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ENSINO DA MATEMÁTICA NO ESTUDANTE .DIAGNOSTICADO COM TRANSTORNO ESPECTRO AUTISTA NO ENSINO FUNDAMENTAL I

Por:   •  2/6/2016  •  Artigo  •  6.867 Palavras (28 Páginas)  •  485 Visualizações

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ENSINO DA MATEMÁTICA NO ESTUDANTE DIAGNOSTICADO COM TRANSTORNO ESPECTRO AUTISTA NO ENSINO FUNDAMENTAL I

Daniele Terezinha do Nascimento

Flávia Dutra Meiado Fialho

Kellyn Molinari Domingues

Rivaisa Buckner

CURITIBA

2016

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS QUE AUXILIAM O PROFESSOR A TRABALHAR O ENSINO DA MATEMÁTICA EM ALUNOS DIAGNOSTICADOS COM TEA.

Daniele Terezinha do Nascimento

Flávia Dutra Meiado Fialho

Kellyn Molinari Domingues

Rivaisa Buckner

RESUMO

Neste artigo aborda-se o Transtorno Espectro Autista, sendo caracterizado um transtorno de desenvolvimento humano o qual para declarar-se, é preciso o comprometimento de três áreas de funcionamento cerebral que podem afetar-se em conjunto ou isoladamente: interação social, comunicação e comportamentos repetitivos, possuindo diferentes níveis de gravidade variando de uma pessoa para outra e também analisar como ocorre a aprendizagem do ensino da matemática no aluno diagnosticado com TEA em escola da rede pública, diante da Inclusão. O autismo ainda é considerado um transtorno não definido, pois o entendimento em relação ao TEA requerer estudos e pesquisas. A sociedade ainda encara uma criança autista como uma pessoa diferente, pois há vê, como uma pessoa que vive apenas seu mundo. O objetivo desse artigo é pesquisar práticas pedagógicas, que auxiliem o professor a trabalhar o ensino da matemática em alunos diagnosticados com TEA no ensino fundamental I. Através das pesquisas bibliográficas e relato de experiência o trabalho apresenta o TEA e suas principais características, a Lei Berenice Piana, a aprendizagem dos alunos diagnosticados com o transtorno e a apresentação dos recursos pedagógicos utilizados pela professora da sala de recurso multifuncionais no ensino da matemática. Como resultado das pesquisas, concluímos que, o processo de aprendizagem do aluno diagnosticado com Transtorno Espectro Autista, não difere-se muito do processo do aluno regular, apenas necessita de apoio de profissionais qualificados e preparados com recursos pedagógicos manipulativos para atender as necessidades dos mesmos, bem como motivá-los a fazerem novas descobertas.

Palavras-Chave: Transtorno Espectro Autista. Recursos Pedagógicos. Ensino.

1 INTRODUÇÃO

Os estudos a respeito do autismo têm avançado, aglomerando conhecimentos pertinentes em diversas áreas, sendo a classe médica decorrente de um interesse inicial pelo tema. Mas hoje, o que conhecemos a respeito desse assunto, executou-se, por meio de publicações independentes do psiquiatra Leo Kanner (1943) e do pediatra Hans Asperger (1944), ambos austríacos. (SCHMIDT 2014).

O diagnóstico de Transtorno Espectro Autista (TEA), para declarar-se, é preciso o comprometimento de três áreas de funcionamento cerebral que podem afetar-se em conjunto ou isoladamente, que são: interação social, comunicação e comportamentos repetitivos com interesses restritos. (TUCHMAN e RAPIN, 2009 apud GOERGEN, 2014).

O autismo possui graus de gravidade e está conectado com outros sintomas que iniciam-se na infância, mas com o diagnóstico precoce, o tratamento especializado e educação apropriada, tende a melhorar a qualidade de vida e seja qual for o nível de comprometimento, assim possibilitando a inclusão social e escolar. (CUNHA, 2015).

Os estudantes, ao engressarem no Ensino Fundamental I, porém, ao iniciar o aprendizado tradicional da disciplina de matemática, os mesmos, de maneira geral demonstram dificuldades, em função das metodologias essencialmente mecanicistas que as escolas utilizam. Segundo Hollas et al.(2012), diante disso, um aluno de inclusão e com o diagnóstico de TEA, não terá compreensão do que lhe é proposto.

Assim, esse estudo tem por tema o ensino da matemática no estudante diagnosticado com TEA na sala de recursos multifuncionais do Ensino Fundamental.

No âmbito escolar, e como foco a escolarização com inclusão, conforme a Lei nº 12.764, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno Espectro Autista, (BRASIL, 2012) sendo os autistas considerados oficialmente pessoas com deficiência, tendo direito a todas as políticas de inclusão do país, dentre elas a educação, esse artigo visa responder o seguinte questionamento: Quais as práticas pedagógicas o professor utiliza no ensino da matemática com o estudante diagnosticado com TEA no Ensino Fundamental I?

Nesse contexto, parte-se da hipótese de que conhecendo e aplicando práticas pedagógicas o estudante será capaz de compreender os conceitos matemáticos.

O artigo se justifica devido ao aumento de estudantes diagnosticados com TEA. Segundo Aampara (2014), em resposta aos dados epidemiológicos em Curitiba a prefeitura de Curitiba informou, que o Brasil, de acordo com o Censo de 2000, possui de um a dois milhões de brasileiros que preenchem critérios do TEA, sendo de quatrocentos a seiscentos mil com menos de vinte anos e destes cento e vinte a duzentos mil menores de cinco anos – fato que demonstra a importância de ações públicas voltadas a esta população.

Ainda de acordo com Aampara (2014) capacitação, apresenta-se bastante incipiente quando se leva em consideração as proporções da cidade de Curitiba, que conta com 1.776.761 hab. (IBGE, 2013). Dados epidemiológicos mais recentes sugerem que um índice de 60/10.000 (0,6%) da população mundial possuem TEA, portanto, segundo esta estatística, teríamos em Curitiba, aproximadamente, 10.660 pessoas com transtorno do espectro autista. (BRASIL, 2014).

Com base na lei 12.764, que ampara o processo de inclusão, vimos a necessidade de saber como acontece o ensino da matemática em estudantes diagnosticados com TEA na rede pública de ensino, no município de Curitiba.

É de suma importância que profissionais de educação estejam preparados para acolher o aluno de inclusão, conhecendo seriamente a deficiência desses alunos para obter um melhor desenvolvimento em seu quadro clínico e pedagógico, propiciando uma

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