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A HISTORIA E EUGENIA

Por:   •  19/3/2021  •  Trabalho acadêmico  •  907 Palavras (4 Páginas)  •  136 Visualizações

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HISTORIA E EUGENIA.

A Teoria Eugenista cunhada e envolta a preconceitos, nasceu sob a estrutura de uma burguesia industrial do século XIX, inspirada na superioridade do homem.

Todavia, apesar do contexto moderno de aperfeiçoamento do homem, as convicções dos princípios eugênicos remontam a era clássica, com seus padrões de que ser belo é ser bom, enaltecendo a cultura da beleza física, que se fez predominante na filosofia da arte, predominantemente estética.

Um outro viés da antiguidade é a padronização Espartana, onde apenas os descendentes diretos dos Dórios eram considerados cidadãos, por conseguinte, superiores e bons soldados, pertencentes desde crianças ao Estado. E na falta das características adequadas, como robustez, normalidade física e mental, eram encaminhadas, segundo Plutarco aos Apotetas – local de abandono, para serem lançadas de cima do monte Taigeto.

De tal modo, se pode observar a busca de uma superioridade que selecionava e avaliava se o indivíduo possuía anormalidades que o estigmatizasse como inferior, para ser assim, impedido a vida.

Uma outra época na história em que se buscou impor a superioridade de povo, se fez presente durante os processos de colonização. Época em que a fé cristã era símbolo de poder e elevação, e todo aquele contrário era inferior. Assim, tribos inteiras foram massacradas e dominadas, povos foram tirados de sua terra, para serem escravos em outra, devido a tonalidade de sua pele, considerada inferior.

Buscava-se assim, definir padrões de superioridade, por homens que durante o renascimento puderam se tornar o centro de todos os interesses – antropocentrismo, mas que passaram a selecionar com padrões de moral aqueles dignos de ocupar este espaço.

 A relação do homem com o mundo tornara cada vez mais de exclusão. O homem julga-se quase um Deus, relativamente acima do mundo, e as coisas (mesmo o corpo humano) serão tomadas como objetos (SANTI,2005, p.24)

A estatuto moral passou a se tornar ativo, a medicina moral, buscava limpar a sociedade e excluir todos aqueles que fossem fora do padrão, numa sociedade que caminhava rumo ao progresso.

E ao alcance deste progresso, se ampliou as cidades devido ao crescimento populacional, que acompanhando a Revolução Industrial, que emerge, séculos e séculos após o renascimento. A base da vida era envolta as grandes indústrias, e a base vida social, como apresentada nas situações de aprendizagem em sala, era de “degenerados; jogadores, prostitutas – os subgentes.

Assim, o século XIX, aflora-se com Karl Marx, na ótica de Santi (2005) negando a liberdade humana, e um homem controlado por leis, e Charles Darwin, negando o homem como centro de tudo, mas sim um ser na cadeia evolutiva com outros animais.

Com Charles Darwin e a seu princípio de seleção natural, foi possível dar continuidade a Eugenia, sem seu pronunciamento e relação. Foi em 1865, que seu primo, Francis Galton, baseado em seus princípios compôs e estruturou o que já vinha ocorrendo na história, a Eugenia – “estudos da condição mais propicias à reprodução e melhora da raça humana” (AURÉLIO,1993, p.235). A ciência que forneceria as bases para a transmissão de genes capazes de aprimorar as qualidades hereditárias e por conseguinte, traria o julgamento moral.

A idealização principal da teoria era aprimorar a linhagem humana, segundo Rose (2000), era a promoção da reprodução entre talentosos e os virtuosos, aliada ao encarceramento ou esterilização dos criminosos ou indivíduos considerados anormais – doentes mentais, pobres, prostitutas (Rose, 2000, p.159).

A vista disso, visava-se buscar um indivíduo superior, através da hereditariedade, um ponto de vista biológico, que acabaria com as doenças epidêmicas – tuberculose, tifo, a pobreza, e pessoas exaustas e carentes presentes da Era industrial.

Para dar continuidade a sua teoria, funda a pesquisa Antropométrica, para medir o físico humano, assim, como busca um estudo para testes de Q.I – inteligência. Aperfeiçoando cada dia mais suas técnicas usa os retratos compostos, com o objetivo de encontrar características comuns e o uso de estatísticas, como sintetiza Kohatsu:

Dedicou-se também ao estudo das diferenças raciais, à análise do caráter de criminosos e loucos, à medição antropométrica e classificação dos indivíduos a partir de métodos estatísticos. [...] utilização da fotografia para produzir retratos compostos a partir de retratos de diferentes pessoas para obter traços comuns (tipos fisionômicos) de diferentes grupos (saudáveis, doentes e criminosos) (KOHATSU, 2017, p.25)

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