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A AULA EXISTENCIAL (HUMANISMO) SEÇÃO AULA

Por:   •  26/8/2020  •  Projeto de pesquisa  •  5.503 Palavras (23 Páginas)  •  142 Visualizações

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AULA EXISTENCIAL (HUMANISMO)

SEÇÃO 1 AULA 1

Humanismo

Saber preliminarmente

  • NÃO é uma teoria psicológica específica, abrange uma variedade de teorias e técnicas psicoterápicas, como a Gestalt-terapia, a Abordagem Centrada na Pessoa, a Logoterapia e a Daseinsanalyse.
  • NÃO é sinônimo de existencialismo, a sua origem como movimento nos Estados Unidos, pelo contrário, pende para o essencialismo. O existencialismo é uma absorção posterior de filosofias europeias que remontam ao início do século 20 e se expandem após a Primeira Guerra Mundial.
  • NÃO é uma negação total dos conhecimentos do behaviorismo (1ª força) nem da psicanálise (2ª força), e sim dos seus determinismos.

3ª força

  • Movimento surgido nos Estados Unidos no final da década de 1950 para congregar psicólogos e pesquisadores com pensamento alternativo ao determinismo ambiental do behaviorismo e ao determinismo inconsciente da psicanálise.
  • Foco no indivíduo, na sua pessoa, e na sua situação-presente.
  • Ênfase na vontade consciente, na autodeterminação e na autotranscendência, isto é, na capacidade humana de ultrapassar seus condicionamentos e ressignificar sua existência a partir da sua atualidade.
  • Alta estima da liberdade humana correlacionada à responsabilidade pessoal.

Fenomenologia

Ideia fundamental

A intenção é a determinação essencial da consciência.

NÃO existe consciência pura, em-si, TODO fenômeno psíquico, ou seja, toda consciência, se refere a um conteúdo, pende em direção a um objeto, que não precisa necessariamente ter realidade imanente, factual.

PORTANTO, a apreensão da verdade da consciência, isto é, do seu desvelamento, não está nela mesma tampouco no objeto, está na relação intecional, ou seja, ativa, da primeira com o segundo.

Edmund Husserl (1859 – 1938)

Natural da Prossnitz, na antiga Morávia (atual República Tcheca), então pertencente ao Império Austro-Húngaro, descendente de judeus, radicado na Alemanha, o “pai da fenomenologia” antes de estudou primeiramente matemática e depois migrou para a filosofia.

Para Husserl o ponto de partida do conhecimento é a experiência concreta, as coisas existentes, os fatos, e a sua chave é o modo como os fenômenos se apresentam à consciência , como esta apreende as suas essências, os seus elementos subjetivos irredutíveis.

Consciência que não deve ser confundida com ato racional. Anterior à percepção consciente há o ato pré-reflexivo. Este é substanciados por uma síntese passiva de elementos sensórios e afetivos que chegam à consciência sem que o sujeito se dê conta e que constituem o pano de fundo do ato intencional.

[pic 1]

Fonte:
Disponível em 
https://bit.ly/2uBY8GR.

Objetivo

Conhecer as essências puras

A ciência fenomenológica pretende captar e descrever as vivências puras, o elementar da experiência, "voltar às próprias coisas". Nisto, obviamente, ela não difere das outras ciências.

O que a diferencia é o seu método.

Método

Epoché

O caminho para a intuição eidética é por em suspensão, colocar entre parênteses, as opiniões preconcebidas, os pressupostos filosóficos e mesmo as teorias científicas que não sejam apodíticas, indubitáveis, para que o fenômeno seja apreendido na sua imediaticidade à consciência.

Só permanecem e são tidos como certos, os dados que subsistirem às recorrentes investidas da epoché. 

Passado, presente e futuro

Uma abordagem humanista, especialmente de natureza fenomenológica, considera a temporalidade como uma experiência dinâmica e fluída de integração do passado com o futuro.

No presente vivenciamos de modo articulado e constituinte as retenções e projeções. De modo articulado porque o presente é o tempo do existir, do fazer acontecer, e constituinte porque é o tempo de ressignificar e atualizar o ontem, potencializar o hoje e alargar as possibilidades do amanhã.

Existencialismo

Princípio elementar

A existência precede a essência

O ser humano como indíviduo, como pessoa, faz e refaz a sua essência na sua existência. Não há uma predeterminação natural quando ao seu modo de ser, não há uma essência fixa a ser procurada, há uma existência a ser assumida e construída.

O existencialismo pode ser teísta, agnóstico ou ateísta. Seja como for, o foco é o indivíduo, o drama de sua existência incerta, impermanente e finita em busca de um sentido pra vida.

Diferenças

Essência

Existência

Aquilo que uma coisa é, o que diferencia um ente do outro, a determinação do seu ser, a necessária atualização da sua potência para o seu desenvolvimento esperado.

Por exemplo, a essência de uma maçã é ser maça, não uva, de uma pedra é ser pedra, não rocha, de uma cadeira é servir de assento, de uma cama é servir para deitar, de uma semente é tornar seu fruto correspondente. 

Em relação ao ser humano, é essencial tudo aquilo que é
comum à sobrevivência da sua espécie, universal a um determinado fenômeno, ou seja, que corresponde ao plano ôntico.

É a historia humana do indivíduo concreto, seu modo de existir, suas escolhas, a autodeterminação do seu ser. 

Diferentemente da essência que corresponde ao plano ôntico, a existência correlaciona ao
 plano ontológico.

Por exemplo, quando falamos em
sentimentos e emoções universais, em potencialidades inatas, em sinais e sintomas de uma psicopatologia, como a depressão, a esquizofrenia e o transtorno de pânico, estamos no plano ôntico. Já quando falamos do sujeito que vivencia tudo isso, de como ele lida e o que faz e pode fazer disso, das respostas às suas determinações, estamos no plano ontológico. 

Soren Kierkegaard (1813 – 1855)

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