco nos países dependentes. Nesses, o que prevalecde é um confuso conveniente debate sobre a importância da "inovação" que, na verdade não passa de uma cômoda justificativa ideológica de nosso raquitismo científico e um álibi para a incapacidade da burguesia brasileira em disputar, no difícil terreno da ciência, com nações dos paises centrais. (OURIQUES, 2011. p. 73-74)

Sendo assim, a universidade seguindo esses padrões capitalistas acomoda a manutenção da realidade dos países subdesenvolvidos, já que os sistemas universitários são desenvolvidos sob os conceitos e disposições do capitalismo e assim as pessoas que tem acesso a essa universidade são incorporados a um mercado de trabalho controlado pelas elites econômicas, assim as universidades estão ligadas aos interesses da classe burguesa.

Nas nações historicamente atrasadas, os sintomas desta crise conjuntural surgem como efeitos reflexos, entre os quais sobressai o de desafiar suas universidades — que fracassaram na tarefa de absorver, aplicar e difundir o saber humano atingido nas últimas décadas — a realizar a missão quase impraticável de auto-superar suas deficiências para dominar um saber nôvo que se amplia cada vez mais, ou ver aumentar progressivamente sua defasagem histórica em relação às nações adiantadas (RIBEIRO,1982. p. 8)

É fundamental que ocorram mudanças nas universidades, e pensá-las de forma decolonial, rompendo as barreiras do interesse do capital, e também as barreias políticas, culturais, estruturais, ideológicas e intelectuais. Com uma consciência nacionalista, para as pessoas que aqui vivem, e só assim as transformações ocorrerão efetivamente, quebrando paradigmas, impulsionando a determinação dos latino-americanos.

É de suma importância que a ciência seja usada para a criação de uma tecnologia para a vida plena de todos e não para grupos sociais exclusivos ou elites burguesas. As universidades devem ser um instrumento autônomo de crescimento e desenvolvimento para a vida futura, alinhada com a modernidade.

A universidade deve quebrar barreiras das salas de aula, e se  tornar uma instituição de verdadeiro estudo de organizações sociais, ambientes, processos evolutivos, formação histórica para que possamos desenvolver e criar tecnologias plenas para todos, grandes, médios e pequenos grupos, sejam eles rurais, periféricos ou urbanos.

BIBLIOGRAFIA:

RIBEIRO, Darcy. A Universidade Necessária. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982. p. 07-23.

OURIQUES, Nildo. Ciência e pós-graduação na universidade brasileira. In: OURIQUES, Nildo e RAMPINELLI, Waldir. Crítica à razão acadêmica. Florianópolis: Insular, 2011. pp.73-108.

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