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O valor da avaliação no trabalho pedagógico

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Por:   •  29/10/2014  •  Artigo  •  1.336 Palavras (6 Páginas)  •  360 Visualizações

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AVALIAÇÂO

A sala de aula é um espaço repleto de desafios, de mudanças constantes em relação aos conteúdos, metodologias, propostas avaliativas e recursos, contudo, a avaliação precisa ser repensada. Nesse sentido, inicialmente, é necessário ultrapassar o sentido tradicional de ensino como mera transmissão, para avançar rumo a uma nova na educação dialógica.

Ao abordar os conteúdos de ensino e avaliar para coletar dados, o docente pode levar seus alunos a exercitar a criatividade, a dúvida, e a contextualizar os conteúdos que aprende, organizando-os, pois o mais importante é que o aluno saiba como lidar com essa informação. Toda docência contempla o domínio dos saberes específicos de sua área de atuação, como também o domínio pedagógico, contudo, percebe-se, em relação à avaliação, que muitos docentes sentem dificuldade para empregar modelos inovadores.

Ao longo de muitos anos, era comum que todos os envolvidos num processo educativo tivessem um conceito bem definido do que significasse a avaliação. Dentro da escola, já se sentia como cristalizada a ação de verificar, medir e classificar ao término de uma etapa da suposta aprendizagem do aluno. A avaliação da aprendizagem resultava então numa espécie de sentença final, da qual não se poderia apelar. Nos dias de hoje, porém, este tema tem sido objeto de constantes estudos por parte de teóricos de diferentes tendências pedagógicas e, quase que num consenso geral, acredita se que o caráter estabelecido anteriormente deva ser transformado.

A avaliação é um dos grandes temas que compõem a Organização do Trabalho Pedagógico. Com a enorme discussão a respeito das mudanças de sua

função nas últimas décadas, certamente conseguiu se avançar no que se refere às tentativas de conseguir que sejam eliminadas as características citadas acima, de verificação, seleção e classificação, e também de punição, as quais predominaram em sua essência por tanto tempo. Estudado e entendido por quase que a unanimidade de professores e pedagogos, um novo conceito da avaliação da aprendizagem, que pressupõe uma avaliação diagnóstica, contínua e cumulativa, parecia estar já consolidado nas práticas educativas das escolas.

Os instrumentos de avaliação de aprendizagem devem ser largamente utilizados ao longo do período letivo. Esses instrumentos de avaliação devem permitir ao professor colher informações sobre a capacidade de aprendizado dos alunos, medida, em especial, pela competência dos mesmos para resolver problemas e instrumentalizar o conhecimento para a tomada de decisões.

Cabe ao professor, definir os instrumentos que serão utilizados para melhor acompanhar o processo de aprendizado de seus alunos.

Não existem instrumentos específicos de avaliação capazes de detectar a totalidade do desenvolvimento e aprendizagem dos alunos. É diante da limitação que cada instrumento de avaliação comporta que se faz necessário pensar em instrumentos diversos e mais adequados com suas finalidades, para que dêem conta, juntos, da complexibilidade do processo de aprender.

Ainda a avaliação dentro da sala de aula é instrumento de controle, no que se refere à manutenção da disciplina e da pseudo atenção do aluno às explicações do professor. Ainda encontramos de maneira predominante, instrumentos avaliativos que pedem ao aluno que simplesmente reescreva o que ele apenas memorizou em tantas aulas e leituras. Ou ainda, instrumentos que contêm questões indagando ao aluno saberes completamente inúteis, que nada expressam a essência dos conteúdos. E, ainda mais preocupante, chegando ao final de um ano inteiro de trabalho, o professor tem dúvidas enormes quanto à aprovação ou não de seu aluno, apesar de ter em seu poder um material vastíssimo, com inúmeros exercícios, provas, trabalhos, cadernos, que tomaram horas e horas de seu tempo em correções infindáveis, mas que, nesta hora decisiva, parece não contribuir em nada para o término de um processo com tranqüilidade e segurança.

Refletindo além de todas as teorias que cercam as diferentes concepções de ensino e conseqüentemente de avaliação, dentro das diversas tendências pedagógicas, passamos a acreditar que a maneira como se elaboram os diferentes instrumentos de avaliação (muitas vezes não tão diversos assim), e a dificuldade explícita da determinação de critérios avaliativos coerentes são fatores que influenciam diretamente para que ocorram as situações.

A característica que de imediato se evidencia em nossa prática educativa é a de que professores e pedagogos ainda vivem sob intensa angústia quando a questão é avaliação. Ao mesmo tempo em que ela pode conduzir a resultados significativos dentro do processo de aprendizagem de cada aluno, pode unicamente ter um caráter classificatório e punitivo, que nada acrescentará ao desenvolvimento do estudante.

À luz de algumas teorias, pode-se afirmar que a avaliação a que se deva chegar em nossa escolas é uma avaliação onde o professor tenha um juízo de valor sobre

dados acumulados que lhe permitam uma tomada de decisão tendo em vista as conseqüências para o aluno. Uma avaliação que considere os progressos e limitações de cada aluno e suas capacidades de lidar com as implicações conseqüentes da aprendizagem. Uma

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