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A Arqueologia Do Espírito

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Por:   •  9/4/2014  •  1.279 Palavras (6 Páginas)  •  455 Visualizações

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A Arqueologia do Espírito

De acordo com Ken Wilber, os principais componentes da evolução da consciência são os “níveis básicos, as estruturas ou as ondas básicas no Grande Ninho (matéria, corpo, mente, alma, espírito); as correntes ou as linhas de desenvolvimento (moral, estética, religiosa, cognitiva, afetiva, etc) que avançam de maneira relativamente independente através das grandes ondas,;os estados, ou estados temporários de consciência (tais como experiências de pico, estados oníricos e estados alterados); o eu, que é a sede da identidade, da vontade e das defesas, e que precisa navegar por todos os vários níveis, linhas e estados que encontra e equilibrá-los e integrá-los; e as linhas relacionadas ao eu, que são as linhas de desenvolvimento mais intimamente ligadas com o eu (tais como a identidade central do eu, sua ética e suas necessidades). Em resumo: ondas, correntes, estados, eu e correntes do eu” (Wilber, 2007, p. 105)

Ainda para Wilber, os estados alterados, embora muito importantes, precisam tornar-se estruturas/características para contribuir para o desenvolvimento. Dessa forma, é possível dizer que o desenvolvimento pode ser reduzido a ondas, a corrente e ao eu.

Deve-se ter em mente que, “tomados conjuntamente, os níveis básicos de cada um dos principais sistemas, antigos e modernos, orientais e ocidentais, simplesmente descrevem um imenso campo morfogenético, ou espaço de desenvolvimento, o qual é migratório – ele se gradua holarquicamente, transcendendo e incluindo ninhos dentro de ninhos, indefinidamente, convidando a um desenvolvimento que é um envolvimento.” (Wilber, 2007, p. 106)

As ondas básicas do ser e do conhecer através das quais fluem as várias correntes de desenvolvimento, todas equilibradas e (idealmente) integradas pelo eu em sua notável jornada que vai do subconsciente para o autocosnciente e daí para o superconsciente. Entretanto, tal jornada representa perigos.

Em relação a confusões a respeito do ego cometidas por alguns pesquisadores, Wilber afirma que é uma questão semântica. Se por ego entende-se uma identificação exclusiva com o eu pessoal, essa exclusividade é em sua parte maior perdida ou desenvolvida no desenvolvimento superior. Em contrapartida, se tem-se ego como um eu funcional que está relacionado com o mundo convencional, esse ego continua existindo. Já se por ego entende-se a capacidade da psique para integração, nesse caso ele também é conservado e fortalecido. Resumindo, “a exclusividade de uma identidade com um dado eu é dissipada ou liberada com cada estágio superior do crescimento do eu, mas as capacidades funcionais importantes de cada um são conservadas, incorporadas e, com frequência fortalecidas em estágios sucessivos.” (Wilber, 2007, p. 107) Ainda de acordo com o autor, “Tratamentos” seria um resumo dos tipos de terapias psicológicas e espirituais que parecem mais úteis para os diferentes tipos de patologias que bloqueiam os diferentes níveis de consciência.

O termo “fulcro” é designado para se referir aos marcos principais no desenvolvimento do eu, ou seja, ao que acontece com o eu proximal quando seu centro de gravidade está num determinado nível de consciência. Quando o centro de gravidade do eu se move através de um nível básico do grande ninho, ele atravessa um fulcro do seu próprio desenvolvimento; “ele se identifica, em primeiro lugar, com um novo nível; em seguida, ele se desidentifica desse nível e o transcende; e por fim ele inclui e integra esse nível a partir do nível superior seguinte.” (Wilber, 2007, p. 108) Cada vez que o eu ou o eu proximal sobem um degrau rumo à esfera mais elevada do Grande Ninho, eles podem fazer isso de maneira relativamente saudável, diferenciando e integrando os elementos desse nível, ou relativamente patológica, quando não consegue diferenciar ou integrar.

Avanços revolucionários na psicologia mostram que, no que se refere à psicopatologia, não existem apenas diferentes tipos, mas também diferentes níveis. Em partes, esses diferentes níveis de psicopatologia estão relacionados aos três principais estágios do início do desenvolvimento do eu. Uma falha no desenvolvimento de qualquer um desses estágios poderá contribuir para um nível de psicopatologia.

As três principais ondas do desenvolvimento do eu podem ser resumidas da seguinte forma: a princípio, o eu é relativamente indiferenciado de seu ambiente, ou seja, não consegue distinguir facilmente onde seu corpo termina e o ambiente começa (início do fulcro 1). Em algum ponto durante o primeiro ano a criança começa a fazer essa distinção mais facilmente, e dessa forma a sua identidade muda da fusão com o mundo material para uma identidade com o corpo emocional-sentimental (que inicia o fulcro 2). À medida que a mente conceitual começa a surgir e se desenvolver, a criança acaba por diferenciar a mente conceitual e o corpo emocional (fulcro 3). Portanto, a identidade do eu proximal se dirigiu

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