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A Importancia Do Psicopedagogo

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Por:   •  12/11/2014  •  4.459 Palavras (18 Páginas)  •  714 Visualizações

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A importância do psicopedagogo frente às dificuldades de aprendizagem

Silvia Suely Sillos de Oliveira*

novembro/2006

RESUMO

Considerando a escola responsável por grande parte da formação do ser humano, o trabalho psicopedagógico na instituição escola tem como caráter preventivo no sentido de procurar criar competências e habilidades para solução dos problemas com esta finalidade e em decorrência do grande número de crianças com dificuldade de aprendizagem e de outros desafios que englobam a família e a escola, a intervenção psicopedagógica ganha, atualmente, espaço nas instituições de ensino. Este artigo surgiu da preocupação existente diante as dificuldades dos alunos em que faz-se construir seus próprios conhecimentos por meio de estímulos, tem justamente o objetivo de fazer uma abordagem sobre a educação e a importância do psicopedagogo diante da instituição escolar.

Palavras chave: Aluno. Aprendizagem. Psicopedagogia.

1 - Introdução

O presente estudo está centrado na importância do psicopedagogo frente às dificuldades de aprendizagem. Começamos a interessar pela presente temática logo que ingressamos no curso de psicopedagogia, ao perceber o quanto a educação de qualidade é importante na formação do cidadão. Essa convicção se consolidou logo ao iniciar as atividades de estágio em uma escola pública de Imperatriz. Ali, convivendo com professores, coordenadores e alunos, por um curto espaço de tempo, pudemos perceber que a educação escolar era saída mais viável para escapar da situação de ignorância em que se encontrava a maioria das crianças, especialmente as de baixa renda, que são a maioria em nossa cidade. Mas não a educação que era oferecida, ali o ensino pautava-se pelo verbalismo e informações. A aprendizagem era entendida como acumulação de conhecimentos onde cada professor cuidava de sua disciplina, sem conexão com as demais e sem levar em conta a experiência e os significados que os alunos haviam construídos ao longo de suas experiências pessoais.

Nesse processo de busca e reflexão um questionamento sempre vinha à tona: como educar sem que o processo educativo se transforme num instrumento de manutenção da situação? O nosso maior cuidado era refletir sobre essas questões sem colocar a culpa nos principais atores do processo educativo, os professores, os alunos, e seus familiares. Sabemos que as transformações que estão ocorrendo no mundo todo, em função do processo de reestruturação do capitalismo, tem exigido que a sociedade reflita sobre o papel do trabalho e do trabalhador frente as mudanças que estão ocorrendo em níveis mundiais. O mundo do trabalho hoje, requer profissionais com maiores conhecimentos, uma cultura ampla e diversificada, preparo técnico, inclusive de forma interdisciplinar, sendo que estes fatores determinarão sua inclusão ou exclusão no mundo do trabalho, dependendo da educação recebida. Assim, as instituições de ensino e o trabalho docente não ficaram imunes à realidade da globalização.

A convivência na escola pública nos deu condições de perceber que os profissionais na atualidade, enfrentam sérias dificuldades em relação à aprendizagem dos alunos, isso nos levou a concluir que os mesmos precisam estar atualizados em conhecimentos gerais e específicos para que possam corresponder às exigências do mundo globalizado e também às expectativas do educando. Por outro lado, sabemos que os problemas de aprendizagem não podem ser resolvidos apenas com a instrumentalização dos educadores. Não podemos ser ingênuos achando que basta o professor estar bem preparado no campo científico e pedagógico para desempenhar satisfatoriamente o seu papel. A escola pública é construída com a participação da família, dos professores e do estado. Quando um desses atores deixa de cumprir o seu papel, compromete o trabalho dos demais. Assim sendo, estudar a importância do psicopedagogo dentro de uma instituição não pode se dar de forma isolada, fora do contexto mais amplo que é a sociedade. Precisamos compreender a sociedade com a qual vivemos, através de sua cultura, suas relações de classe, suas relações de produção para compreender as especificidades do trabalho psicopedagógico que, por sua vez, não se dá desconceitualizado. Devemos reconhecer as mudanças que tem ocorrido nas diversas fases de desenvolvimento da criança, a infância e a adolescência já requerem novos olhares por parte dos psicopedagogos, psicólogos, dos pediatras e, lógico dos educadores. Isso nos leva, inevitavelmente, a uma reavaliação do papel da escola e dos professores diante do ato de ensinar.

Além dessa conjuntura, que é de natureza mais ampla, deparamo-nos com a situação específica da aprendizagem no interior de nossas escolas. É importante que haja uma reflexão a respeito do processo da qualidade da educação e a contribuição de outros profissionais nesse processo. Sabemos que a situação de aprendizagem, no atual momento é preocupante. Como sabemos também que, depois da família, é o educador a figura mais próxima do aluno, é com ele que o aluno conta (ou deveria contar) nas suas angústias e dúvidas quando a família não tem condições de auxiliá-lo. Portanto, é bastante oportuno um trabalho que reflita sobre o papel e a importância de um psicopedagogo frente às dificuldades de aprendizagem, que esteja atento a uma nova prática onde ensinar e aprender sejam atos que caminhem para a mesma direção.

É importante ressaltar a psicopedagogia como complemento, que é a ciência nova que estuda o processo de aprendizagem e dificuldades, muito tem contribuído para explicar a causa das dificuldades de aprendizagem, pois tem como objetivo central de estudo o processo humano do conhecimento: seus padrões evolutivos normais e patologias bem como a influência (família, escola, sociedade) no seu desenvolvimento (Scoz, 1992; Kiquel, 1991).

Observamos nas salas de aula durante os nossos estágios um espaço calmo e harmonioso com vinte (e tantas) mesas e cadeiras. Nas paredes desenhos de casas, árvores e paisagens. Ao canto, bonecos, jogos e livros de histórias. Por cima das mesas um livro e um lápis para aprender. No ar sente-se um cheiro de se ser criança. Se acendermos ao nosso imaginário, em que pensamos? Vinte (e tantos) meninos e meninas sentadinhos enquanto ouvem a explicação do professor. A expressão facial mostra-nos bem: os olhos arregalados de curiosidade empenho e dedicação. Estamos perante um ambiente de aprendizagem que tem meninos bem comportados e confiantes e um professor invariavelmente eficaz.

E se... em vez de acendermos

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