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A INTERAÇÃO SOCIAL COMPARADA A UMA PEÇA DE TEATRO

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Por:   •  3/11/2014  •  378 Palavras (2 Páginas)  •  1.717 Visualizações

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A INTERAÇÃO SOCIAL COMPARADA A UMA PEÇA DE TEATRO

GOFFMAN, Erving. Representação do eu na vida cotidiana. Petrópolis: Vozes, 1985

Em sua obra, Goffman compara a interação social à uma peça de teatro onde as pessoas tentam criar uma impressão favorável de si mesma definindo roteiro, cenário, figurino, habilidades e adereços. Nesta analogia há o palco onde atuam nossas “personas públicas” e os bastidores, onde se desenrola nossa vida privada. Existe ainda a plateia que assiste ao espetáculo.

Para Goffman, um aspecto central da interação social é tentarmos (consciente ou subconscientemente) manipular e controlar a maneira como os outros nos enxergam. Neste aspecto, cada interação social é motivada ou pelo efeito que queremos ter sobre a plateia (impressão) ou por um desejo sincero de autoexpressão. A vida é sim uma representação dramática.

A vida sendo uma representação dramática, cabe ao ator criar uma boa impressão de si mesmo e para tanto é necessário um bom cenário, adereços, figurino, talento e a compreensão consensual do que significa estar no “palco” (esfera pública) ou nos “bastidores” (esfera privada).

Segundo Goffman, para que a interação social seja harmônica é preciso haver um consenso quanto às identidades pessoais, o contexto social e as expectativas coletivas de comportamento dentro daquele contexto.

Por fim, Erving Goffman conclui afirmando que o indivíduo, em sua obra, foi dividido em dois papéis: ator e personagem. Ator, fabricante de impressões envolvido na tarefa de encenar uma representação; Personagem, como figura tipicamente admirável, cujo espírito, forças e qualidades a representação tinha por objetivo evocar ao público. Em nossa sociedade o personagem e o indivíduo, geralmente, são equiparados.

Na obra de Erving, a personalidade encenada foi considerada como uma espécie de imagem, geralmente digna de crédito, que o indivíduo no palco e como personagem tenta induzir os outros a terem a seu respeito. Embora esta imagem seja confundida com o indivíduo, de modo que lhe é atribuída uma personalidade, este “eu” não se origina do seu possuidor, mas sim da cena inteira.

Assim, a personalidade é constituída pela soma dos diversos papeis que desempenhamos. Isso implica que o “verdadeiro eu” não é um fenômeno privado ou interno, mas sim o efeito dramático das formas que o sujeito se apresenta em público.

“Desempenhamos certos comportamentos para nos adequarmos à impressão que queremos passar aos outros”.

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