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A Comunicação Terapêutica na Abordagem Centrada na Pessoa

Por:   •  25/5/2021  •  Resenha  •  1.098 Palavras (5 Páginas)  •  188 Visualizações

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ESCOLA SUPERIOR DA AMAZÔNIA

CURSO DE PSICOLOGIA

Aluno

TEXTO-SENTIDO 1

Belém - PA

2021

A construção deste texto-sentido se deu a partir do artigo “a comunicação terapêutica na abordagem centrada na pessoa”, produzida por Carmen Silvia Nunes de Miranda e José Célio Freire e publicado em 2012.

Li o referido texto selecionado e tomei alguns pontos que considerei significativo para fazer a análise psicológica sobre minhas impressões do artigo apresentado, com base no que aprendi e desenvolvi no campo de minhas experiências como discente. Para tanto, registrei em tópicos alguns trechos os quais me chamaram atenção em relação à temática abordada, como os seguintes trechos:

  • “O cliente é tomado como centro do processo, mas caminha-se em direção a um maior foco no relacionamento, alcançando-se uma transcendência da própria relação”. Isto me remete ao fato de que o cliente deve ser prioridade durante o processo por meio de uma comunicação efetiva, me fazendo pensar que caberá ao terapeuta compreender as emoções do cliente, por meio de uma significação simbólica e ser receptivo em relação a resposta;
  • “Ressalte-se que um fio condutor de todas as etapas da obra de Rogers é o respeito à experiência do cliente e a autonomia deste em resignificar sua história de vida”. Entendo que se trata da experiência subjetiva do indivíduo, visando redescobrir a essência da pessoa e me faz pensar que explorar o núcleo da personalidade do indivíduo corrobora para um processo terapêutico mais significante na busca do crescimento pessoal e saúde mental. Caso não fosse tratado desta maneira, seria mais difícil obter um resultado que ressignifique os ideais do cliente durante o processo em entender as emoções deste;
  • “A comunicação interpessoal é um processo que se dá entre interlocutores de uma mesma comunidade lingüística”. Esse trecho do artigo me traz a dúvida se a presença de um interceptor o qual compreendesse as linguagens formuladas entre os interlocutores poderia intervir nesse processo, mas entendo que ambos os interlocutores devam falar a mesma língua para que haja essa relação de fala na abordagem centrada na pessoa, sendo essencial às dimensões existencial, individual e coletiva da fala;
  • “Apesar dessa neutralidade, o conselheiro deve reconhecer seu envolvimento emocional como parte da relação, mesmo não o expressando abertamente, diferenciando-se da neutralidade como isenção, tal como era no molde psicanalítico”. Entendo que se postula em uma abordagem centrada na pessoa, por meio de uma relação controlada entre terapeuta-cliente, pois ao se expressar de forma mais direta, poderia exercer algum tipo de pressão ou coerção, colocando a segurança do ambiente terapêutico em risco, o que poderia ocasionar algum impedimento para o cliente se expressar sem pressão e de maneira mais aberta;
  • “O primeiro aspecto é a presença significativa e calorosa do terapeuta, o que faria evoluir o nível afetivo da relação, de maneira limitada”.  A primeira impressão é que a comunicação deva seguir um fluxo unidirecional, o do cliente. Entendo que a experiência pessoal da pessoa pode ter maior consonância entre a experiência vivida por ela e a simbolização que faz dessas vivências, assim esse acolhimento seria uma forma de evoluir em um contato com sua real personalidade;
  • “O segundo seria a permissividade para a expressão do cliente”. Esse trecho me chama a atenção pelo fato de que o cliente necessita sentir-se acolhido, pois passa a reconhecer que todos os sentimentos e atitudes se podem exprimir, isto é, por meio da livre expressão de sentimentos, pois a ausência dessa permissividade dificultaria entender o âmago do cliente o qual estaria retraído e desconfiado em expressar seus sentimentos. O terapeuta precisa criar o clima de permissividade para que o cliente se expresse;
  • “Como o terceiro aspecto tem-se o estabelecimento dos limites da relação entre terapeuta-cliente como, por exemplo, o horário e a duração definidos da sessão”. Entendo que deva haver essa limitação para que não se torne algo pessoal entre as relações e deva ser visto como um lugar de ajuda, por meio das sessões que trará certo alívio para o cliente o qual buscará realizar as sessões com o passar da desenvoltura do processo, tendo em vista que o seu desempenho é limitado àquelas manifestações as quais possam mudar a visão do cliente sobre si;
  • “O último aspecto fundamental elencado é a ausência de formas de pressão ou coerção”. Segundo Rogers (1942/1979) “o conselheiro competente abstém-se de introduzir nas situações terapêuticas os seus próprios desejos, reações e inclinações” (p.99), expresso-me no sentido de que a naturalidade do processo terapêutico trará um conforto melhor para a expressão das experiências vividas pelo individuo, a partir de uma relação empática com a sua própria essência. A meu ver, parece que nesse período a comunicação é caracterizada pela necessidade de um diálogo claro entre o terapeuta e o cliente quanto à expressão do cliente de forma livre e natural;
  • “O terapeuta passa, portanto, a expressar-se mais livremente, expondo seus sentimentos e sensações pertinentes na relação”. Percebo uma ampliação das expressões e pessoalidade do terapeuta e me faz pensar que a abordagem centrada na pessoa se inicia também não só a aceitação de si próprio, mas também dos outros com uma mudança de foco do cliente para a relação, com a possibilidade de referência à experiência imediata e modificações na noção de consciência, através de um compartilhamento da experienciação coletiva nos estados alterados de consciência, tendo em vista que a expressão aponta a experiência, criando novos significados. Me faz refletir que a comunicação na terapia amplia o horizonte das expressões do terapeuta, permitindo reconfigurar as experiências distorcidas, com a finalidade de auxiliar no processo do cliente, criando novos significados de sentimentos e sentidos;
  • “Abordagem Centrada na Pessoa é utilizada para designar a intensificação da atuação nessas outras áreas com foco nas interações sociais... tem-se, portanto, a busca por relações interpessoais facilitadoras de crescimento dos envolvidos, sejam duas ou mais pessoas”.  Isso me remete ao fato de que se busca desenvolver o potencial natural que o indivíduo possui para o crescimento e para a saúde, através das experiências que esse indivíduo tiver e penso que com esse esforço terapêutico e envolvimento do terapeuta em se aproximar das relações estabelecidas na vida real trará um contato maior com a verdadeira essência do cliente, com base na experiência. De fato, seria mias dificultoso não existir esse contato com as fases da teoria rogeriana para a prática dos profissionais, pois a exploração das diferentes formas de comunicação possíveis no setting terapêutico permite a acessibilidade à experiência sentida e compartilhada.

Referências:

MIRANDA, Carmen Silva Nunes de; FREIRE, José Célio. A comunicação terapêutica na abordagem centrada na pessoa. Arq.bras.psicol., Rio de Janeiro, v.64, n.1, p.78-94, abr. 2012. Disponível em <>, acesso em 24 jan.2021. (TEXTO-SENTIDO 1).

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