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Teoria e Prática Pedagógica VII.

Por:   •  24/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.717 Palavras (15 Páginas)  •  290 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

Faculdade de Educação

Curso de Pedagogia 

Teoria e Prática Pedagógica VII.

 

     

Trabalho de Pesquisa

Paralisia Cerebral: Como fazer sua inclusão?

Pelotas, 2017

Orientadora:

Professora Síglia Pimentel Höher Camargo.

Acadêmicas:

Amanda Pereira Ramos Cazané

Cristina Vilela Acosta

Fernanda Corvelo

Luiza Vanessa Monteiro Silva

Jozyleine

Viviane Ferreira da Rosa

  1. Introdução

Com o objetivo de buscar conhecimento acerca da Paralisia Cerebral, o presente trabalho visa apontar as suas causas, características, formas de diagnosticá-la, tratamento e práticas pedagógicas adotadas para atender crianças com esta deficiência.

A Paralisia Cerebral, também conhecida como PC, é um dos mais importantes e frequentes problemas que envolvem o sistema nervoso central, pois é uma lesão no cérebro e pode acontecer antes do nascimento, durante ou nos primeiros dias após o nascimento Essa lesão cerebral causa vários distúrbios que podem acarretar deficiências físicas, mentais, ou ambas, atingindo os movimentos, a postura, o equilíbrio da criança e afetando sua capacidade infantil. Dependendo da gravidade da lesão, outros problemas podem surgir, como, problemas na visão, na audição, na fala, na aprendizagem, e até convulsões.

Com mais de 150 mil casos por ano no Brasil (fontes: Hospital Israelita A. Einstein e outros), a Paralisia Cerebral é uma deficiência que não tem cura, porém seu tratamento é de extrema importância para que seja possível adquirir uma melhor qualidade de vida às pessoas que possuem esta deficiência.

Na maioria dos casos não se sabe quais são suas causas, porém, pode-se afirmar que, em geral, há duas situações que levam a criança à paralisia cerebral: a) a malformação do desenvolvimento cerebral; b) o dano neurológico causado ao cérebro da criança que está em desenvolvimento, ou seja, de acordo com a Associação Brasileira de Paralisia Cerebral (ABPC), para que uma criança com dificuldade motora tenha o diagnóstico de PC, é necessário que a lesão neurológica tenha acontecido durante a fase de desenvolvimento do sistema nervoso central e que a lesão neurológica não seja uma lesão progressiva. Embora a criança apresente mudanças decorrentes em seu crescimento e amadurecimento, a lesão é estacionária, não evolui e também não desaparece.

O diagnóstico da Paralisia Cerebral exige muita atenção, para além dos exames clínicos e neurológicos, é indispensável uma análise cuidadosa do histórico de saúde da criança, pois não existe nenhum exame específico que faça o diagnóstico de PC. Ou seja, o diagnóstico é clínico, o que significa que o médico chega à conclusão que a criança tem PC através das informações dadas pela família e dos exames complementares feitos no paciente.

O tratamento dependerá da gravidade da lesão e dos distúrbios causados por ela. Em casos menos graves, por exemplo, com um tratamento que englobe fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional para o treinamento e estímulo dos movimentos rotineiros do paciente, é possível que se alcance bons resultados. Para a neurologista infantil Clarissa Bueno, do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMSUP): “No caso de paralisias hemorrágicas, é possível que o paciente volte até mesmo a andar”. 

Na área da educação é muito importante que o (a) professor (a) acompanhe o desenvolvimento da criança com paralisia cerebral desde o momento da descoberta da lesão para que juntamente com toda a equipe multidisciplinar e a família esteja atento às práticas pedagógicas que poderão ser utilizadas para ajudar a criança a desenvolver suas habilidades para aprendizagem, levando em consideração suas especificidades e garantindo seu direito à educação, conforme nos mostra o Guia dos Direitos das Pessoas com Deficiência (SÃO PAULO, 2006):

É dever do Poder Público assegurar a todos os cidadãos o acesso à educação, possibilitando o atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino, nos termos dos artigos 205 e 208 da Constituição Federal20. O deficiente necessita de habilitação e qualificação profissionais adequada à função ou tarefa que deseja realizar, para exercer a cidadania com o desempenho de um trabalho digno.

  1. Desenvolvimento
  1. História

Em 1943, foi descrita pela primeira vez a paralisia cerebral, por Willian John Little, um ortopedista inglês que estudou 47 crianças com quadro clínico de espasticidade. As crianças apresentavam um histórico oposto ao do nascimento, como: a) apresentação pélvica; b) prematuridade; c) dificuldade no trabalho de parto; d) demora em chorar e respirar ao nascer; e) convulsões e coma nas primeiras horas de vida; (PASCHE, MENDES apud PIOVESANA et al., 2002; MORRIS, 200). Esta terminologia foi proposta por Sigmund Freud, em 1893, o qual identificou três principais fatores causais: a) materno e congênito (pré-natal); b) perinatal e c) pós-natal. (PASCHE, MENDES apud MORRIS, 2007).

  1. Definição

A Paralisia Cerebral é o resultado de uma lesão cerebral, geralmente causada pela malformação do cérebro ou de um dano no desenvolvimento cerebral, isso ocorre antes, durante ou após o nascimento, na fase de desenvolvimento do sistema nervoso central (SNC), a fase acontece desde o momento da concepção até os dois anos de idade.

A lesão é de caráter estacionário, ou seja, não piora com o decorrer do tempo, porém também não desaparecerá.

A lesão afeta o tônus muscular da criança, comprometendo seu desempenho ao movimentar-se. “O tônus muscular refere-se à quantidade de tensão ou resistência ao movimento em um músculo” (GERALIS, 2006, p.16).

 Segundo GERALIS, “Essa lesão não prejudica os músculos nem os nervos que os conectam à medula espinhal - apenas a capacidade do cérebro para controlar esses músculos.”

O controle do tônus muscular vai permitir ou não o corpo atingir a posição correta para cada movimento desejado, com a lesão a criança poderá ter dificuldades para realizar movimentos como andar, mexer com os braços, manter a cabeça levantada, entre outras. Para GERALIS (2006), “Todas as crianças com paralisia cerebral, tem uma lesão na área do cérebro que controla o tônus muscular”.  

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