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A Introdução a Psicanálise

Por:   •  25/2/2023  •  Ensaio  •  1.488 Palavras (6 Páginas)  •  49 Visualizações

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MÓDULO 1 – INTRODUÇÃO A PSICANÁLISE

Capítulo 1 – Evolução da Psicanálise – Livro Fundamentos Psicanalíticos, autor David E. Zimmerman

I - Introdução

A Psicanálise propõe uma mudança pessoal, para maior entendimento nas relações interpessoais ampliando o horizonte da profissão que esteja atuando ou que deseja atuar.

Sob o Tripé Freudiano, estão:

  1. A teoria em si
  2. Análise – que é a terapia feita pelo aluno com um profissional da linha Freudiana
  3. Terapia em Supervisão – que é o estágio supervisionado por um psicanalista

A Psicanálise promove a consciência de padrões de emoções e comportamentos inconscientes; já a psicologia é o estudo do comportamento (ciência), olhando para biologia e para fisiologia, um resultado entre o ambiente + biológico.

Na psicanálise tudo é linguagem. Ambiente + fisiologia + subjetividade (sentir da pessoa).

O Psicanalista segue a escola de análise da mente, fundada pelo médico austríaco Sigmund Freud, o Pai da Psicanálise.

A psicanálise se dá a partir de uma desconstrução.

Como vemos Freud representa a intersecção de dois períodos: 1º) um pé nas concepções positivistas de sua época, não só da medicina (ele era neurologista), mas também da física e da química. 2º) criando e propondo a existência de uma dinâmica inconsciente, com leis e fenômenos específicos, alguns explicáveis pelas suas novas teorias e outros a serem explicados e comprovados a partir de cogitações metapsicológicas.

Podemos dividir em 5 estágios:

  • TORIA DO TRAUMA:  Freud concebeu a libido, sendo a manifestação psicológica do instinto sexual, recebeu sua origem ao tentar explicar fenômenos com a histeria, que era resultante da energia sexual represada e impedida de expandir-se através da saída natural, indo para outros órgãos, ficando contida em certos pontos e manifestando-se através de vários sintomas.

O conflito psíquico era resultante das repressões impostas pelos traumas de sedução sexual que realmente teriam acontecido no passado e que retornavam sob a forma de sintomas. Freud dizia que os neuróticos sofrem de reminiscências, e que a cura consistiria em “lembrar o que estava esquecido”.

'Vivências traumáticas' estão na base da formação do sintoma, que reúne efeitos positivos e negativos do trauma e em que se observa a expressão preponderante, ora de uma, ora de outra tendência.

Pode-se concluir que a noção Freudiana estabelece que o trauma é um acontecimento de natureza psíquica, no qual o indivíduo está sujeito a uma excitação que não pode ser eliminada (seja por proibição seja por incapacidade devido ao momento de seu desenvolvimento psíquico), que essa excitação é sempre de natureza sexual. O primeiro trauma que todos vivenciamos é o nascimento. Saímos de um ambiente de proteção, de alimentação, de aconchego psíquico e adentramos num abismo profundo, na vida extrauterina, ao qual temos que usar de nossas forças para poder suprir nossas necessidades básicas de alimentação, proteção e carinho. Em decorrência disso na falta ou abastança das necessidades básicas de subsistência desenvolveremos nossos traumas, “positivos ou negativos”, que estarão conosco uma vida toda.

TEORIA TOPOGRÁFICA: Freud deu-se conta deque a Teoria do Trauma era insuficiente para explicar tudo. Os relatos das pacientes histéricas, não traduziam as verdades dos fatos, mas sim a contaminação pelos desejos ocultos e proibidos, das suas fantasias inconscientes.

Daí ele propôs a divisão da mente em 3 “lugares” (lugar em grego é “topo”, daí a Teoria Topográfica), denominando-os:

  • CS – Consciente: Tudo que está no seu controle. Recebe informações vindas das excitações interiores ou exteriores. Que ficam registradas de acordo com o prazer ou o desprazer que elas causam.
  • PCs – Pré Consciente: Funciona com uma peneira que seleciona aquilo que pode ou não passar para o Consciente. Sua característica é de que todo seu conteúdo pode ser recuperado, por meio de um voluntário ato de esforço.
  • ICs – Inconsciente: Parte mais arcaica do sistema psíquico. O inconsciente também consiste num depósito de “repressões secundárias” as quais chegam a emergir sob forma disfarçada no consciente. Sensações provenientes de todos os órgãos dos sentidos, como o da visão, audição, tato etc. e que ficaram impressas na mente da criança numa época em que ainda não havia palavras para nomeá-las.

Em 1900, Freud publicou “A interpretação de sonhos”, no qual ele comprova que o conteúdo do sonho “manifesto” pode ser visto como um modo disfarçado e “censurado” da satisfação de proibidos desejos inconscientes.

Freud então em suas reflexões, transforma as técnicas psicanalíticas:

  1. A psicanálise deixa de ser uma investigação pela busca da solução;
  2. A descoberta e a formulação do “princípio da multideterminação” dos sintomas;
  3. O paciente passou a tomar a inciativa dos assuntos abordados nas suas sessões;
  4. Mudança da postura do analista: da postura investigativa, para postura mais acolhedora e compreensiva do sofrimento do paciente;
  5. Abandono total da técnica de hipnose e da sugestão, pois elas encobriam “resistências”;
  6. As resistências resultam de repressões, sendo que o retorno reprimido, manifesta-se pelo “fenômeno de transferência”;
  7. Sobretudo no caso Dora, ensinou Freud a importância de o analista reconhecer e trabalhar com a “transferência negativa”.

TEORIA ESTRUTURAL: “O todo é maior que a simples soma das partes” À medida que se aprofundava na dinâmica psíquica, Freud tropeçava no campo restrito da teoria topográfica. Sua concepção era de que a mente se comportava como uma estrutura na qual distintas demandas, funções e proibições, vindas do consciente ou do inconsciente, interagindo entre si e externamente. Concebeu então a tripartite, composta por:

  • ID ou Isso: é a libido, a natureza energia que busca prazer. “EU QUERO”. Considerado o polo psicobiológico da personalidade, fundamentalmente constituído pelas pulsões. Do ponto de vista econômico ele é ao mesmo tempo um reservatório e uma fonte de energia psíquica. Do ponto de vista funcional ele é regido pelo princípio do prazer, logo, pelo processo primário.
  • EGO (EU): Eu decido! A psicanálise trata o ego. Como você mede o Ego, sua autoestima. Núcleo da personalidade de uma pessoa. O ego pode ser considerado como aparelho psíquico com funções predominantemente conscientes visando adaptar-se com a realidade externa, memoria, percepção, pensamento, atenção, juízo crítico, ação motora, entre outras. Também possui funções principalmente inconscientes, como mecanismos de defesa e produção de angústia.
  • SUPEREGO: Eu devo! Super Eu! Forma-se pela relação com o mundo. Traz a moral a religião, o certo e o errado. E caracterizado por ter sua origem quase totalmente inconsciente. Seu maior efeito é ser um gerador de “culpas”. Com as consequentes angústias e medos, e a sua pressão excessiva no psiquismo é a maior responsável pelos quadros melancólicos e obsessivos graves.

CONCEITUAÇÕES SOBRE O NARCISISMO:  Na psicanálise é definido pelo indivíduo que admira exageradamente a sua própria imagem e desse modo nutre uma paixão excessiva por si mesmo. A pessoa narcisista caracteriza-se por tirar proveito das relações interpessoais, ou seja, aproveita-se dos outros para seus próprios propósitos, independentemente do que a outra pessoa possa sentir.

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