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O Paradigma Objetivista e Subjetivista

Por:   •  8/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.611 Palavras (7 Páginas)  •  4.501 Visualizações

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O Paradigma Objetivista e Subjetivista

Para a efetivação do ensino aprendizagem, uma questão que é muito polêmica entre os profissionais da educação é Avaliação. Entende-se que a avaliação é parte integrante do processo de formação, uma vez que possibilita diagnosticar questões relevantes, aferir os resultados alcançados, considerando os objetivos propostos e identificar mudanças de percurso eventualmente necessárias. Enquanto medir é um processo descritivo, avaliar é um processo interativo, pois supões julgamento a partir de uma escala de valores. A avaliação não é um fim, mais um meio: para o aluno é um meio de superar as dificuldades e continuar progredindo na aprendizagem: para o professor, é um meio de aperfeiçoar seus procedimentos de ensino. E desse modo que a avaliação assume um sentido orientador.

O professor como fonte conhecedor do conhecimento, prevalece hoje nas escolas e lugares em que o professor tenha um papel de onipotência dentro da sala de aula. Os estudantes e o público em geral assumem que os professores têm todas as respostas e os responsabilizam por estas respostas. Mas, quando o sistema objetivista da escola falha em produzir produtivamente cidadãos conhecedores, a culpa sempre cai sobre os professores. Este modelo está destinado ao fracasso. Na perspectiva construtivista, a aprendizagem individual tem um papel primário na determinação do que vai ser aprendido. É colocada maior ênfase em prover os estudantes com oportunidades para desenvolver habilidades e conhecimentos que eles podem conectar com conhecimentos prévios e de futura utilidade. Em vez de se ensinar uma quantidade enorme de fatos, os processos de pensamento e construções compartilhadas são enfatizados (Kieren 1988, Steffe 1988). O aprendiz decide com os outros que aprender é importante para ele e para ela decidindo ainda sobre os meios através dos quais que a aprendizagem deveria ser explorada. Enquanto trabalha com os outros, o estudante resolve problemas e examina soluções. Essa visão do currículo é mais próxima do verdadeiro trabalho dos cientistas. Como o aprendiz determina o que faz sentido dentro de qualquer contexto que ele ou ela está operando e quais problemas são importantes, o assunto ou a sua relevância diminuem. Os estudantes são capazes de ver a necessidade de aprender habilidades e conteúdos particulares e podem dar aplicações aos problemas dentro das suas particulares culturais. O papel do professor na sala de aula de ciências muda dentro de um paradigma construtivista. O professor torna-se mais um investigador, tentando entender como o seu ou a sua estudante está construindo o conhecimento, conseqüentemente, as oportunidades para desenvolver e modificar o entendimento, fazer conecções e negociações com outros estão disponíveis. O professor construtivista se dá conta de que os conceitos aprendidos hoje podem necessitar ser modificados amanhã, e que é preciso assistir o aprendiz no desenvolver confidências e adaptabilidades. Os professores neste paradigma são aprendizes. Os seus estudantes não os vêm como conhecedores de tudo; eles os vêm tão somente como uma fonte de informação. Eles não vêm o conhecimento como absoluto e imutável, mas como passível de adaptação e sempre alterável. Eles se dão conta de que há maneiras alternativas de ver a realidade e de resolver problemas e tomam consciência de que aprender é uma responsabilidade que diz respeito a eles mesmos.

As formas tradicionais de avaliação tornam-se ineficiente quando usadas apenas a penas como instrumentos de medidas, como uma forma de classificar e julgar o aluno, como objetivo apenas de reprodução de conhecimento. Em tempos de inclusão e inovação pedagógicas as escolas ainda utilizam como mecanismo de avaliação provas teóricas e orais com o objetivo de classificar, atribuir uma nota para cada aluno. Através da avaliação mediadora é possível compreender que cada aprendizagem tem o seu momento próprio e é diferenciada em cada aluno, propiciando tanto ao professor quanto ao aluno momentos de reflexões sobre as práticas pedagógicas utilizadas. Avaliar trata-se de um processo continuo e evolutivo e um professor mediador olha cada aluno, investigando e refletindo sobre o seu jeito de aprender, conversando, convivendo, convivendo e desafiando o aluno de forma que aprenda mais e melhor. O professor deve construir um cenário avaliativo que seja convidativo à aprendizagem, organizados de formas significativas que permita ao aluno confiança e espaço para suas descobertas.

O Paradigma Objetivista tende a associar a avaliação com medidas dadas às suas bases epistemológicas colocadas no positivismo. O processo de avaliação da aprendizagem se dá através de testes e outros instrumentos de apreciação, onde se atribui qualidade ao que é avaliado. Preocupa-se com objetividade. Preocupa com a objetividade, com a retificação das coisas. Ênfase na mensuração. Rigor científico na construção dos instrumentos de avaliação. Os alunos aprende determinados conhecimentos tidos como importantes, mas que distanciam dos seus interesses pessoais. Processos de alienação implícito nas praticas de ensino, destituídos de sentido. Presta-se a finalidade de classificação, discriminação e exclusão. Está dissociada das realidades política e social.

A visão objetivista clássica do conhecimento assume que a 'ciência' produz sucessivas teorias e que estas progridem aproximando-se cada vez mais da correta descrição da realidade. E, mesmo embora nós nunca cheguemos a concluí-la, considerando-a completa, acredita-se que o conhecimento empírico genuíno envolve estruturas lógicas universais de inferência, cujos resultados podem ser testados contra dados 'objetivos' neutros de teoria. (Johnson 1987,p.xiii)

Em contraste com a visão objetivista de aprendizagem temos o paradigma epistemológico baseado no construtivismo (von Glasersfeld 1987, 1989) e a crença de que os indivíduos constroem realidades pessoais que fazem sentido para eles. Os construtivistas acreditam que o conhecimento é construído baseado naquilo que 'funciona' e é 'bom' no contexto particular em que o indivíduo organizador está operando (von Glasersfeld 1989). Isso não significa de fato que os indivíduos existam isolados mas que eles precisam negociar com outros, de maneira a eles desenvolverem um entendimento compartilhado (Bauersfeld 1988, Ernest 1990). Esta negociação envolve comunicação, que é o processo através do qual os indivíduos vêm desenvolver algum entendimento da realidade dos outros (Sless 1986).

Segundo o autor o processo de avaliação

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