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Os Fundamentos Teóricos das Técnicas de Investigação Qualitativa

Por:   •  17/11/2021  •  Resenha  •  5.996 Palavras (24 Páginas)  •  107 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA [pic 1]

“JÚLIO DE MESQUITA FILHO” 

                 INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS - RIO CLARO 

          

 

 [pic 2]

LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA  

[pic 3] 

 

 

 

 

 

Aurora Lopes Scatolini, Layssa de Sousa Silva, Luana Gomes de Almeida, Marina

Silvestre, Talyta de Oliveira Catai, Thayná Moraes Gonçalves e 

 Vinicius Vilela Lopes 

 

 

 

 

Fundamentos Teóricos das Técnicas de Investigação Qualitativa

Maria Cecília de Souza Minayo & António Pedro Costa  

Métodos de Coleta de Dados: Observação, Entrevista e Análise Documental  Menga Ludke & Marli E. D. A. André [pic 4]

 

 

 

Introdução  

 

O presente trabalho tem como objetivo responder a indagação sobre fundamentos das técnicas de investigação qualitativa utilizadas para pesquisa em educação, saúde e outras áreas sociais por meio do artigo “Fundamentos Teóricos das Técnicas de Investigação Qualitativa”, escrito por Maria Cecília de Souza Minayo e António Pedro Costa e também pelo o capítulo três Métodos de Coleta de Dados: Observação, Entrevista e Análise Documental pertencente ao livro Pesquisa em educação: abordagem qualitativa, escrito por Menga Ludke e Marli E. D. A. André.  

Os dois textos possuem uma divisão parecida, o artigo de MInayo e Costa se dedica somente a pesquisa empírica e se divide em três partes: a primeira diz respeito às técnicas que fazem uso da palavra: os vários tipos de entrevista individual e grupal; a segunda trata da observação e a terceira sobre as bases teóricas desses dispositivos. Já o capítulo três do livro de Ludke e André, também é dividido em três partes: a primeira parte é a observação, a segunda entrevistas e a última análise documental.

 

Técnicas que fazem o uso da palavra 

  

A entrevista, é a técnica mais utilizada no processo de trabalho qualitativo empírico. Constitui-se como uma conversa a dois ou entre vários interlocutores, realizada por um entrevistador e destinada a construir informações pertinentes a determinado objeto de investigação. Ela pode trazer informações de duas naturezas: sobre fatos cujos dados que o investigador poderia conseguir por meio de outras fontes, geralmente de cunho quantitativo; e sobre o que se refere diretamente ao indivíduo em relação à realidade que vivencia e sobre sua própria situação. Quando analisada, precisa incorporar o contexto de sua produção e, sempre que possível, ser acompanhada e complementada por informações provenientes da observação do cenário em estudo. Desta forma, além da expressão verbal, o investigador terá elementos de relações, atitudes, práticas, cumplicidades, omissões e outros elementos da vida social que marcam o cotidiano.

 

Vários tipos de entrevista individual  

 

A entrevista individual é considerada como uma conversa com finalidade sempre com cuidado por parte do entrevistador para manter a especificidade no assunto estudado. Existem diversos tipos de entrevista individuais e elas se caracterizam por: (a) levantamento de opinião, que possui um questionário totalmente estruturado na qual as respostas do entrevistado são feitas sob os questionamentos do entrevistador. (b) entrevista semiestruturada, este tipo de entrevista tem um mix de um questionário estruturado e questões abertas e, desta forma permite que o investigador mantenha a especificidade da pesquisa e ainda obtenha reflexões espontâneas do interlocutor. (c) Entrevista aberta ou em profundidade consiste apenas na apresentação do objetivo da conversa e a partir daí o interlocutor discorre livremente sobre o tema. d) entrevistas fechadas no caso da investigação qualitativa, os questionários têm um lugar de complementaridade em relação às técnicas de aprofundamento compreensivo e dialético.

 

Com relação às entrevistas semiestruturadas o que se enfatiza é que são muito utilizadas por principiantes e, por ter o apoio de questões estruturadas, permite um roteiro na conversa que assegura que as hipóteses ou pressupostos do investigar sejam contempladas no fim da conversa. No entanto, dependendo da desenvoltura do investigador ele corre o risco usando esse método de ser engessado e apenas receber respostas a seus questionamentos pois este deve ter uma postura de parteiro e não tem pressa e demonstra disponibilidade em ouvir o entrevistado, caso contrário não dará margem para reflexões espontâneas.

 

As entrevistas abertas por outro lado buscam o aprofundamento da reflexão e a entrevista é guiada de acordo com o que o interlocutor vai discorrendo e acaba se tratando de um material mais denso, mas que alcança um nível de subjetividade muito grande. Este método exige do investigador muita mais atenção ao relato para que ele consiga encontrar seus objetivos no término da conversa. São eles: a) descrição do caso individual; (b) compreensão das especificidades culturais dos grupos; e (c) comparação de diversos casos.

 

Segundo o texto de Ludke, a entrevista está estritamente relacionada à habilidade ou inabilidade do entrevistador, isso implica na naturalidade que ele utiliza para guiar a entrevista e na cautela que precisa ter para não forçar (imposição problemática) as respostas do informante e não fazê-lo sentir encurralado causando apenas a confirmação superficial do que foi questionado.  A entrevista precisa ter caráter de interação, é necessário que se crie um clima de aceitação para que as respostas fluam de forma autêntica. Ela também permite correções, adaptações e esclarecimentos e exige respeito ao interlocutor.  

 

 

Entrevistas de Grupo  

 

As entrevistas em grupo podem ser aplicadas de forma combinada ou singular e possuem a função de complementar as entrevistas individuais. São usadas para:

  • Ajudar a formular perguntas mais precisas em questionários;  
  • Contribuir para o desenvolvimento de hipóteses;
  • Esclarecer algum tema que tenha ficado obscuro em questionários;
  • Ou até mesmo como técnica exclusiva apropriada para constatar a força das interações e da intersubjetividade.  

 

As mais comuns são:

 

  • Grupo focal: Constitui-se em um pequeno número de pessoas que se encontram para aprofundamento do tema a ser pesquisado. Sua metodologia se baseia na interação e troca de opiniões, explorando e mapeando consensos e controvérsias sobre o tema. Ele deve ser aplicado por um moderador que consiga extrair a participação de todos, apoiando-se em um roteiro que vai do geral ao específico.  
  • Brainstorming: Tem o objetivo de gerar novas ideias, promover o pensamento criativo sobre temas específicos e buscar soluções para problemas, com poucos participantes, mas todos ativos. Há 3 funções a serem desempenhadas:  

1. Coordenador: prepara a reunião, elege os participantes, descreve o tema, explica as regras, orienta os objetivos e conduz o processo de discussões; 2. Relator: registra o processo e produz uma síntese ao final da reunião; 3. Membros.  

 

Há também a categoria de brainstorming silencioso, onde os convidados do coordenador expressam breves palavras sobre o tema numa folha de papel e posteriormente essas ideias são intercambiadas por todo o grupo de participantes.

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