Disciplina: Escola e inclusão social

[pic 1]

Universidade Estadual Vale do Acaraú

Graduação em Pedagogia

Disciplina: Escola e inclusão social

Inclusão social de alunos com deficiência em escola                               municipal.

Abril de 2018

Introdução

Apesar de a participação das pessoas com deficiência em escolas ser um direito inquestionável, muitos professores e gestores escolares ainda resistem em aceitar estes alunos, declarando-se despreparados para recebê-los. Até mesmo educadores que se dizem favoráveis à inclusão de pessoas com deficiência admitem exceções, alegando não terem o preparo necessário.

Não há receita pronta para lidar com alunos com deficiência. A escola não tem mesmo como saber, antecipadamente, como deve agir com um aluno especial, como se definisse uma forma geral de como agir, pois cada aluno se difere do outro. E isso não se aplica somente a pessoas com alguma deficiência, já que a diferença é própria do ser humano. O processo de aprendizagem de cada estudante é singular. E seja um aluno especial ou não merece respeito e atenção dos professores, diretores em geral.

No decorrer deste trabalho vamos mostra como ocorre a inclusão social de alunos com deficiência em uma escola municipal de Cascavel no Ceará. Mostraremos como se dão os trabalhos no AEE da escola, como é o convívio deles com os demais alunos.

Desenvolvimento

O início dos trabalhos do AEE, na escola visitada, se da com uma pesquisa entre todos os alunos matriculados. São abertas todas as pastas escolares, verificando se há alguma observação, relatório ou laudo. É então feita uma lista com o nome de todos os alunos com necessidades especiais que serão assistidos pelo AEE. Porém a identificação destes alunos é bem difícil, relata a coordenadora do AEE da escola, porque existem muitos alunos que o laudo esta em outra escola ou que ainda não são laudados e os pais não relatam a necessidade do filho no ato da matrícula. Algumas vezes após o início das aulas são identificados alunos com deficiência, então começa um trabalho conjunto entre a diretoria, professores e os profissionais do AEE para conscientizar os pais e até os alunos que tem a deficiência da importância que tem fazer o acompanhamento especializado, pois muitos pais tem vergonha e não aceitam a deficiência do filho ou até mesmo o deficiente não se aceita e se acha menor que os outros.

O atendimento para acontecer precisa ter a autorização dos pais, pois os alunos são menores. Neste ano a secretaria de educação do município fez para todas as escolas um termo que os pais assinam concedendo permissão para que seu filho faça o acompanhamento no AEE. Esta providência foi tomada para resguardar as escolas.

Após todo o apanhado de alunos com deficiência e ter a autorização dos pais é feito então um cronograma com os horários do atendimento dos alunos que fazem acompanhamento. O tempo máximo de permanência do aluno na sala do AEE é de 50 minutos, alguns podem passar menos tempo, se o aluno estiver bem e pode haver casos de alunos que com o tempo são desvinculados por já conseguirem acompanhar as atividades em sala de aula. Podendo ser de um a três dias de atendimento por semana, dependendo da necessidade de cada aluno. Este atendimento deve acontecer no contra turno do aluno, explica a coordenadora do AEE, porém, completa ela, que na escola ocorrem casos de alunos que são assistidos no horário da aula regular, pois são alunos que não conseguem conciliar o horário ou que moram longe e precisam pegar ônibus para chegar até a escola, por isso são atendidos no horário da aula para que o aluno não fique sem o atendimento.

Tendo o cronograma pronto serão feitos os planos, cada aluno deve ter seu plano. Mas segundo a coordenadora às vezes pode acontecer de ela fazer um mesmo plano para até três alunos, se os casos forem parecidos. Através desde plano são estabelecidas metas com objetivos de avanços e desenvolvimento que querem atingir com cada aluno de acordo com a situação de um. Estas metas vão desde o conhecimento pedagógico até o desenvolvimento da autonomia do aluno. Então começam os atendimentos. São recebidos até três alunos por vez, pois trabalham três profissionais na sala do AEE.

Todos os anos a escola antes de iniciar os atendimentos do AEE é feito primeiro com uma conscientização, passam em todas as salas e é conversado com os alunos sobre o respeito aos deficientes, a aceitação e sobre os direitos que eles têm. Reforça a coordenadora do AEE que solicita a direção que este trabalho não fosse feito apenas no inicio do ano, mas que acontecesse trimestralmente. Além da conscientização dos alunos em geral, é feito também em paralelo um trabalho de aceitação com os alunos com deficiência para que eles possam se aceitar e acreditar que pode evoluir com o tempo, se estiver fazendo o acompanhamento correto. Casos que já ocorreram nesta escola e que é bem comum de acontecer em outras escolas são de crianças quando vão chegando à adolescência ficarem com vergonha de suas necessidades especiais e rejeitarem o tratamento por este motivo, por isso há sempre uma conversa com para que eles se aceitem. Mesmo com este trabalho ainda acontecem casos de alunos que tem uma deficiência intelectual mais grave e precisam que a professora vá até a sala chama-lo para ir ao acompanhamento no AEE, os demais alunos falam frases como “vai logo doindinho”, atitudes desrespeitosas que são combatidas diariamente pelos profissionais que compõem a escola, enfatizando sempre a importância do respeito. Mas também há casos de cooperação entre os alunos.

A demanda de alunos com necessidades especiais da escola não conta com deficientes físicos, mas apenas com deficientes intelectuais. Ao todo são 32 alunos com deficiências de leve a grave, sendo que a maior parte deles é leve, mas existem alguns graves que não desenvolveram a fala, mas convivem bem em sala de aula, existem também três alunos com Síndrome de Down, dois alunos com Autismo.

A sala é bem pequena diante de todas as atividades que deveriam ser realizadas com os alunos nela. Umas das coisas que mais o AEE solicita é uma sala maior com um banheiro, também melhorias nos banheiros da escola que seria rebaixar as pias para cadeirantes, entre outros pedidos.

...