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A Linguagem Neutra

Por:   •  17/6/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.311 Palavras (6 Páginas)  •  190 Visualizações

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A melhor forma de introduzir uma linguagem mais neutra é, antes de tudo, repensar o que estamos ensinando e que visões de mundo são perpetuadas. Se essa reflexão for feita para definir o conteúdo que ensinamos, a forma como nos expressamos tende a ser uma decorrência diretamente ligada a isso Eu não ligo muito. Se a pessoa quiser escrever dessa maneira, a escolha é dela. Acho isso um pouco chato, mas respeito o ponto deles, desde que não sejam ignorantes e agressivos, ou ajam com falta de respeito. Dito isto, acho que não devemos usar isso em textos formais (documentos, livros, artigos) pela mesma razão pela qual não colocamos emojis ou gírias em textos formais. Pelo menos ainda não. Talvez em algum momento no futuro, se o lobby deles for forte, a linguagem pode evoluir para substantivos sem gênero como todes/todis da mesma maneira que as gírias às vezes se tornam aceitas pela literatura. Porém existem outras propostas de uma terceira forma que vá além do A para o gênero feminino e do O para o gênero masculino é conhecida como Linguagem Neutra e compreende, basicamente, a utilização de uma terceira letra para se referir a todos, sem particularizar gênero, inclusive para aqueles que não se identificam com a binariedade – ou seja, não se sentem confortáveis em se associar nem ao feminino, nem ao masculino. Quando a língua portuguesa derivou do latim, que previa três definições de gênero: masculino, feminino e neutro, houve uma fusão entre masculino e neutro por causa de algumas semelhanças de estruturas morfossintáticas. No exemplo "eles vão ao parque juntos", o "eles" pode ser tanto para dois indivíduos do gênero masculino quanto para um indivíduo do gênero masculino e um do feminino. Fato é que, apesar de constantes discussões e polêmicas, é crescente a camada da sociedade que reconhece a existência de indivíduos que não se identificam com o gênero masculino ou feminino. Um dos principais pontos envolvidos na discussão é o uso linguístico do masculino genérico para expressar um gênero não marcado, ou seja, neutro, que inclui tanto homens quanto mulheres. Isto é, ao utilizar o gênero masculino em "alunos", já está implícita a possibilidade de terem somente estudantes do sexo masculino, quanto a de terem meninos e meninas. Alguns não-binários, inclusive, comparam a não-binariedade à escala de cores: na mesma lógica de que de uma cor para outra há uma infinidade de tons, do gênero masculino ao feminino, também. De acordo com pesquisas, falta de aceitação do novo acordo Ortográfico, proposto em 2009, e que muda apenas 2% de palavras na língua, já prova quão difícil é fazer mudanças ortográficas na língua, algumas pessoas podem se sentir confortáveis sendo tratadas tanto no masculino como no feminino, mas, para outras, esses termos podem ser opressores, pois as empurram para um contexto em que elas não se sentem representadas. Uma terceira opção além do masculino e feminino, mas que caiu em desuso durante as adaptações da língua. Alguns especialistas defendem, porém, que o uso do masculino genérico, também conhecido como "falso neutro", é uma forma de reforçar as estruturas patriarcais estabelecidas na sociedade, que coloca sempre o homem acima da mulher. Entre os professores, gramáticos e estudantes da língua que debatem o assunto, há aqueles que defendem que, sim, a variedade masculina dos pronomes (Ele, Eles) e dos artigos (o, os) já compreende a neutralidade, ao passo que são utilizados quando se tem, em um mesmo grupo, homens e mulheres. Os falantes de português, por exemplo, ao ouvirem ou lerem uma frase no gênero masculino sabem que todos os indivíduos estão contemplados. A gramática conservadora, conhecida como a norma culta da língua, entende que não é necessário distinguir os gêneros de determinado grupo quando há a presença de homens e mulheres. Para os pronomes pessoais de terceira pessoa, no qual o masculino é ele e o feminino é ela, a opção neutra mais reconhecida é o elu. A proposta de criação de pronomes que sejam "neutros" tem movimentado discussões na república das Letras por confrontar uma polêmica questão: a Língua Portuguesa já não é neutra? O pronome possessivo que no masculino seria meu e no feminino seria minha, no neutro seria minhe: Atualmente, a luta por igualdade de direitos civis de mulheres, pessoas da comunidade LGBTQIA+, do movimento negro, entre outros grupos, e o reconhecimento de fatos históricos como o Holocausto e a escravidão, contribuem para ressaltar a função social da linguagem. Uma das discussões mais recentes – e polêmicas – sobre a Língua Portuguesa é a utilização das vogais temáticas. Diz que um indivíduo transexual quer ser tratado pelo gênero com o qual se identifica e a ideia de um terceiro pronome e artigo seria, na verdade, um ato de exclusão

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