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Educação Especial A Acessibilidade na Comunicação: Dever do Nosso País Direito do Cidadão

Por:   •  16/4/2022  •  Artigo  •  4.678 Palavras (19 Páginas)  •  77 Visualizações

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Acessibilidade na comunicação: Dever do Nosso País direito do cidadão

Abliene Moyzés da Silva Paz Furlanetto

Resumo

O presente artigo aborda como objetivo compreender melhor sobre a intervenção pedagógica necessária para atender as necessidades comunicacionais de alunos surdos (oralizados e não oralizados) incluídos no ambiente educacional.  Evidenciar a importância do visual/gestual em uma comunicação através da língua de sinais, envolvendo o papel do interprete. A pesquisa também tem como intenção fazer os discentes surdos conscientizar –se que todos fazem parte do ambiente pedagógico com mesmos direitos que indivíduos ditos “normais”.

 Acessibilidade e inclusão são processos que têm sido desenvolvidos no âmbito escolar, bem como a formação de professores para trabalhar com alunos surdos, concepção de educação de surdos, a disponibilidade de recursos didáticos da escola para os alunos surdos e avaliação da inclusão do surdo no ensino regular.

Palavra chave: Acessibilidade, Inclusão, Pessoas portadoras de deficiência.

Introdução

O termo inclusão tem como finalidade a integração dos alunos especiais no ambiente escolar e no meio social. A Educação Especial, como modalidade da educação escolar responsável pelo Atendimento Educacional Especializado - AEE, organiza-se de modo a considerar a aproximação dos pressupostos teóricos à prática da educação inclusiva, a fim de cumprir dispositivos legais, políticos e filosóficos. Os alunos com necessidades educacionais especiais têm assegurado na Constituição Federal de 1988, o direito à educação (escolarização) realizada em classes comuns e ao Atendimento Educacional Especializado – AEE, sendo este complementar ou suplementar à escolarização, que deve ser realizado preferencialmente em salas de recursos multifuncionais na escola onde estejam matriculados. Esse direito também está assegurado na LDBEN - Lei n°. 9.394/96, no parecer do CNE/CEB n°. 17 / 01, na Resolução CNE/CEB n°. 2, de 11 de setembro de 2001, na Lei n°. 10.436/02 e no Decreto n°. 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Portanto entende-se por educação especial modalidade de ensino oferecida preferencialmente em escolas regulares, para educandos portadores de necessidades especiais.

Para que aconteça uma boa inclusão escolar do deficiente auditivo é necessário que haja uma cumplicidade entre professor e aluno. É também preciso que o professor esteja em constante atualização, reconhecendo as necessidades de desenvolver métodos de comunicação com o aluno, de acordo com seu grau de entendimento.

Muitas vezes, apesar das tentativas do professor, o aluno com deficiência auditiva necessita de Atendimento Educacional Especializado (AEE) nas salas de recursos multifuncionais, em turno inverso ao das aulas. Nessas salas o aluno irá desenvolver suas habilidades com auxílio de profissionais da saúde e professores especializados, pois em alguns casos um só professor pode “não dar conta” das necessidades do seu aluno. O aluno surdo faz parte do público-alvo da educação especial.

Atualmente, o desenvolvimento de diversas línguas de sinais e seu ensino permitiu que alunos surdos desenvolvessem sua inteligência. Entretanto é necessário excluir os obstáculos existentes na participação de pessoas com necessidades especiais na sociedade e para a mudança nas instituições oficiais e particulares, para a mudança de regulamentos e atitudes que criem e mantém a exclusão.

Ao receber um aluno com necessidades especiais é normal que o professor se sinta inseguro. O recomendável é que se procure informações sobre o aluno em seu ambiente familiar, fazendo a simples observação do comportamento do aluno ou até mesmo conversando com os responsáveis.

Os colegas de turma também sentirão diferença ao conviver com essa criança, por isso é muito importante que haja uma prévia preparação desses alunos. Fazer brincadeiras em que toda a turma fique sem ouvir é interessante, pois assim perceberão quão delicada é a situação do novo colega.

Para auxiliar à deficiência auditiva, existe a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), a língua utilizada pela comunidade surda, que possui estruturas gramaticais próprias. Para conversar em LIBRAS não basta apenas conhecer os sinais de forma solta, é necessário conhecer a sua estrutura gramatical, combinando-os em frases.

Segundo o portal d educação e saúde mental (2003), assumir a língua de sinais como sua língua e para o surdo uma questão que ultrapassa os limites linguísticos e tem muito a ver com sua própria identidade, uma vez que a atitude constitutiva do sujeito

(com ela construímos nosso pensamento, com ela criamos, organizamos e informamos as nossas experiências). Nesse processo é fundamental o papel da linguagem: ela ajuda a organizar o conhecimento e consequentemente a estruturar o pensamento.

Referencial Teórico

  No âmbito da educação inclusiva tem crescido a preocupação do profissional sobre como desenvolver atitudes que colaborem para a aprendizagem dos educandos com necessidades especiais. Vários questionamentos ocorrem buscando novos significados para que a prática pedagógica seja de qualidade: como ser uma escola inclusiva? Como inserir o aluno com necessidades especiais na sala de aula sem excluí-lo? Como tornar as atitudes prazerosas e significativas?

A inclusão social perpassa pelo atendimento das necessidades de todas as pessoas que, de alguma forma, são colocadas à margem da sociedade e que possam buscar seu desenvolvimento e exercer a cidadania. É o termo utilizado para designar toda e qualquer política de inserção de pessoas ou grupos excluídos na sociedade. Portanto, falar de inclusão social é remeter ao seu inverso, a exclusão social.

De certo modo, é muito difícil que alguém ou algum grupo social esteja totalmente excluído de toda a sociedade. Geralmente, isso ocorre sobre uma parte dela. Assim, falar de inclusão é falar de democratizar os diferentes espaços para aqueles que não possuem acesso direto a eles.  A sociedade modificará em suas estruturas e serviços oferecidos, abrindo espaços conforme as necessidades de adaptação especificas para cada pessoa com deficiência a serem capazes de interagir naturalmente na sociedade.

Botelho (1998) e Lacerda (2000), entre outros autores, alertam para o fato de que o aluno surdo, frequentemente, não compartilha uma língua com seus colegas e professores, estando em desigualdade linguística em sala de aula, sem garantia de acesso aos conhecimentos trabalhados, aspectos estes, em geral, não problematizados ou contemplados pelas práticas inclusivas.

Laplane (2004) argumenta que acreditar que valores e princípios da educação inclusiva sejam capazes de promover instituições mais justas do que aquelas que fundamentaram a segregação, compreender que o discurso em defesa da inclusão se constituiu historicamente como oposto ao da segregação e, nesse contexto, reconhecer a importância de destacar as vantagens da educação inclusiva não pode ocultar os problemas todos que esta mesma “educação inclusiva” impõe. A autora defende que a questão central dos ideais da educação inclusiva se confronta com a desigualdade social presente no Brasil e em outros países em desenvolvimento.

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