Oficina E Ludicidade Na Educação
Por: Viviane De Jesus Oliveira • 15/9/2025 • Trabalho acadêmico • 4.996 Palavras (20 Páginas) • 187 Visualizações
RESUMO
Este trabalho tem como finalidade discutir a respeito da importância do lúdico para o desenvolvimento infantil na primeira infância, sob a perspectiva do brincar como uma das mais importantes ferramentas de aprendizagem para crianças em idade compreendida à Educação Infantil, o presente trabalho intenciona, por meio de levantamento bibliográfico, explanar a respeito desta temática tão importante no campo educacional nas últimas décadas. Reforçando ainda, o papel do professor de Educação Infantil neste processo e como este profissional pode contribuir para o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos através de propostas lúdicas permeadas por jogos, brinquedos, brincadeiras. Assim, o trabalho organiza-se em três capítulos e discorre, principalmente, sobre o brincar como ferramenta de aprendizagem na infância e, demonstra, através das considerações tecidas ao longo da pesquisa, que o brincar é algo essencial para o desenvolvimento integral da criança e precisa, a todo o momento, ser valorizado e incentivado pelos adultos que a rodeiam.
Palavras - chave: Brincar. Educação Infantil.Desenvolvimento.Aprendizagem.
INTRODUÇÃO
A concepção de infância e da criança como sujeito de direitos e necessidades específicas tem evoluído ao longo das décadas. A partir das ideias de Philippe Ariès (1981), que destacou a mudança na percepção da infância ao longo da história, os estudiosos e profissionais da educação passaram a refletir sobre as necessidades e características próprias da infância
Considerando que durante muito tempo a criança foi vista como um pequeno ser e ignorada em todas as suas necessidades e particularidades, pode-se dizer que as concepções e idéias em torno do que é infância e de como a criança deve ser vista e inserida na sociedade a que pertence, de modo geral, sofreram inúmeras modificações ao longo das décadas (ÀRIES, 1981). Desde então, refletir acerca das necessidades e características próprias desta fase de desenvolvimento do ser humano, tornou-se uma das mais importantes buscas de estudiosos, professores, pais e demais pessoas interessadas no processo de desenvolvimento e aprendizado infantil. Desde então, refletir acerca das necessidades e características próprias desta fase de desenvolvimento da criança, tornou-se uma das mais importantes buscas de estudiosos, professores, pais e demais pessoas interessadas no processo de desenvolvimento infantil. Sendo assim, a presente pesquisa, vem discutir, refletir e analisar a importância do lúdico para o desenvolvimento infantil. Dando ênfase na possibilidade de utilização do brincar como ferramenta de aprendizagem e de como o profissional da educação pode contribuir com este processo. Por meio de revisões bibliográficas e acesso a fontes científicas de pesquisa, o trabalho organiza-se da seguinte forma: o primeiro capítulo traz definições e conceitos em torno do lúdico e demais elementos ligados ao universo infantil. O segundo trata da importância do lúdico para o desenvolvimento da criança e, o terceiro capítulo, da possibilidade de utilização do brincar como ferramenta de aprendizagem em ambiente escolar e qual o papel do professor neste contexto. Frente ao exposto, o presente trabalho busca fundamentações teorias em diversas fontes e estrutura-se sob a perspectiva de autores como Silva (2011), Fernandes (2013), Souza (2012), Kishimoto (2001) e diversos outros que trataram do assunto sob o aspecto de ressaltar o ato de brincar, bem como o jogo, o brinquedo e a brincadeira, como ferramentas de aprendizagem e desenvolvimento infantil.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.2 O lúdico e o universo infantil:
Antes de falarmos a respeito do brincar como ferramenta de aprendizagem na Educação Infantil,é importante falar a respeito de definições e de termos como lúdico, ludicidade, brinquedo, brincadeira e jogo. Destacando, antes de tudo, que o ato de brincar, como elemento cultural, sempre fez parte da história da humanidade e, por isso, ao longo dos anos, mediante contextos históricos e sociais, os termos relativos a esta atividade lúdica sofreram inúmeras modificações e receberam denominações variadas. Assim, pensando numa aceita definição do termo lúdico, tem-se que:
[...] se o termo tivesse ligado a sua origem, o lúdico estaria se referindo apenas ao jogo, ao brincar, ao movimento espontâneo, mas passou a ser conhecido como traço essencialmente psicofisiológico, ou seja, uma necessidade básica da personalidade do corpo, da mente, no comportamento humano. As implicações das necessidades lúdicas foi além dos limites do brincar espontâneo de modo que a definição deixou de ser o simples sinônimo do jogo. O lúdico faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana, trabalhando com a cultura corporal, movimento e expressão (ALMEIDA, 2008 apud SILVA, 2011, p.12).
Considerando ainda, que o termo em questão origina-se da palavra em latim ludos, que pode significar jogo, brinquedo, ou qualquer outra atividade que divirta ou distraia aquele que a pratica ou manipula (ALMEIDA, 2008 apud SILVA, 2011, p.11). Ainda nesta mesma linha de pensamento, pode-se conceber que:
O lúdico passou a ser reconhecido como traço essencial de psicofisiologia do comportamento humano. De modo que a definição deixou de ser o simples sinônimo de jogo. As implicações da necessidade lúdica extrapolaram as demarcações do brincar espontâneo. Passando a necessidade básica da personalidade, o lúdico faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana. Caracterizando-se por ser espontâneo funcional e satisfatório (SILVA, 2011, p.16).
A atividade lúdica esteve presente desde os primeiros momentos da humanidade. Modificando-se e aperfeiçoando-se aos contextos, necessidades e interesses de cada época. Contudo, apesar das modificações sofridas e das variadas definições determinadas ao termo lúdico e todas as implicações que acarreta esta atividade cultural e humana nunca perdeu sua essência primordial: transmitir, assegurar, conservar e representar a história e cultura de um povo, em dado momento e contexto histórico, de forma expressiva, prazerosa e significativa (CREPALDI, 2010). Sobre isso, reflete-se nas considerações de Luckesi (2007), que, lembrado por Fernandes (2013, p.3) ressalta que “[...] a atividade lúdica é um “fazer” humano mais amplo, que se relaciona não apenas à presença das brincadeiras ou jogos, mas também a uma atitude verdadeira do sujeito envolvido na ação”. Reforçando ainda que:
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