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SAÚDE MENTAL E MÃES DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO ESPECTRO AUTISTA

Por:   •  14/11/2017  •  Projeto de pesquisa  •  2.114 Palavras (9 Páginas)  •  477 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

BEATRIZ GARCIA STRICAGNOLI

SAÚDE MENTAL E MÃES DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO ESPECTRO AUTISTA

LINHA DE PESQUISA – EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA COMUNIDADE

SANTOS

2016

BEATRIZ GARCIA STRICAGNOLI

SAÚDE MENTAL E MÃES DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO ESPECTRO AUTISTA

Anteprojeto de Pesquisa apresentado como exigência para participação do processo seletivo do Programa de Mestrado Ensino em Ciências de Saúde – Modalidade Profissional da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, Campus Baixada Santista. Linha de pesquisa Educação em Saúde na Comunidade.

SANTOS

2016

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3

2. OBJETIVOS 6

2.1 Objetivo Geral 6

2.2 Objetivos Especificos 6

3. MÉTODO DE PESQUISA 7

3.1 Delineamento 7

3.2 Participantes 7

3.3 Instrumentos 7

3.3.1 Entrevista sobre as concepções da mãe acerca do diagnóstico de TEA 7

3.3.2 Inventário de Depressão de Beck (BDI) 7

3.3.3 Inventário de Sintomas de Stress para adultos de Lipp 8

4. CRONOGRAMA 9

REFERÊNCIAS 10

1. INTRODUÇÃO

O transtorno espectro autista tem sido objeto de estudo em diferentes contextos, seja para identificar suas causas, compreender suas características, propor intervenções, ou mesmo para elucidar quais os impactos que este causa em seus familiares.

A elaboração dessa pesquisa partiu da tentativa de conhecer e compreender como o diagnóstico de TEA afeta a saúde mental das mães de crianças com este transtorno.

O termo “autismo” provém da palavra grega “AUTOS” que significa próprio e “ISMO” que traduz um estado ou orientação.

O transtorno espectro autista atinge cerca de 1 em cada 68 crianças no mundo, segundo dados do CDC (Center of Deseases Control and Prevention), sendo 4,5 vezes maior os casos em pessoas do sexo masculino em comparação as pessoas do sexo feminino.

Pouller, em 1906, ao pesquisar sobre pessoas que tinham o diagnóstico de demência precoce, introduziu a palavra autista na literatura psiquiátrica. Em 1911, o termo “autismo” foi difundido pelo psiquiatra Eugen Bleuler, para descrever a falta de senso da realidade que tem como causa a dificuldade ou impossibilidade de estabelecer comunicação interpessoal. Considerou o autismo como transtorno básico da esquizofrenia, tendo como características relações restritas ou limitadas com outras pessoas e com o mundo externo (SALLE, et al., 2005).

Kanner (1943) caracterizou o autismo como uma forma de psicose infantil, descreveu um grupo de crianças com comportamentos atípicos que tinham certas características em comum, sendo a principal delas a falta de capacidade de interagir com outras pessoas.

O autor observou a frequência de comportamentos repetitivos e estereotipados, em alguns casos e em diferentes graus, o atraso no desenvolvimento da linguagem, além da relação social muito limitada. Distinguia estes comportamentos da esquizofrenia infantil, por causa do distanciamento e do isolamento excessivo que estas crianças apresentavam e afirmava que se tratava de um transtorno nato.

Kanner (1943) optou pelo termo “autismo” para descrever todos os sintomas observados e ressaltar a característica do isolamento social, descrevendo:

“(...) assim teremos que supor que estas crianças tenham vindo ao mundo com uma incapacidade inata para formar os laços normais, de origem biológica, de contato afetivo com as pessoas, do mesmo modo que outras crianças vêm ao mundo com outras deficiências inatas, físicas ou intelectuais” (KANNER, 1943, p. 250).

Em 1944, Hans Asperger, caracterizou um grupo de crianças com atraso no desenvolvimento, sem apresentarem outros sintomas associados ao retardo mental, denominando estas características de “psicopatia autistica”. Diferente de Kannner, Asperger defendia um melhor prognóstico para estes pacientes, provavelmente porque os pacientes estudados por ele, apresentavam um desempenho superior em comparação com os estudados por Kanner. (SALLE, et al., 2005).

Bender, em 1947, discordou do estudo de Kanner e utilizou o termo “esquizofrenia infantil”, pois considerava o autismo uma forma de esquizofrenia precoce. (GAUDERER, 1992 apud Salle, et al., 2005).

Segundo Klim (2006), no decorrer dos 50 e 60 do século XX, houveram muitas divergências sobre a causa do autismo e sua etiologia, conforme o autor “a crença mais comum era de que o autismo era causado por pais não emocionalmente responsivos”. Porém, esta hipótese deixou de ser considerada, ainda encontrada apenas em alguns lugares da Europa e da América Latina.

Nos primeiros anos da década de 60, o autor defende que “um crescente corpo de evidências começou a acumular-se, sugerindo que o autismo era um transtorno cerebral presente desde a infância e encontrado em todos os países e grupos socioeconômicos e étnico-raciais investigados”. (KLIM, 2006 p.2)

Atualmente, o DSM V (2013) descreve o transtorno espectro autista como um transtorno do neurodesenvolvimento que tem como principais características: déficits persistentes na interação e comunicação social em diferentes contextos e comportamentos com padrões restritos e repetitivos.

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