DIDÁTICA SOB A ÓTICA DO PENSAMENTO COMPLEXO

FACULDADE DOUTOR LEOCÁDIO JOSÉ CORREIA

MARIA JÚLIA VALLE FERREIRA

RESUMO

DIDÁTICA SOB A ÓTICA DO PENSAMENTO COMPLEXO

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CURITIBA

2017

Participação: Condição e resultado da aprendizagem.

A aprendizagem se dá pelo meio que a criança está inserida, seja ele o familiar, o social ou o escolar. Na sala de aula existem vários alunos onde cada qual possuí sua história oriunda do seu contexto social, nas salas de aula onde os estudantes estão em processo de aprendizagem as dificuldades aparecem e nesse momento o professor deve intervir trazendo assim o aluno para dentro do contexto fazendo com que o mesmo se sinta parte do grupo que ele esta inserido.
A burocracia escolar vê que o conhecimento é algo em que o professor deve passar ao aluno o conteúdo de forma com que todos compreendam sem que haja dificuldades, porém, tudo é um processo de aprendizagem como meio e não como um objetivo, a partir do meio que se conquista o objetivo.

Autoridade Ontológica.

A autoridade dentro de sala de aula é algo que não ocorre da maneira adequada, os professores são instruídos a conter seus alunos de forma com que os mesmos não demonstrem a sua subjetividade assim como os professores, sendo assim os membros da instituição precisam se adaptar ao comportamento da instituição.
O poder e a autoridade é algo que deve ser exercido e não imposto pela instituição onde o cidadão está inserido, deve ser algo eficiente e que funcione não com a força e sim com o consentimento da população.

Des-construindo a didática.

A didática é a forma de ensinar, e para ensinar precisa-se aprender. Nos cursos de capacitação de professores essa matéria é obrigatória e se subdivide em quatro vertentes fundamentais: Objetivos educacionais, conteúdos, metodologia e avaliação. A didática que os professores utilizam está fragmentando o conteúdo, sendo assim o estudante não esta aprendendo a ser e sim como ser e fazer, não esta sendo estudado as coisas como um todo e sim por partes, sendo assim o aluno não aprende o todo, ele aprende fragmentado e se torna um ser fragmentado não conhecendo assim a s próprio.

A conjunção da disjunção.

A conjunção é trabalhar as coisas como um todo e não apenas com algumas partes, se se pensa em mudar o pensamento deve-se então pensar em mudar as formas de metodologias das escolas na hora de ensinar, por tanto a mudança não deve ser algo sistematizado e sim algo pensado pedagogicamente para que assim haja um entendimento por completo do conteúdo.
Quando o ensino é divido o mesmo perde o sentido cientifico sendo preenchido pelo senso comum da população, com esse pensamento então não se vê a necessidade de realmente aprender da maneira correta o conteúdo que lhe esta sendo apresentado.

“O processo de reconstrução da Didática exige desconstruí-la desde a teoria que a fundamenta.  Os  elementos constitutivos da Didática estão intimamente inter-relacionados; falar de um deles é falar de todos. Transformar a pratica avaliativa significa questionar a educação desde suas concepções, fundamentos, objetivos, organização , metodologia e normas burocráticas”  (SANTOS,AKIKO,2004)

Avaliar está condenado a critérios reducionistas.

O método de avaliar muitas vezes esta relacionado a não clareza dos conteúdos, pois os estudantes se prendem em reproduzir o que o professor lhes passou nas aulas.
As avaliações ocorrem de forma classificatória sendo assim punem os alunos que sabem menos que os demais, com a avaliação classificatória não se preserva a subjetividade de cada aluno, ignorando assim as diferenças que existem em salas de aula.
A educação se trata de duas linhas a seres seguidas, a pedagogia da inclusão, esta que traz o aluno para perto levando em conta a sua historia, suas dificuldades e suas conquistas, e a pedagogia de exclusão que favorece a burocratização do ensino que  o vê como algo pronto e acabado e não como um processo de ensino aprendizagem.

A educação deve deixar para trás a ideia de que todos os alunos de uma sala de aula são iguais tanto em aprendizagem como socialmente e levar em consideração esses que possuem maior dificuldade nas disciplinas apresentadas no currículo.

Educar é fazer com que os jovens dialoguem com o conhecimento.

O ser humano necessita de diálogo para conhecer diversas áreas, e para tudo precisa-se de conhecimento como nas áreas de Filosofia, Antropologia, História, Sociologia e Ética, onde todos os conhecimentos estão interligados com outros conhecimentos. O conhecimento se cria a partir de uma estrutura de organismos que andam lado a lado para um melhor entendimento de determinado assunto, sendo assim deve-se pensar na forma de ensino-aprendizagem levando em consideração o modo de aprendizagem de cada individuo que esta nesse processo.
O conhecimento é variado por tanto se pedirmos aos alunos que analisem  uma obra de arte infinitas serão os entendimentos pela mesma obra, pelo fato de que cada um possui sua forma de analisar o mundo.

Objetivos Educacionais.

Com o pensamento de mudança na didática é necessário mudar o objetivo educacional, que está interligado com o pensamento complexo que se vê com a relevância de mostrar os problemas do dia a dia, mostrando assim a necessidade de alterar os objetivos educacionais e analisá-los dentro da realidade estudantil.

Resgatar a relação simbiótica do ser/saber.

Resgatar o ser do homem se contextualiza na capacidade de adaptação que o mesmo tem no ambiente em ele está inserido, a escola  é fundamental nesse processo, pois pode transformar o conhecimento tornando-o assim mais humanista elevando assim a auto-estima do discente, o que a pessoa sabe é o que ela é, então isso deve ser algo priorizado nas escolas, contudo a visão transdiciplinar é algo que explica esse assunto.

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