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Teoria pedagógica Henri Wallon

Artigo: Teoria pedagógica Henri Wallon. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  24/9/2013  •  Artigo  •  511 Palavras (3 Páginas)  •  667 Visualizações

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Henri Paul Hyacinthe Wallon nasceu em Paris, França, em 1879. Graduou-se em medicina e psicologia. Fez também filosofia. Atuou como médico na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), ajudando a cuidar de pessoas com distúrbios psiquiátricos. Em 1925, criou um laboratório de psicologia biológica da criança. Quatro anos mais tarde, tornou-se professor da Universidade Sorbonne e vice-presidente do Grupo Francês de Educação Nova - instituição que ajudou a revolucionar o sistema de ensino daquele país e da qual foi presidente de 1946 até morrer, também em Paris, em 1962. Ao longo de toda a vida, dedicou-se a conhecer a infância e os caminhos da inteligência nas crianças.

Militante de esquerda participou das forças de resistência contra

Adolf Hitler e foi perseguido pela Gestapo (a polícia política nazista) durante a Segunda Guerra (1939-1945). Em 1947, propôs mudanças estruturais no sistema educacional francês. Coordenou o projeto Reforma do Ensino, conhecido como Langevin-Wallon - conjunto de propostas equivalente à nossa Lei de Diretrizes e Bases. Nele, por exemplo, está escrito que nenhum aluno deve ser reprovado numa avaliação escolar, dizia que reprovar é sinônimo de expulsar, negar, excluir. Ou seja “a própria negação do ensino. Em 1948, lançou a revista Enfance, que serviria de plataforma de novas ideias no mundo da educação.

Sua teoria pedagógica, que diz que o desenvolvimento intelectual envolve muito mais do que um simples cérebro, abalou as convicções numa época em que memória e erudição eram o máximo em termos de construção do conhecimento.

Wallon foi o primeiro a levar não só o corpo da criança, mas também suas emoções para dentro da sala de aula. Wallon enfatiza o papel da emoção no desenvolvimento humano, pois, todo o contato que a criança estabelece com as pessoas que cuidam dela desde o nascimento, é feito de emoções e não apenas cognições. Baseou suas ideias em quatro elementos básicos que estão todo o tempo em comunicação: afetividade, emoções, movimento e formação do eu.

AFETIVIDADE- possui papel fundamental no desenvolvimento da pessoa, pois é por meio delas que o ser humano demonstra seus desejos e vontades. As transformações fisiológicas de uma criança revelam importantes traços de caráter e personalidade.

EMOÇÕES- é altamente orgânica, ajuda o ser humano a se conhecer, os sentimentos mais profundos possuem uma função de grande relevância no relacionamento da criança com o meio.

MOVIMENTO- as emoções da organização dos espaços param se movimentarem. A escola ao insistir em manter a criança imobilizada acaba por limitar o fluir de fatores necessários e importantes para o desenvolvimento completo da pessoa.

• FORMAÇÃO DO EU- a construção do eu depende essencialmente do outro. Com maior ênfase a partir de quando a criança começa a vivenciar a "crise de oposição", na qual a negação do outro funciona como uma espécie de instrumento de descoberta de si própria. Isso acontece mais ou menos em torno dos 3 anos, quando é a hora de saber que "eu" sou. Imitação, manipulação e sedução em relação ao outro são características comuns nesta fase.

Wallon deixou-nos uma nova concepção da motricidade, da emotividade, da inteligência humana e, sobretudo, uma maneira original de pensar a Psicologia

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