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Resuno Agnosia

Por:   •  2/7/2016  •  Resenha  •  3.905 Palavras (16 Páginas)  •  675 Visualizações

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AGNOSIA

A perda da capacidade de reconhecer pode incluir objectos, pessoas, sons e formas. Uma pessoa com agnosia pode, por exemplo, ter visão normal e não ter capacidade de reconhecer objetos cotidianos, pessoas familiares ou mesmo sua própria imagem no espelho.Agnosia se restringe aos casos onde estão conservadas a integridade das vias nervosas aferentes e existem lesões corticais na vizinhança da área de projeção, nas chamadas áreas parassensoriais, mantém-se a integridade das sensações elementares, porém, há alteração do ato perceptivo. Ou seja, não pode ser causada por dificuldade em ver, ouvir ou tocar.Assim sendo, Agnosia não é uma alteração exclusiva das sensações nem exclusiva da capacidade central de perceber objetos externos, mas uma alteração intermediária entre as sensações e a percepção. Em alguns casos, observa-se a perda da intensidade e da extensão das sensações, permanecendo inalteradas as sensações elementares, em outros há integridade e extensão, mas perda da capacidade de reconhecimento dos objetos.

Tipos

O tipo depende do tipo de dificuldade de reconhecimento:[2]

Agnosia visual (incapaz de reconhecer objetos com a visão),Agnosia aperceptiva (incapaz de lembrar informações sobre os objetos),Simultagnosia (incapaz de reconhecer múltiplos objetos simultaneamente),Agnosia associativa (incapaz de nomear e utilizar objetos).Prosopagnosia (incapaz de reconhecer rostos),Agnosia auditiva (incapaz de reconhecer sons),Agnosia tátil ou astereognose (incapaz de reconhecer com o toque).Pessoas que recuperam a visão costumam passar por um período de agnosia visual.

Causas

Agnosia podem resultar de problemas no lobo temporal ou no lobo occipital causada por:

  • Acidente vascular cerebral;
  • Demência ou outras perturbações neurológicas;
  • Lesão causada por traumatismo craniano;
  • Transtorno no desenvolvimento psicológico;
  • Infecção cerebral ou;
  • Fatores genéticos.

Tratamento

Depende da causa, mas costuma ser sintomático, funcional e de apoio psicológico. Na reabilitação das funções neurológicas atividades cotidianas como alimentação, higiene e socialização adequada são praticadas pelo paciente e pelos familiares cuidadores para ajudá-lo a lidar com as dificuldades da rotina e desenvolver habilidades que permitam contornar os problemas causados pela agnosia. O prognóstico depende da causa e da gravidade da lesão cerebral.

AGNOSIA AUDITIVA

O reconhecimento de que alterações da percepção auditiva podem prejudicar a aquisição e o desenvolvimento da linguagem oral, assim como podem interferir nas habilidades escolares (linguagem escrita) impulsionaram, nas últimas décadas, estudos do chamado “Processamento Auditivo”. Do nosso ponto de vista tais estudos podem ser aproximados do que a Neuropsicologia chama de Agnosia Auditiva -alteração da dinâmica dos processos nervosos (lesões do Sistema Nervoso Central) que acarretam desintegração da linguagem (LURIA, 1981). Tal aproximação é possível por se considerar que no processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem pode haver disfunções e/ou lesões cerebrais. Consideramos essa questão de grande interesse para Fonoaudiologia  principalmente porque as queixas de alteração de linguagem oral são comuns e os estudos relacionados a elas são geralmente voltados para descrição e análise dos evidentes aspectos articulatórios, sendo a integração sensório-motora ainda pouco considerada. Portanto, esta pesquisa adota concepções integradoras visando promover um maior conhecimento sobre o processo terapêutico de sujeitos com alterações de linguagem oral – principalmente as do nível fonético integrando aspectos sensoriais e motores e, assim, contribuir para o avanço científico da Fonoaudiologia. Nesse sentido, este estudo adota referenciais teóricos interacionistas sobre o processo de

aquisição e desenvolvimento linguístico-cognitivo, sobretudo, o histórico-cultural e, além desses, foram revisados os estudos neuropsicológicos de Luria (1989, 1990 e 1991), neurológicos de Hudspeth (2003) e psicolingüísticos Albano (1990), procurando aproximar bases neurofisiológicas neuropsicológicos e psicolingüísticos para compreender os múltiplos fatores envolvidos na produção oral .Nesta pesquisa foram aplicados procedimentos terapêuticos que privilegiam a continuidade sensório-motora em todos os seus níveis – acústico/articulatório, visual/motor e tátil/cinestésico; realizou-se uma terapia fonoaudiológica considerando que a linguagem oral é possibilitada por estruturas sensoriais e motoras interconectadas já que falar é modalizar as estruturas orais, analisar seus efeitos em termos orgânicos –acústico articulatório e tatil-cinestésico e de sentido/significação (FEDOSSE, 2005). Por fim, analisaram-se as repercussões desse atendimento fonoaudiológico nas condições de produção oral do sujeito, no entanto ,neste artigo – por limites de sua extensão - analisamos tão somente as condições de produção oral do

sujeito.

 Objetivos

Esta pesquisa analisa a produção oral de uma criança com alteração de linguagem oral decorrente de uma dificuldade auditiva central, busca reconhecer como os estudos desenvolvidos no interior da Fonoaudiologia

tratam os mecanismos da produção oral provocados por alterações ou disfunções de estruturas do SNC especializadas na percepção acústica dos sons de fala, bem como analisa as repercussões de um atendimento fonoaudiológico voltado para a continuidade sensório-motora.

Desenvolvimento

Foi realizado um estudo longitudinal de uma criança, 6 anos de idade, com alteração de linguagem oral decorrente de agnosia auditiva que passou por processo avaliativo e terapêutico na Clínica-escola de Fonoaudiologia da UNIMEP, no período de 2005 a 2006. Após esse período foi acompanhada pelas pesquisadoras desta pesquisa .Este estudo foi desenvolvido na Clínica-escola acima referida, a partir de dados do prontuário e, conforme

indicado, também estão sendo realizadas sessões de terapia fonoaudiológica (pelas pesquisadoras)assentadas na continuidade sensório-motora. As terapias consistem em estimulação tátil-cinestésica acompanhada do esclarecimento da estrutura e da fisiologia da musculatura oro-facial, de modo que prioriza

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