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A LOUCURA ENTRE NÓS

Por:   •  26/5/2020  •  Resenha  •  527 Palavras (3 Páginas)  •  976 Visualizações

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Aluna – Jakeline Assunção dos Reis

Resumo Filme - A Loucura entre nós.

A Loucura Entre Nós é um filme de Fernanda Vareille, onde a cineasta acompanha o dia a dia de usuários do hospital psiquiátrico Juliano Moreira e da ONG Criamundo (BA) para discutir o que é ser normal. Ela se propôs a uma espécie de imersão no manicômio baiano, convivendo intimamente com as pessoas internadas. Fazendo as mesmas atividades que os usuários faziam, como artesanato, e outras atividades. O documentário aborda as contradições da razão para nos fazer refletir sobre nossos próprios conflitos, desejos e erros. Durante a imersão, surgiu a ideia de focar mais nos pacientes do que nos profissionais de saúde e especialistas. “Importava muito mais saber quem eles eram e como viviam em vez do motivo de estarem ali. A doença é o de menos. A essência humana era o mais importante”, destaca. A loucura é uma condição da mente humana caracterizada por pensamentos considerados anormais pela sociedade. Porém, é muito difícil responder a essas questões, pois acredito que todo mundo tem algum aspecto que não se adéqua a sociedade é necessário que se faça uma reflexão sobre isso antes de excluir os outros. O que é loucura para um pode não ser para outro. Como diz uma das usuárias do hospital psiquiátrico no filme,

 “A única coisa que eu queria na vida é trabalhar e ter dignidade”.

A sociedade olha para a pessoa em estado de sofrimento mental e os preconceitos que, assim como as grades, os separam que são considerados diferentes. Em uma das cenas mais intensas do filme, Elisângela, em surto, se desespera ao dizer que tudo o que ela quer é trabalhar e ter dignidade. “O filme é sobre a linha tênue que existe entre a loucura e a normalidade e o Criamundo foi um excelente ponto de partida para compreender essa realidade. Porque são pessoas que tiveram histórico de internação no hospital psiquiátrico, mas hoje em dia estão na tentativa de se integrar ao mercado de trabalho. Alguns deles conseguiram se integrar no mercado de trabalho formal. Ali eles criam uma sociedade, eles podem assumir a identidade negada no mundo externo. O que eles mais querem é a inclusão, a paciente diz que busca uma saída, a vida social. A mulher que mora na periferia volta para casa. A artista plástica que vive em um apartamento de classe média, também volta para casa. Independente da classe social, elas saem do Criamundo em busca de um recomeço. A personagem canta uma música, evocando ressurreição tem o cuidado de cantar para a câmera, ela quer viver do lado de fora de um jeito novo, um jeito “normal”. O filme termina com a multidão que se movimenta pelo espaço urbano. Questiona o nosso pertencimento em uma sociedade que exclui, que determina normalidades, que separa o que deve estar do lado de dentro e do lado de fora. Nosso olhar pelo buraco da fechadura nos coloca como parte dessa sociedade, que não quer penetrar no espaço habitado pelos pacientes do Criamundo. A loucura pode estar entre nós.

Afinal, qual é o lado de dentro e o lado de fora dessa fechadura do mundo? ’        

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