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O Realismo e Educação

Por:   •  11/7/2018  •  Trabalho acadêmico  •  365 Palavras (2 Páginas)  •  287 Visualizações

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Realismo e educação

Daniel Paluski

O Realismo na educação tem seu principal expoente com os escritos de Comenius, em sua Didática Magna, estabelecendo um método único e universal para o ensino.

Em contraponto ao Idealismo, o Realismo na educação traz objetividade na análise do mundo, observando os pontos da realidade em seu caráter científico clássico, através da experimentação e observação. Valoriza seus aspectos objetivos e, portanto, mensuráveis da realidade, tendo base no empirismo de Francis Bacon.

Nessa corrente de pensamento, é valorizada a busca pela Verdade, e esta somente ocorre através dos sentidos. Na educação, é necessário conferir ao educando formas de tal experimentação, para que este alcance a verdade. Esta verdade é pautada nos fatos e na existência, tal qual o método científico positivo. A função da educação, nesse sentido, é também preparar o aluno para compreender a existência através dos fatos, utilizando-se da Razão e da disciplina.

Dentro do Realismo científico há a ruptura, ou processo de secularização, com o pensamento religioso, portanto, com exceção de São Tomás de Aquino, dentro da lógica realista, não se consideram aspectos religiosos ou metafísicos dentro da educação. A moral é universal, e a disciplina para segui-la é a ideia de bem comum. Como exemplo, já que vários autores Positivistas são também realistas científicos, poderíamos dizer que a máxima Ordem e Progresso aplica-se ao currículo educacional da corrente realista.

O currículo para uma educação pautada nessa corrente é compartimentado, oferecendo gradualmente ao aluno conhecimento selecionados pelo professor, visto que, considera-se que o aluno não sabe, ou não compreende, o que ele deseja aprender. É um currículo universal, verticalizado, característico de uma pedagogia tradicional, onde o professor é o centro do conhecimento, e o aluno deve absorvê-lo. Nesse sentido, é uma relação unilateral entre docente-discente, não sendo pautada no diálogo.

Essa corrente filosófica estende-se por longe tempo na educação, até meados da Revolução Industrial, e no Brasil colonial. Entretanto, resquícios do pensamento realista podem ser identificados até hoje, a depender da análise da construção do currículo educacional, do exagero na concepção racional e verticalizada que o Estado propõe na educação contemporânea. Mesmo na pós-modernidade, ainda se mantém a relação errônea verticalizada entre professor e aluno, e vários pontos que poderíamos citar por longas linhas textuais.

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