Seguimentos rupturas do papel do estado na consolidação do capitalismo

O fim do período feudal e a emergência de uma burguesia deu início a um processo de formação de um capitalismo, que ao longo do tempo irá sofrer várias transformações, transformações essas que irão modificar a sociedade as relações de trabalho e para que isso acontece os governos terão papel fundamental nesse processo.

Um primeiro grande marco de capitalismo e suas grandes modificações vão ocorrer o que denomina-se a primeira revolução industrial, que irá modificar as relações de produção de bens e trabalho, esse movimento que se iniciou na europa principalmente na Inglaterra. Esse primeiro grande processo de ruptura trás consigo o capital como forma de propriedade privada e o trabalho tido como mão de obra, deixando para trás as relações de mestre e aprendiz, em um processo de distanciamento do trabalhador com o processo de produção, ao invés de vender um produto por ele produzido, irá vai vender sua capacidade de trabalho para os donos do capital. Todo esse processo foi acompanhado também por modificações na sociedade e nas relações de poder, a aristocracia para a dividir poder com a burguesia que acumula capital através da indústria.

Os impostos arrecadados já não eram destinados em sua totalidade para a manutenção da corte e começa um investimento em infraestrutura e serviços públicos, permitindo que os produtos das industrias consideradas líderes expandisse tornando o capitalismo a forma dominante de produção. A produção nesse período tinha um foco em produção de excedentes, que num futuro irá gerar uma crise para o capital no final do séc XIX devido ao baixo consumo e grande volume de investimentos que ficavam congelados nos produtos estocados.

A crise irá impulsionar um estímulo nas inovações técnicas alimentadas por novas fontes de energia gerando uma nova indústria e circulação de bens, concentração de capital, formação de organizações de grande porte, maior competição, produtos elétricos e eletrônicos assumem a liderança no mercado,novas relações de trabalho, organização da produção, cargos de gestão e administração.

Nesse cenário as empresas irão cruzar as fronteiras dos países com suas filiais, comprando matéria prima em países ainda não industrializados e vendendo para esses os produtos já manufaturados, esses processos de internacionalização de compra e venda de matéria prima e manufatura, criou grandes disparidades mercadológicas e uma nova crise de superprodução, no comércio internacional. Os conflitos e as tentativas de cada país de resolver a crise interna de maneira isolada, culminaram nas duas grande guerras, resultando num custo social e humano impagável, mas foi também nesse período que houve uma corrida tecnológica, corrida essa que culminou num grande salto no desenvolvimento das Ciências no mundo. Durante a segunda revolução industrial essa corrida para inovação tecnológica causou grandes mudanças nos modos de produção e nas relações sociais e culturais que vão abrir caminho para uma terceira revolução industrial, que será liderada por novos produtos e novas formas de fazer comércio.

O fim da segunda guerra mundial e as consequências que essa trouxe acabaram por criar uma crise na década de 70 que é não só econômica mas também política, cultural, financeira. Com a crise o capital precisa se reinventar para criar novas maneiras de acumulação.

Apesar de globalização ser um termo que remete a relações comerciais atuais, a globalização pode ser dividida em em algumas fases, sendo a primeira do séc. XV, com as grandes navegações, a segunda fase, vai durar até a segunda guerra mundial. A terceira fase irá durar até o fim da guerra, culminando na quarta fase, essa que estamos agora, onde o capitalismo financeiro especulativo, das comunicações. A quarta fase da globalização nasce da crise dos anos 70, os fluxos internacionais de investimento, o surgimento das grandes corporações multinacionais, com empresas espalhadas ao redor do globo, grande investimento em criação de tecnologias para criação de novas necessidades de consumo. E por fim os países ao redor do globo se unindo em blocos regionais.

Para melhor entender a globalização nos dias atuais é preciso que se entenda o papel do estado durante o processo histórico de industrialização o papel do estado no fordismo será, fundamental para a formação do mercado globalizado que temos hoje.

A produção em larga escala, característica da segunda revolução industrial necessita de uma equilíbrio entre a produção e a demanda por produtos. O aumento da produção em massa envolveu pesados investimentos em capital fixo, dessa maneira o poder público assume papel fundamental na manutenção de um bem estar social, para que houvesse consumo de toda essa produção. O estado nesse período se torna macro, exercendo um poder de regulação e para tal precisava da legitimação dos grupos sociais e assim controlar as mudanças sociais. Nesse cenário o estado investir em bem estar social, ao mesmo tempo que faz enorme concessões para que as grandes indústrias

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