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QUANDO EU ERA NENÉM EU ERA ASSIM: Desenvolvendo a identidade e autonomia no berçário

Por:   •  7/5/2018  •  Artigo  •  3.520 Palavras (15 Páginas)  •  1.690 Visualizações

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QUANDO EU ERA NENÉM EU ERA ASSIM:

Desenvolvendo a identidade e autonomia no berçário

Bruna Daniele Nunes

Denise Rodrigues Dias dos Santos

Priscilla de Andrade Silva Ximenes (Profa. de Estágio e/ou Coordenadora de Área do Pibid)

Curso de Pedagogia – UFG – Regional Catalão

Resumo: Através de estudos e leituras acerca do trabalho pedagógico com bebês constatamos que geralmente quando se pensa no trabalho com bebês sempre se remetem ao simples ato de cuidar, dicotomizando o cuidar e educar, traduzindo no trocar fraldas, amamentar, dar banho e etc. Nesse contexto Intervenções no ciclo natural do desenvolvimento são vistas com ressalvas e quase sempre compreendidas com estimulações precoces. Diante disso surge o questionamento: É possível se ensinar no berçário? Como desenvolver atividades planejadas, intencionais e prazerosas para os bebês? Este trabalho tem como objetivo favorecer no desenvolvimento da identidade e autonomia dos bebês através de atividades planejadas que tem como eixo condutor o ensino e valorize as especificidades dessa fase. O projeto tem como objetivo formular uma proposta pedagógica para trabalhar com as crianças de 0 (zero) a 1 (um) ano de idade. A proposta visa auxiliar a rotina das berçaristas, para que consigam aproveitar o tempo para trabalhar efetivamente com as crianças consigam desenvolver sua identidade e autonomia, explorando e conhecendo o próprio corpo. Esta pesquisa esta fundamentada na leitura de autores como Luciana Ostetto, Fanny Abramovick, principalmente Alessandra Arce, Lígia Martins com o livro “Ensinando aos pequenos de zero a três anos”. Nossas expectativas é fazer um trabalho com as crianças, inserindo no seu dia, atividades com intencionalidade. Quando nos oportunizou estar em uma sala de aula com crianças tão pequenas nos sentimos intimidadas pelo fato de já saber e conhecer a realidade de uma sala de aula com crianças maiores. Porém acreditamos que essa experiência favorecera em muito a nossa formação docente visto que o trabalho no berçário ainda é um dos maiores desafios da educação infantil.

Palavras-chave: Educação Infantil; Identidade e Autonomia; Berçário.


I. Introdução

O Estágio no 5º período do curso de Licenciatura em Pedagogia da UFG – Universidade Federal de Goiás - Regional Catalão, é uma disciplina obrigatória a ser realizada, sendo que o discente da universidade deve realizar o acompanhamento dos alunos da educação infantil.

O estágio teve como objetivo realizar o acompanhamento das berçaristas, conhecendo a rotina das crianças na escola de educação infantil, formulando uma proposta de intervenção com o propósito de auxiliar as berçaristas realizar atividades com os bebês almejando favorecer o desenvolvimento de sua identidade e autonomia e conhecimento próprio do corpo intitulado “QUANDO EU ERA NENÉM EU ERA ASSIM.

Embora muitos acreditem que haja muita dificuldade de se trabalhar com bebês de zero a um ano, pois eles não falam, não andam e não entendem, levantamos esta questão: “É possível ensinar com intencionalidade e planejamento no berçário?”. Para ARCE e MARTINS (2012), é possível realizar o trabalho pedagógico com bebês, tornando o ensino como eixo articulador, o que leva a provocar das revoluções no desenvolvimento infantil. As autoras deixam claro que, ao tentarem colocar o ensino como eixo do trabalho não estão defendendo ou apoiando práticas pedagógicas que, ignoram as especificidades da criança pequena, no entanto, as educam tal qual às maiores de 6 anos. Não se trata de defender o uso de apostila em creches, mas sim provocar a discussão na direção de se buscar um fazer pedagógico que provoque desenvolvimento, sem, no entanto, deixar de considerar as características próprias dos bebês. Para tanto trabalharemos e discutiremos neste projeto uma forma de provocar o desenvolvimento da criança de forma intencional e planejada por parte do professor; trabalho imprescindível para gerar desenvolvimento e garantir aquisições do ponto de vista cognitivo, fisiológico e emocional.

Através de estudos e leituras acerca do trabalho pedagógico com bebês constatamos que geralmente quando se pensa, sempre se remetem ao simples ato de cuidar, dicotomizando o cuidar e educar, traduzindo no trocar fraldas, amamentar, dar banho e etc. Nesse contexto, intervenções no ciclo natural do desenvolvimento são vistas com ressalvas e quase sempre compreendidas com estimulações precoces. Diante disso surge o questionamento: É possível se ensinar no berçário? Como desenvolver atividades planejadas, intencionais e prazerosas para os bebês?

Com este projeto esperamos ter deixado marcas significativas a todos da creche e principalmente as crianças que foram os protagonistas pelo qual pensamos.

II. Fundamentação Teórica

Quando falamos de pedagogia logo fazemos referência a criança como o próprio nome traz em seu prefixo “Ped”, no qual está relacionado a criança. Porém, sempre pensamos nas de menor idade, na faixa etária de zero à três anos de idade, que não se pode promover educação, pois as crianças apenas cuidados básicos de ordem orgânica. Como Martins (2012) em suas pesquisas ressalta, “essa idéia, lamentavelmente, tem atravessado os tempos e conformado modelo de atendimento em creches (em especial a pública) que avançam um pouco além da garantia aos cuidados básicos de alimentação, de higiene, segurança etc”. Mas existem muitos estudos sobre o tema, o que vem mudando a forma de olhar sobre este aspecto. Martins cita que:

Conhecedores do papel insubstituível que tem uma educação de qualidade em todas as etapas da vida dos indivíduos; tem revelado um outro anseio: como superar as práticas cotidianas espontaneístas na direção da organização de ações educativas mediadoras das formas pelas quais a criança se relaciona com seu entorno físico e social, tendo em vista explorar suas máximas possibilidades de desenvolvimento. (ARCE e MARTINS, 2012 p. 93)

Assim como as autoras em suas pesquisas descrevem como: Existe uma dualidade presente nas instituições destinadas ao atendimento de crianças de zero a três anos, que, apesar de pautarem-se nos mesmos princípios e serem regidos pelos mesmos documentos na prática o atendimento é muito diferente.

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