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A História da Psicologia Escolar e Educacional no Brasil

Por:   •  21/10/2019  •  Artigo  •  1.133 Palavras (5 Páginas)  •  689 Visualizações

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A história da Psicologia Escolar e Educacional no Brasil pode ser identificada desde os tempos coloniais, quando preocupações com a educação e a pedagogia traziam em seu bojo elaborações sobre o fenômeno psicológico (ANTUNES, 2008).

A Psicologia Educacional e Escolar é quase tão antiga quanto a profissão de Psicólogo no Brasil, mas suas práticas vêm sendo contestadas, por serem consideradas inadequadas e insatisfatórias, não conseguindo obter resultados positivos quanto as questões educacionais e escolares, escrevem Guzzo et al (2010) apud Dias, Patias e Abaid (2014).

As primeiras aproximações entre a Psicologia e a Escola estavam pautadas numa visão associacionista e mecanicista da aprendizagem e do desenvolvimento humano (OLIVEIRA-MENEGOTTO; FONTOURA, 2015).

No início a causa dos problemas educacionais em instituições estava centrada no aluno, ao passo que fatores externos – sociais, econômicos, políticos, institucionais, históricos e pedagógicos eram ignorados (CASSINS; COLS, 2007; TEIXEIRA, 2003 apud DIAS; PATIAS; ABAID, 2014).

A Psicologia foi introduzida na Escola por meio de um modelo médico/clínico, responsabilizando o aluno pelo fracasso escolar (OLIVEIRA-MENEGOTTO; FONTOURA, 2015). A Psicologia Educacional e Escolar era eminentemente clínica e de caráter individual, e servia aos propósitos de ajustamento e de classificação, não levando em consideração a crítica e a compreensão social (SILVA ET AL, 2013; WANDERER; PEDROZA, 2010 apud OLIVEIRA-MENEGOTTO; FONTOURA, 2015).

Em 1962 é criada a profissão de psicólogo no Brasil, e a Psicologia, em sua relação com a Escola, continuou o seu trabalho de classificar, orientar e tratar de crianças-problema (OLIVEIRA-MENEGOTTO; FONTOURA, 2015).

Em 1970 houve por parte de Pedagogos e Psicólogos críticas a certa do modelo reducionista, criticavam a utilização de testes e a interpretação dos resultados, que somente eram atribuídos ao aluno e a família, colocando como processo irrelevante o contexto escolar como um todo, explica Oliveira-Menegotto e Fontoura (2015).

A escola tem se deparado, ao longo dos tempos, com inúmeros desafios que requerem um olhar para além do já garantindo pelos profissionais da Educação e é nessa abertura que a Psicologia entra, possibilitando diálogos e articulações com a Educação (OLIVEIRA-MENEGOTTO; FONTOURA, 2015).

Diante do contexto atual, a Psicologia, segundo Giongo e Oliveira-Menegotto (2010), citados no trabalho de Oliveira-Menegotto e Fontoura (2015), teve que se reinventar, adotando uma prática sistêmica, onde nem o aluno, nem o professor são responsáveis pelo fracasso escolar, mas sim o sistema de relações existente no contexto educacional.

Na atualidade os profissionais imaginam que diante do agrupamento de alunos podemos ver problemas. Esses problemas nos ajudariam a perceber a imensidão do fracasso educacional em responsabilidades menores. Porém aqui não importa somente o problema, mais a complexidade por traz dele, ou seja, o aluno, a escola e todo o contexto envolvido, destaca Oliveira-Menegotto e Fontoura (2015).

O Psicólogo Escolar é aquele que atua diretamente na escola, ocupa-se das questões práticas a ela referentes, enquanto o Psicólogo Educacional é aquele que ocupa em pensar, refletir e pesquisar sobre os processos educacionais em geral (DIAS; PATIAS; ABAID, 2014).

Andrade (2005) e Patto (1997 – 2004) não concordam com a divisão entre Psicologia Escolar e Educacional, pois consideram que o psicólogo nesse contexto é aquele que se ocupa tanto da prática como do pensar sobre os processos educacionais, estando esses presentes ou não no contexto escolar, Dias, Patias e Abaid (2014).

Segundo o Conselho Federal de Psicologia (2007, p. 18), cabe ao psicólogo escolar ocupar-se de amplo leque de possibilidades que se referem diretamente ao âmbito do ensino-aprendizagem, tanto em seu contexto formal (organizações não governamentais, empresas, etc.) (DIAS; PATIAS; ABAID, 2014).

O Psicólogo busca defender os direitos do indivíduo no atendimento de suas necessidades educacionais e promover seu desenvolvimento, sem discriminação ou intolerância de qualquer tipo ou grau, tendo o cuidado de não reproduzir formas de dominação (DIAS; PATIAS; ABAID, 2014).

Baseado na literatura e com foco na área Educacional e Escolar, o Estágio Profissionalizante III, tem o intuito de levar o aluno a conhecer a história, as formas de atuação, a área afim e promover a atuação pratica do mesmo enquanto profissional inserido nesse contexto. Para tanto estagiários foram inseridos em alguns contextos que estivessem demandas escolares, como NAP – Núcleo de Apoio Pedagógico (Órgão responsável por implementar programas de atendimento extraclasse e de apoio psicopedagógico ao discente, promover meios e adotar estratégias para recuperação dos alunos de menor rendimento acadêmico, facilitar ao discente o acesso e a inclusão ao sistema, prevenir possíveis dificuldades que venha surgir e interferir no processo de aprendizagem e nas relações, etc.); Atendimento Clinico – Realizado na Clínica de Psicologia com foco nos processos

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