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DISCRIMINAÇÃO, PRECONCEITO E RACISMO

Por:   •  8/10/2015  •  Artigo  •  1.540 Palavras (7 Páginas)  •  439 Visualizações

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Discriminação, Preconceito e Racismo.

(Aos olhos da sociedade)

Aline Cristiane.

Resumo: Nas sociedades modernas, os atos explícitos de discriminação racial e étnica são publicamente condenados e proibidos por lei. Portanto, pode-se supor que o preconceito racial estaria acabando? Não. Na verdade, o que parece estar ocorrendo é uma mudança nas formas de expressão e no conteúdo do preconceito.

Palavras-chave: Discriminação. Raça-cor. Preconceito.

1 INTRODUÇÃO

Os negros chegaram ao Brasil no século XVI, como vítimas do comércio de escravos que se desenvolveu na América até o século XVIII, chegando a constituir uma parcela importante da população,  que exercia as tarefas mais pesadas e ocupava o status social mais baixo. Grande parte da população negra foi obrigada a trabalhar nas propriedades rurais, inserindo-se num sistema patriarcal de produção rural (Freire, 1933). Em muitas outras regiões onde houve escravagismo, o trabalho escravo também se desenvolveu preferencialmente no sistema de plantio.

Então muito antes do século XVI, o preconceito de raças já existia, o primeiro povo a ser escravo foram os indígenas, que desempenhavam a extração do pau-brasil, madeira utilizada para a fabricação de tintas. Com isso os portugueses, decidiram implantar os engenhos de cana-de-açúcar, matéria prima com grande aceitação na Europa e que se adaptou muito bem ao clima brasileiro. Por uma questão econômica e a necessidade de mão de obra qualificada para trabalhar nos engenhos, Portugal começa a investir no tráfico de escravos. Os  eram tidos como mercadorias sem valor, foram aproximadamente 400 anos de tortura, cenas de pinicões eram frequentes e tidas como normal naquela época.

Nos dias atuais estas torturas físicas, e a desvalorização da cor, já não acontecem mais com tanta evidencia o que não significa que não acontece mais. Como podemos perceber não foram apenas os negros que foram escravizados no passado, os indígenas também, a desvalorização de raças inferiores, sempre vão sofrer, em uma sociedade desumana que visa, lucro e auto-poder.

O racismo em uma pessoa tem diversas origens, depende da história de cada um, em alguns casos, pode ser por crescerem ouvindo as diferenças e superioridade de determinadas raças, em outros, alguma atitude que moldou seu pensamento. Não importa como o racismo cresceu na mente das pessoas, mas vale ressaltar que se ele for provado, é um crime inafiançável, com pena de até três anos de prisão.

O fato é que não é somente o negro que sofre com o preconceito a discriminação e o racismo, toda pessoa considerada fora do “padrão” da sociedade, vai ser vitima, é triste pensar que em pleno século XXI ainda exista preconceito entre as pessoas, pela sua cor/raça ou pela sua deficiência. Mas é a nossa realidade do dia-a-dia, não podemos simplesmente fingir que nada disso acontece, fazemos preconceito, por raça, cor, sexo, deficiência, tatuagens/piercing, o preconceito começa no olhar de indiferença por outra pessoa.

O preconceito sempre existiu e sempre vai existir, pré julgar a pessoa, por algo ou por alguma razão. Por mais que a sociedade diga que não tem preconceito, discriminação e racismo têm sim, o que acontece é que as pessoas, estão mudando a forma de se expressar, mas quando julgamos a pessoa por sua “diferença” ali está nosso pré-conceito sobre o outro.  

Perguntas começaram a surgir, direcionadas primeiramente para a permanência no sistema público de ensino, considerada o mais acessível para a população negra, especialmente aquela situada nas grandes cidades, já que as taxas de permanência dos vários grupos raciais localizados nas regiões mais pobres apresentam menor distância entre si, comparativamente às regiões mais desenvolvidas. Assim, Fúlvia Rosemberg e Edith Piza destacavam: “Residir no Nordeste ou Sudeste não afeta as oportunidades de ser alfabetizado se o rendimento for superior a dois salários mínimos; ter 10 ou 39 anos também pouco afeta – entre sulinos e nordestinos – as oportunidades de aprender a ler e a escrever, se os níveis de rendimentos forem superiores. Porém, ser pobre nestas regiões afeta, e muito, as oportunidades de letramento. Assim, para todas as faixas etárias, os índices de analfabetismo são piores nas regiões que concentram um maior número de pobres” . A conclusão de que pobreza e raça-cor estão inextricavelmente ligados aos anos de escolaridade e trajetória escolar tem sido a tônica, que por sua vez não permitiria mais isolar raça-cor como variáveis, mas como invariantes a serem pesquisadas em todas as coletas sobre população. Assim, dados recentes apontam as discrepâncias entre populações negras e brancas.

Calcula-se que 65% dos brasileiros pobres são negros, contra 20% dos ricos, quando comparados aos brancos, os pretos e pardos têm probabilidade três vezes maior de continuar sem instrução ou sem completar a primeira série do primeiro grau. Destacam ainda que, entre os grupos de cor (pardos e pretos), o grau de maior desigualdade de oportunidades encontra-se no nível do ensino superior. No Brasil, os brancos, com relação aos pretos, têm 8,5 vezes mais chances de acesso à universidade e relativamente aos pardos a probabilidade é de quase cinco vezes mais.

O MEC adotou em agosto de 2012 a política de cotas sociais e raciais no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Em 2013, as universidades federais e institutos tecnológicos destinaram 12,5% das vagas para alunos de escolas públicas e, dentro deste universo, um percentual para estudantes auto declarados pretos, pardos ou indígenas. Em 2014, 25%. Em 2015, 37,5%. Em 2016, 50% das vagas serão para cotistas. E então se queremos direitos iguais para todos, porque o negro tem acesso na universidade por cotas? Não seria uma forma de preconceito, ele é menos inteligente que uma pessoa branca, que não possa presta vestibular?

Porém, questões como está que nos fazem pensar até onde nossos direitos, são realmente iguais.

1.1 Racismo e exclusão social à brasileira

Uma das características das práticas de discriminação indireta vigentes no Brasil é que ela costuma aparecer de maneira dissimulada, as pessoas são preconceituosas, mas dizem não ser, sendo por vezes de difícil identificação mesmo para aqueles que sofrem na pele os seus efeitos. Além de a discriminação ser uma prática ilegal, com penalidades previstas em lei, e não é de bom tom demonstrar preconceito. Desse modo, mesmo quando não se trata de esconder intencionalmente o preconceito, ele se manifesta frequentemente de maneira “escondida” e a falta de consciência sobre suas atitudes preconceituosas não é  surpreendente, pois está por toda parte, e por vezes até achamos graças em “piadinhas” maliciosas.

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