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O Movimento e sua Importância na Educação Infantil

Por:   •  13/5/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.634 Palavras (7 Páginas)  •  427 Visualizações

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MARIANE RODRIGUES ARAUJO  1095154

ROBERTA ABRANTES GONÇALVES GOMES 1079757

ROSELENA RODRIGUES CAMPANARI 1105311

VANUSA DE SOUSA BATISTA  1052897

SUÉLLEN APARECIDA GONÇALVES BARBOSA 1106303

MOTRICIDADE EM AÇÃO

Trabalho apresentado à Universidade de Uberaba como parte das exigências da disciplina Desenvolvimento biopsicomotor da criança - na ferramenta  Trabalho em  Grupo da plataforma de estudos AVA.

FRANCA

2015


O movimento e sua importância na Educação Infantil

O movimentar é muito importante para o desenvolvimento desde a infância, as crianças sempre estão em movimento, através dele elas interagem e adquirem conhecimentos, além de criar e se comunicar. No começo, elas engatinham, caminham, manuseiam objetos ou brinquedos, experimentando sempre novas maneiras de utilizar o corpo e seu movimento.

O sujeito se constrói é nessa interação com o meio, e o movimento é uma das formas que temos para interagir com esse meio. Pela exploração a criança vai construindo conhecimentos sobre as propriedades físicas dos objetos e inicia a compreensão de quais relações podem estabelecer. 

As maneiras de andar, correr, arremessar, saltar resultam das interações sociais e da relação dos homens com o meio; são movimentos cujos significados têm sido construídos em função das diferentes necessidades, interesses e possibilidades corporais humanas presentes nas diferentes culturas em diversas épocas da história. Esses movimentos incorporam-se aos comportamentos dos homens, constituindo-se assim numa cultura corporal. Dessa forma, diferentes manifestações dessa linguagem foram surgindo, como a dança, o jogo, as brincadeiras, as práticas esportivas etc., nas quais se faz uso de diferentes gestos, posturas e expressões corporais com intencionalidade.

Segundo o RCNEI, o movimento é capaz de expressar os sentimentos, as emoções e os pensamentos. E isso deve ser levado em conta em todas as fases da vida. Quando menor a criança, maior a importância de se movimentar, pois o movimento acaba sendo uma ferramenta para a criança se comunicar com o mundo. Por exemplo, se um bebê faz muitas caretas é sinal de desconforto, se está com fome chora e assim por diante. Nesse sentido o movimento é o canal comunicativo entre a criança e família. Esta por sua vez deve estar sempre atenta a essas manifestações. A mesma coisa ocorre com os adultos, que através de expressões corporais demonstram o seu sentimento, medo e apreensão. Esse trecho do referencial nos alerta sobre a importância do movimento. O movimento é visto como uma dimensão do desenvolvimento e da cultura humana. Ele está presente desde o início da vida, onde a criança se movimenta para demonstrar suas inquietações e/ou satisfações. Conforme a criança vai crescendo ela vai adquirindo e aperfeiçoando novos movimentos, o que lhes proporciona uma maior interação com o mundo.

Ao longo do crescimento a criança desenvolve a memória, criando acervos de experiências, imagens, sons de acordo com sua experimentação e ação nos contextos em que vive. Com o desenvolvimento da memória a criança também cria acervos para imaginar. A imaginação precisa ser desenvolvida na infância. Brincar, desenhar, cantar, dançar, ouvir histórias, representar no faz de conta são atividades essenciais para o desenvolvimento da criança neste período, que não podem ser desassociadas com o movimentar, já que maioria dessas atividades perpassam por ele.

A cada fase da vida desde antes do nascimento de um bebê o movimentar está sempre presente, podemos observar as características gerais do desenvolvimento motor de acordo com a idade.

- 0 a 2 anos: é o início do movimento. A criança começa a perceber que o movimento é fonte de comunicação e que ela pode se utilizar dele. Nessa fase, ela começa a perceber o corpo, bete palminha, passa a se equilibrar, e a ter noções de espaço.

- 2 a 4 anos: reconhece partes de seu corpo, já consegue correr, saltar, sobe e desce escada/ cadeira ou coisa do tipo, folheia páginas, chata bola sem direção, anda nas pontas dos pés, e passa a dominar mais os movimentos mais simples;

- 4 a 6 anos: os movimentos são mais elaborados, já possui uma coordenação maior, já possui noções de lateralidade, já ordena a direção que pretende seguir, e realiza movimentos mais delicados, que exige um domínio motor maior;

- De 6 a 8 anos: a criança já é capaz de combinar movimentos, já adquiriu a noção de lateralidade, já tem noção do espaço e do tempo, dentre outros.

Esse quadro nos permite entender como ocorre o desenvolvimento motor da criança na qual iremos trabalhar. Conhecer essas fases nos permite desenvolver atividades que auxilie os alunos a uma aprendizagem significativa.

Dentro da nossa realidade educacional podemos nos deparar com educadores que apresentam uma prática um tanto tradicional, limitada e desmotivadora, é o ocorre no exemplo 1: 

Professora X, trabalha com uma turma de maternal com 20 crianças de 3 e 4 anos. Sempre quando chegam à escola, as crianças sentam no corredor e ficam esperando todos os outros amigos chegarem para que possam entrar na sala juntos, em fila e de forma organizada. Na sala, ao iniciar a rotina, ainda sentados nas carteiras onde cada criança fala por sua vez, sempre na mesma ordem, a professora faz a chamada, pedindo que cada criança coloque o seu nome no quadro de pregas. Em seguida, convida uma criança para preencher a “janelinha do tempo”, perguntando se chove ou se faz sol lá fora. Como é o dia da árvore, em seguida, a professora entrega um desenho mimeografado com uma árvore para que possam colorir.

Enquanto as crianças pintam, a professora está na sua mesa, preenchendo diário. Chega a hora do lanche, as crianças fazem uma fila e vão para o refeitório.

O cardápio é banana e a professora as frutas e as coloca uma em cada prato. Depois do lanche as crianças saem em correria para o pátio. A professora tenta controlar as crianças para que não pulem, não corram e mantenham disciplina, mas num minuto já estão todas lá fora.

Enquanto brincam no pátio a professora fica sentada vigiando para que não se machuquem.

Depois de brincarem bastante as crianças voltam para a sala e a professora conta uma história. Ao término da história, cada um pega a sua mochila e vai para casa.

Na escola, os professores devem levar em conta a importância do movimento para o desenvolvimento e interação da criança. Muitos acreditam que as manifestações corporais atrapalham a concentração e logo compromete a aprendizagem, e acabam impondo regras que limitam a movimentação das crianças, como forma de respeito e domínio da sala de aula. É por isso que muitos professores não realizam atividades que permitem a ação e o movimento em si, movimento demais, para alguns, é sinal de bagunça.

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