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A INTERVENÇÃO EM GRUPO, TEORIA E PRÁTICA

Por:   •  14/3/2019  •  Artigo  •  1.275 Palavras (6 Páginas)  •  287 Visualizações

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Betim

2018

A INTERVENÇÃO EM GRUPO, TEORIA E PRÁTICA

Jéssica Gonçalves Costa

Luíza Rafaela Brits Santos

Professora Coautora Camila Repolez

Resumo

O presente artigo teve como finalidade informar sobre as teorias e técnicas de grupo, nos utilizando do material bibliográfico de Maria Lúcia Afonso (2007) e entrevista com a psicóloga Almira Marques Macedo. Abordaremos questões como a efetividade da terapia grupal, sua importância e contribuições sociais. Pretende-se apresentar a metodologia como um todo, além de trazer como grande contribuição as vivências de quem trabalha com grupos. Com as informações coletadas é claramente visível a relação da intervenção em grupos para com a resolução de problemas sociais em diversas situações, trabalhando com os integrantes uma visão de vínculo e continuidade do trabalho mesmo após a saída do terapeuta do grupo em questão.

Palavras-chave: Grupos terapêuticos, intervenção grupal, oficinas de grupo.

  1. Introdução

A terapia em grupo, apesar de seus resultados comprovados e efetividade terapêutica, sofreu e sofre muitas críticas relacionadas ao seu método de trabalho. Algumas delas dizem do sigilo previsto no código de ética dos psicólogos, outras da dificuldade de os integrantes trazerem questões pessoais para o grupo.

        Essas críticas não levam em consideração que o ser humano é um ser social, que vive e age em contato com o outro, e que muitas das soluções para conflitos internos e externos se dão em comunhão.

        O sigilo é um desafio em intervenções de grupo, mas como todo trabalho terapêutico é importante que se faça um contrato com os integrantes no primeiro encontro, visando a permanência da confidencialidade do que for discutido no grupo.

  1. As oficinas em intervenções psicossociais

O modelo de intervenção em grupo se utiliza da interação entre os participantes para promover vínculo, resolução de problemas e relação direta com a vida social do indivíduo. O livro “Oficinas em dinâmica de grupo” de Maria Lúcia Afonso apresenta a metodologia e fundamentação teórica de Oficinas em intervenções de grupo, onde se utiliza da contribuição de diversos autores para a criação de tal método.

Seu trabalho diz muito da importância de lidar com as relações, não focando apenas no indivíduo, crendo que o sujeito adoece em suas relações e nelas encontra a cura. Entender as particularidades do grupo com o qual se atua é imprescindível, pois é a partir delas que se desenvolve todo o projeto. Precisamos compreender o ambiente em que vivem, a influência sociocultural sobre os mesmos, sua visão de mundo, ou seja, as similaridades que fazem com que sejam um grupo.  

Kurt Lewin com sua pesquisa ação sobre pequenos grupos contribuiu com a noção atual que temos de grupo, diferenciando o mesmo onde há troca, objetivos ou características em comum de uma aglomeração, que se define apenas na soma de pessoas sem nenhuma ligação aparente ou troca.

Ele considerava que a dinâmica do grupo era o resultado da interação entre os integrantes em um espaço psicossocial, um conjunto das relações e não dos indivíduos.

Freud também demonstrava interesse pelos fenômenos sociais, se referia sempre ao outro em suas obras e a importância desse outro, além de atribuir o desenvolvimento de sentimento de grupo as primeiras experiências em família.

Paulo Freire trouxe a concepção de aprendizagem dinâmica no processo de grupo, trabalhando com a alfabetização de adultos de forma que não houvesse apenas o aprendizado formal, mas também um aprendizado de si e do mundo, fazendo com que todos mostrassem o que tinham a ensinar e aprendessem uns com os outros.

Esse contexto permite que visualizemos algo muito importante, os integrantes como parte ativa do grupo. Devemos dar voz e autonomia para que o grupo traga questões importantes para eles.

Muitos outros autores contribuíram grandemente com a concepção de grupo, e no livro de Lúcia Afonso através de todas as contribuições nos é mostrado como realizar uma oficina de grupo, como montar um projeto, qual a importância de cada momento do grupo e da observação dos mesmos e da fundamentação teórica no processo.

Comumente chamamos algumas atividades de grupo de dinâmica, uma forma equivocada de defini-las. Quando falamos em embasamento teórico, é muito importante que se entenda o grupo terapêutico como uma técnica profissional que exige todas as normas éticas do código como qualquer outra terapia; isso nos diz que toda ação/atividade proposta deve ter fundamentação teórica e comprometimento como em qualquer terapia.

                2.1 A terapia de grupo na prática

        Trabalhar a terapia em grupo oferece alguns desafios diferentes da terapia individual. É quase sempre necessário que o psicólogo busque uma formação extracurricular àquela que normalmente é oferecida na grade acadêmica de psicologia.

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