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A Avaliação Neuropsicológica

Por:   •  29/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.464 Palavras (10 Páginas)  •  224 Visualizações

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TÍTULO

Gabriela Pinheiro

Lia Tarran

Luiza Braga

Natália Tavares

Introdução

A neuropsicologia é uma ciência que visa estudar e compreender as relações existentes entre as estruturas cerebrais, funções mentais e o comportamento humano (Malloy­ Diniz,Fuentes, Mattos, Abreu, 2009). É uma área que surgiu da convergência de outros campos das ciências, contando principalmente com contribuições da Medicina, Fisiologia e Psicologia. A relação entre cérebro e comportamento já havia sido descoberta e explorada desde o século 16 aC, com os antigos egípcios, porém sem embasamento científico. Mais tarde, no início do séc XIX, Franz Joseph Gall, um neuroanatomista e fisiologista alemão desenvolveu um estudo chamado Frenologia, tornando-se pioneiro do localizacionismo cerebral, com a iniciativa de um mapeamento das funções mentais e morais. Para Gall, o cérebro era composto por diferentes sub­órgãos, cada um responsável por uma função mental específica. Porém seus estudos não eram guiados por nenhum método científico, e por isso, ele foi muito criticado na época, principalmente pela ciência e pela igreja (Sabbatini, 1997). Neste mesmo século, no ano de 1848, aconteceu o surpreendente caso de Phineas Gage, que teve uma barra de metal atravessada em seu crânio e sobreviveu. Apesar de uma excelente recuperação física, após o acidente, Gage apresentou sérias alterações em seu comportamento e personalidade (Del­Ben, Cristina Marta, 2005). O caso de Gage, juntamente com outros incidentes ocorridos com veteranos de guerra, possibilitou um grande avanço na comprovação cientifica da relação das funções mentais e dos comportamentos (Del­Ben, Cristina Marta, 2005). No início do século seguinte, surge pela primeira vez o termo Neuropsicologia, pelo médico canadense William Osler (Mäder,1996). Desde então, os estudos neuropsicológicos apresentam um rápido progresso e grande influência no contexto nacional e internacional, sobretudo em função dos avanços tecnológicos, que possibilitaram o desenvolvimento de técnicas de neuroimagem, como por exemplo, a Tomografia Computadorizada e a Ressonância Magnética, e do advento de testes e baterias de avaliação neuropsicológicas (Vieira, Fay, Neiva­Silva, 2007). Em 2004 a Neuropsicologia foi reconhecida como título de especialidade do Psicólogo, pelo Conselho Federal de Psicologia. De acordo com a resolução, o neuropsicólogo “atua no diagnóstico, no acompanhamento, no tratamento e na pesquisa da cognição, das emoções, da personalidade e do comportamento sob o enfoque da relação entre esses aspectos e o funcionamento cerebral” (Resolução CFP No 002/2004). Nesse contexto, a avaliação neuropsicológica apresenta­se como o método utilizado, pelo neuropsicólogo, na investigação da relação das funções cerebrais e do comportamento. Seus objetivos principais são: identificar alterações cognitivas, auxiliar no diagnóstico diferencial, facilitar um acompanhamento clínico de doenças e promover tratamentos e reabilitação cognitiva (Mäder,1996). É importante ressaltar que a avaliação neuropsicológica não pode ser reduzida meramente à aplicação de testes responsáveis em medir as funções mentais de um determinado indivíduo. As informações de natureza qualitativa são tão importantes quanto as quantitativas (Winograd, Martins de Jesus, Uehara, 2012). Sendo assim, para que a avaliação seja feita de forma adequada, o psicólogo deve respeitar quatro etapas fundamentais: entrevista com o paciente, observação de seus comportamentos, aplicação de testes cognitivos e aplicação das escalas de comportamento (Malloy­Diniz, Mattos, Abreu, Fuentes, 2015).

Objetivo do Trabalho

O presente trabalho tem por objetivo reunir, através da literatura, informações e embasamentos teóricos a respeito da Avaliação Neuropsicológica, com ênfase na Doença de Alzheimer. As principais motivações para a realização deste foram experiências prévias em pesquisas sobre o tema, com foco em idosos.

Justificativa

No contexto brasileiro atual, a relevância do envelhecimento populacional e suas consequências são inquestionáveis. Os distúrbios neuropsiquiátricos apresentam-se em evidência – e crescente progressão – entre as doenças que contribuem consideravelmente para a morbimortalidade na população brasileira. A incidência de morte devido à doença de Alzheimer (DA) aumentou significativamente, aproximadamente 66% entre 2000 e 2008. Pela primeira vez na história da humanidade, o número de pessoas com 60 e mais anos de idade irá superar o de crianças menores de catorze anos, correspondendo, respectivamente, a 22,1% e 19,6% da população mundial. Essa é uma mudança populacional da qual emergem diferentes tipos de demência, lideradas pela Doença de Alzheimer, demandando atenção de gestores, profissionais de saúde e pesquisadores, à medida que passa a fazer parte do ranking das dez principais questões de saúde no país. Visto isso, consideramos de suma importância que a literatura sobre o tema esteja atualizada, servindo como base para estudos posteriores que possam melhorar o entendimento sobre a avaliação neuropsicológica na Doença de Alzheimer, contribuindo para o tratamento e a melhora da qualidade de vida da população idosa.

Método

A pesquisa foi feita com base na revisão teórica sobre o tema. ??????

Discussão

Na avaliação neuropsicológica na Doença de Alzheimer, a avaliação cognitiva pode ser iniciada com testes de rastreio, como o miniexame do estado mental, e deve ser complementada por testes que avaliam diferentes componentes do funcionamento cognitivo. Para essa finalidade, podem ser empregados testes breves, de fácil e rápida aplicação pelo clínico, como os de memória (evocação tardia de listas de palavras ou de figuras, por exemplo), os de fluência verbal (número de animais em um minuto) e o desenho do relógio.

A realização da avaliação cognitiva pode ser um instrumento útil na avaliação global do paciente idoso, permitindo ao clínico geral, psiquiatra, neurologista ou geriatra obterem informações que subsidiem tanto o diagnóstico etiológico do quadro em questão quanto o planejamento e execução das medidas terapêuticas e de reabilitação a serem realizadas em cada caso. Infelizmente, essa não é uma prática de rotina no Brasil em serviços de saúde primária, e mesmo secundária, seja em psiquiatria, em neurologia ou geriatria.

A avaliação neuropsicológica detalhada é recomendada especialmente nos estágios iniciais de demência em que os testes breves podem ser normais ou apresentar resultado limítrofe. Além disso, a avaliação neuropsicológica fornece dados relativos ao perfil das alterações cognitivas, especialmente úteis para o diagnóstico diferencial de algumas formas de demência.

Os testes são indispensáveis na pratica do neuropsicólogo, porém devem ser corretamente escolhidos de acordo com hipóteses aventadas na entrevista e coerentes com a observação comportamental. O conhecimento sobre a validade de construto, a validade de critério e a validade ecológica, bem como sobre parâmetros normativos e fidedignidade, é algo necessário na prática clínica do neuropsicólogo. Além disso, as informações geradas por testes são geralmente potencializadas pelas que são coletadas a partir do uso de escalas de avaliação de sintomas. Mas, novamente, eles sempre serão um meio de investigação, e jamais um fim em si mesmos.

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