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RESENHA CRÍTICA - A IMPORTÂNCIA DO ATO DE LER

Por:   •  11/7/2018  •  Resenha  •  993 Palavras (4 Páginas)  •  2.975 Visualizações

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FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez Editora & Autores Associados. 1991.[1]

ALMEIDA, Jéssica[2]

BRITTO, Isabella

MARTINS, Tainá

MILENA, Tamires

PINHEIRO, Fabrício

QUEIROZ, Ester

A IMPORTÂNCIA DO ATO DE LER

O livro “A importância do ato de ler” de Paulo Freire é dividido por três artigos que se completam e foram apresentados durante uma palestra acerca da alfabetização de adultos e bibliotecas populares. Freire aborda a leitura e discute a sua importância e como ela deve ser trabalhada ao longo do percurso da alfabetização para exemplificar, o autor utiliza-se das suas experiências pedagógicas em alfabetização e pós-alfabetização na República Democrática de São Tomé e Príncipe.

Paulo Freire afirma em “A importância do ato de ler” que a leitura de mundo precede a leitura das palavras e que todos os seres trazem uma experiência de vida anterior para compor esta leitura. Este não é, portanto, uma exclusividade dos adultos. Para o autor, a criança carrega as suas leituras com imaginação e afeições que dão forma ao conteúdo que está sendo lido e é justamente para demonstrar isto que Paulo Freire relata vivências da sua infância e o quanto elas foram imprescindíveis no seu processo de alfabetização. Este fator confere à educação uma prática concreta de libertação do ser, construtor da história conferindo-lhe o status de sujeito durante a alfabetização.

A leitura do mundo ocorre à medida que ele se move e quando se traz a perspectiva da leitura da palavra, nem sempre ocorria da maneira que ele visava. Daí o texto, as palavras e as letras eram compreendidas e apreendidas à medida que ele convivia com ela em meio às suas relações familiares. Esta leitura de mundo sempre foi fundamental para Paulo Freire, pois, a partir dela pôde construir a importância deste ato, bem como o de escrever e reescrever, podendo convertê-lo em uma prática crítica, consciente e aplicável à sua realidade.

A alfabetização passa, portanto, a ser uma montagem da ligação entre expressão escrita e expressão oral. Desse modo, a pessoa conhece a palavra antes mesmo dela se tornar um código que busca representar a realidade. Então, para isto, é de suma importância que a leitura ocorra de forma crítica e que isto perpasse as necessidades e os interesses do aprendente.

Por isto, Freire defende que compreender o problema da alfabetização é trabalhar as dificuldades existentes entre leitura e escrita para assim compreender a alfabetização como uma prática crítica de todo o processo. A educação se inscreve assim em um ato político, posto que é a medida que se compreende a força da educação é que se torna impossível dissociar a educação da política e do poder. E é justamente a contrariedade destas relações que justificam a sociedade que existe hoje em que as instituições pedagógicas estão sendo tomadas por uma educação sistemática que reproduz o que é de interesse da classe dominante.

Para que a educação pare de ser reprodutora e tome o lugar de crítica é necessário que os educadores comecem a se cobrar e façam com que as suas práticas em sala de aula sejam o reflexo do seu discurso e não o contrário. Por isto Freire defende que educadores devem assumir as suas posições e serem coerentes com ela nas suas práticas.

Só educadores autoritários não reconhecem a troca que existe no ato de educar e ser educado, posto que a medida se ensina algo ao próximo, também é claro o aprendizado que absorverá. Para educar, exige-se que haja uma intimidade entre as consciências para que, assim, possam ser construídas as mudanças sociais.

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