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A Criação da psicanálise como ciência foi revolucionário para o meio cientifiíco.

Por:   •  11/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  678 Palavras (3 Páginas)  •  168 Visualizações

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A criação da psicanálise, a princípio, foi de um caráter tão revolucionário por conta do contexto científico ao qual o seu criador, Sigmund Freud, estava inserido. Em uma época onde as ciências se baseavam em postulados empíricos e observáveis; a psicanálise, desde seu início, comportava níveis bem mais elevados de abstração e um distanciamento da experiência empírica quando comparada às ‘outras ciências’ da época. Assim, na última década do século XIX, Freud propõe as noções que constituirão os alicerces fundamentais da psicanálise; inconsciente, repressão, sexualidade infantil, relação entre sintomas neuróticos e fenômenos da vida psíquica “normal”, diretrizes básicas do tratamento psicanalítico – tudo isso se encontra razoavelmente esboçado por volta de 1900.

“Freud diz que a compreensão METAPSICOLÓGICA de um fenômeno requer que ele seja abordado simultaneamente sob três dimensões ou pontos de vista. A dimensão tópica refere-se aos lugares ou instâncias que compõem o aparelho psíquico (topos = lugar); a dinâmica diz respeito ao jogo de forças em conflito; e a econômica refere-se à distribuição e mobilidade das quantidades de energia psíquica em circulação no aparelho.” – História da Psicologia, Rumos e Percursos (2005)

Com uma base mais centrada no individuo Freud passa então a observar fenômenos clínicos/psíquicos que acometiam pessoas próximas a ele e, inclusive, a si próprio, como pode ser visto em suas correspondências com Wilhelm Fliess, onde ele descreve seus sonhos, desejos e ânsias internas. A psicanálise também é revolucionária naquilo que tange o homem como ser pensante e protagonista de suas ações. Indo de encontro à maioria das teorias filosóficas racionalistas, Freud afirma com sua obra que o homem não tem domínio total sobre seus desejos e vontades e que é sujeito a impulsos que fogem o escopo do que é conscientemente racionalizado, trazendo assim, o conceito do inconsciente.

Para a psicanálise sintomas como a paralisia e outros múltiplos sintomas corporais que acometiam as chamadas, mulheres histéricas, eram formados a partir da repressão de certas lembranças que, não podendo ser integradas na história dessas mulheres, “retornam” no corpo, simbolizadas nos e pelos sintomas. Nessa época, Freud e Breuer (Joseph Breuer, coautor do livro Estudos sobre a histeria de 1895) empregavam a hipnose para obter acesso a materiais que pudessem estar na origem dos sintomas. Durante o transe hipnótico surgiam lembranças que, uma vez relatadas e revividas afetivamente, auxiliavam na elucidação e mesmo na eliminação de certos sintomas. É o que se chama de “método catártico”: sob hipnose, o paciente recorda e revive um evento que lhe foi traumático, externalizando e descarregando afetos não manifestados por ocasião do trauma; tal descarga emocional é denominada ab-reação. (Villela et.al, 2005)

Segundo a Psicanálise, o Inconsciente não é o subconsciente (nível mais passivo da consciência, seu estágio não-reflexivo, mas que a qualquer momento pode se tornar consciente) e só se revela através dos elementos que o estruturam, tais como atos falhos (eles se expressam nas pessoas sãs, refletindo o conflito entre consciente, subconsciente e inconsciente); são as famosas ‘traições da memória’, sonhos, chistes e sintomas. A primeira menção a esse conceito surgiu a partir

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