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EDUCAÇÃO NA IDADE MEDIA

Por:   •  16/4/2017  •  Artigo  •  6.664 Palavras (27 Páginas)  •  390 Visualizações

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EDUCAÇÃO NA IDADE MÉDIA

CAIO CESAR MONTEIRO AGUIRRE

PROF. GIANCARLO MOSER

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Ciências Biológicas – Licenciatura (Turma 2007/2)

História da Educação

17/08/07

RESUMO

        O melhor meio de se compreender e resumir o sistema educacional durante toda a Idade Média, é a tomada de conhecimento vista por Inês de Cassagne, que considera que a educação foi possivel por ter posto em prática o sentido maior do Evangelho, com a criação da Escola Elemental, e o reconhecimento das crianças como santos inocentes, e à quem o Evangelho deve atender em primeiro grau. Outra definição importante é a visão do pedagogo como facilitador de técnicas de atividades frente aos indivíduos educandos e a educação ser vista como meio de transmissão de conhecimento e técnicas adquiridas como propõe Ramon Lull.

Palavras-Chaves: Educação, Ciência Medieval, Igreja e Cristianismo

1. INTRODUÇÃO

        Muitos autores consideram equivocadamente a Idade Média como período das Trevas, podemos afirmar que esta análise é um equivoco, considerando que durante toda a Idade Média, ocorre o processo de formação do grande alicerce do sistema educacional moderno. Fato este que pode ser observado através do Concílio de Nicéia que propõe entre outras coisas a  organização dos textos bíblicos, que serviriam como manuais de estudos dos decanos nos mosteiros medievais.

        A presença de santos católicos tidos com doutores da Igreja também aparece de forma oportuna com a identificação do fortalecimento de estudos da divindade de Jesus Cristo, e o estudo de fenômenos naturais e comportamento humano.

        A maior identificação do processo de ensino se encontra na diversidade da interpretação da forma de adquirir o conhecimento, vemos uma organização que mistura religião, cultura, guerras, filosofia e política associadas ao sistema de aprendizagem.

        O cristianismo desempenha um importante papel neste processo, pois prega a religião unificada, divulga a filosofia grega, questiona a política dos governantes, debate a ocupação territorial, e centraliza a ciência e consequentemente determina o que é o conhecimento, ao mesmo tempo que cria escolas e normas de aprendizagem.

        Ainda assim, não propomos neste momento uma discussão sobre a figura da Igreja, nem dos dogmas religiosos, ainda que tenham certa relevância sobre o sistema de aprendizagem, o que queremos é expor os meios utilizados pelo Cristianismo para desenvolver um sistema de educação que em muitas partes são ainda hoje utilizados em muitas escolas modernas.

  1. 2.EDUCAÇÃO NA IDADE MÉDIA

        Antes demais nada é necessário entender o desenvolvimento da periodização da história, considerando o nascimento de Cristo, como mecanismo divisor de fronteiras de épocas, nesta situação encontramos um período relacionado com a construção do saber e o fortalecimento do cristianismo como instituição (Igreja), recriando uma visão de poder paralela a dos governantes (Monarquia, Senado, etc) poder este já visto na Idade Antiga, onde a religião desenvolvia uma forma de poder de conselho sobre o governo, entretanto no caso do cristianismo, e do desenvolvimento da Igreja  Católica, a visão de poder apresentada aqui tornava-se, em algumas regiões mais importante que o  próprio Rei.

        A Idade Média passa por dois momentos distintos, chamado de baixa Idade Média e Alta Idade Média, sendo que primeiro período vai desde o nascimento de Cristo até o fortalecimento das cruzadas, e o segundo percorre o Século X até o período determinado como Renascimento, que traz consigo uma reconstrução do saber visto até então.

        Nossa história neste caso, tende a passar  pela criação da Igreja como a conhecemos hoje, bem como o conhecimento dos atuais textos Bíblicos difundidos pelos tempos modernos determinando a figuração de Jesus Cristo como divindade do dogma da fé.

        Nesta consideração é importante relatar o Concilio de Nicéia, ocorrido em 325 d.C., onde a Igreja Católica traz a discussão da questão Ariana que contestava a figura de Jesus Cristo como ser comum, passando a ser os seguidores de Ariul, identificados como os primeiros inimigos da Igreja. O Concílio de Nicéia traz ainda outros pontos importantes como por exemplo, o calendário religioso, e a definição atual da celebração da Páscoa, o batismo dos heréticos, o estatuto dos prisioneiros na perseguição de Licínio e o ponto principal a escolha dos Evangelhos escritos pelos Apóstolos que viriam a compor o junto a outros textos religiosos o Novo Testamento.

        É válido ressaltar que até o Concílio de Nicéia, não se conhecia Jesus Cristo como divindade realizadora de milagres, más como profeta de caráter humano, e grande lider de sua época.

        

        Com a escolha de novos textos, e o fortalecimento da religião, a Igreja, inicia uma formação de pastores, agora denominados de padres e Abades, que serviriam como educadores principalmente daquelas crianças que anteriormente eram abandonadas ou vendidas por suas famílias.

 

        Enquanto na tradição patrística, com referência a Santo Agostinho, predominou o Credo ut intelligem – a fé em busca da razão no período áureo da Escolástica, a razão fundamenta-se na fé de uma criação racional operada pelo Criador Divino. Assim, a síntese filosófica do medievo é a tentativa de constituição da metafísica como ciência ou, em outros termos da pressença de Deus na Natureza, nos seus mistérios cósmicos e fenomenológicos. Na filosofia medieval o conhecimento das coisas estava relacionado em como se dá ou não o conhecimento de Deus.

        Durante a baixa Idade Média  o crescimento populacional atingia uma alta demanda, e os pais, por não terem condições de cuidar de seus filhos abandonavam algumas crianças a própria sorte, ou ainda eram vendidas como escravos, ou mesmo aos prostibulos (tanto meninas como meninos). Assim os mosteiros passam a ter um papel importante na reconciliação desta criança com o mundo aceitando-as e formando-as para atingirem um papel civil na sociedade.

        O melhor desenvolvimento dos textos neste período da história ocorre com a presença de Santo Agostinho, que já era professor aos dezoito anos de idade em 372 d.C. . Santo Agostinho descreve o chamado neoplatonismo e é tido como doutor da Igreja, e grande mestre altamente seguidor da visão divina, determinando a natureza de Deus como poder racional infinito, espirito, pessoa, consciência, sendo ainda Deus ser, saber e amor.

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