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A MEDICALIZAÇÃO NA INFÂNCIA

Por:   •  4/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.628 Palavras (7 Páginas)  •  333 Visualizações

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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS – FMU

MEDICALIZAÇÃO NA INFÂNCIA

Alonso Gustavo RA: 4571516

Alexandre Wagner RA: 4565664

Beatriz Felix RA: 5505067

Felix Ding RA: 6094469

Mariane Gomes RA: 6315894

Marcia Vieira RA: 6278107

Vanuzia dos Santos RA: 6536373

São Paulo

2016

O presente trabalho tem por objetivo buscar dados acerca da medicalização infantil nos ambientes de saúde mental, buscando compreender a medicalização infantil e seus pontos positivos e negativos.

As dificuldades escolares começam quando a criança apresenta dificuldade na aprendizagem e consequentemente ela não se adapta ao sistema de normas da escola. Dessa forma, a criança é culpabilizada pelos resultados abaixo do aceitável e atribui-se a ela patologias relacionadas à sua agitação, a sua indisposição ao ambiente escolar resulta em discursos que envolvem a medicalização no contexto escolar, sem repensar os modelos didáticos. Os pais e profissionais não buscam investigar as causas desencadeantes para buscar uma intervenção ou melhoria, mas, recorrem ao que é mais rápido, como o uso de remédios. Normalmente, a criança que não presta a atenção na aula, que não aprende ou que apresenta comportamentos de inquietude, é classificada com diagnósticos de transtornos relacionados à aprendizagem, tais como, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e consequentemente acabam tornando-se vitimas da medicalização.

A medicalização infantil está vinculada ao que foge do controle social. Algumas condutas, como a desatenção, por exemplo, foi agrupada ao campo da medicina em uma tentativa de solução de problemas. No entanto, profissionais da área educacional e da área de saúde, tem a finalidade de tornar patológicas as dificuldades dessas crianças e de prescrever essa medicação, ignorando completamente as sequelas e seus efeitos colaterais, mas buscando resolver por meio da medicação.

A falta de justificativa sobre o efeito desses medicamentos em longo prazo desperta uma dúvida se esta opção é a melhor a ser tomada em relação aos desvios do comportamento infantil. Os estudos realizados na área parecem ter pouca relevância, uma vez que mesmo com conhecimentos obtidos através de estudos científicos, o uso exagerado dos medicamentos é preocupante. A medicalização infantil tem sido discutida e estudada entre profissionais e familiares. A grande maioria dos pais e até mesmo profissionais não tem conhecimento a respeito das consequências dessas drogas que estão sendo ministradas tão precocemente na infância.

Atualmente é bem mais prático medicalizar do que tratar e entender a criança, tratar no sentindo de olhar para o contexto social que a mesma esta inserida. A medicalização infantil acarreta um grande conflito na vida da criança e de todo seu contexto familiar também, um destes conflitos é a mudança do olhar social, psicológico e educativo sobre a criança, para o campo médico-psiquiátrico.

É importante ressaltar que não se deve exonerar-se o uso de remédios em crianças, por exemplo, o TDAH, neste caso a mediação ajuda nas tarefas, porém, a busca por um diagnóstico fidedigno é indispensável para que possa ser feito um tratamento adequado, visto que essa medicalização produz inúmeras reações colaterais e faz com que o indivíduo fique quimicamente restringido. Contudo, temos que acreditar em outras formas de intervenções, ajudando a criança de forma construtiva, diminuindo o uso de medicamentos.

Em relação aos aspectos positivos, não se deve desconsiderar o uso de medicamentos em crianças com TDAH, pois auxilia na concentração das tarefas, porém, é importante tratar e entender o sofrimento da criança, tratar no sentindo de considerar o contexto social que ela esta inserida, para que se possa ter um acompanhamento correto.

Referente aos aspectos negativos, o uso de remédios em crianças é bastante recorrente nos dias de hoje, não necessariamente as questões de desvio de comportamento, mas também para alivio de dores como, por exemplo, dor de cabeça, intestino, febre, etc. Isso já faz com que a criança se familiarize com remédios, pelo fato que agora é muito mais prático medicalizar do que tratar a criança. Visto que essa medicalização produz inúmeras reações colaterais, tais como, cardiovasculares, hormonais e endócrinos.

Os autores e estudiosos acerca da padronização do DSM (manual diagnostico de doenças) apontam generalização e abusos no diagnóstico e tentam conscientizar, para um diagnostico mais apurado e seletivo junto ao funcionamento psíquico de cada individuo em suas bases orgânica e neurais, e ainda despertar para o lucrativo negocio da aérea farmacêutica .

Em primeiro lugar alinhar a subjetividade dos sintomas apresentados pela criança e não generalizar houve um crescimento enorme quanto a medicalização estende-se a criança induzindo assim a banalização do sofrimento psíquico do individuo com a culpabalização dos mesmos, articulado com discurso do fracasso escolar.

Nos últimos anos vem crescendo a substituição do papel do psicólogo, pedagogo, assistente social pela psiquiatrização nas crianças em especial,existe no contexto um abandono na investigação ao verdadeiro bem estar daquela criança, dando lugar a esteriotipização  generalizada.

No ano de 1952 havia uma investigação severa quanto ao uso de medicamentos, e seus benefícios quanto a saúde mental, levando em consideração que remédios são drogas licitas e que alguns agem diretamente em aéreas do cérebro importantes, e refletem em seu funcionamento como um todo, ou seja no bem estar direto do individuo, hoje podemos ver indiscriminado generalizações e mudanças no DSM,podemos correr o risco de homogenealizar sofrimentos severos na psiquiatrização  quanto ao sofrimento diário que não entram no  estado de loucura ou algum déficit por exemplo, tornando o diagnostico mais objetivo em vez de subjetivo. Ainda houve com a classificação do DSM muitas classificações indiscriminadas e disputa cientifica, com bases teóricas, a entradas de corporações privadas no campo da psiquiatria como, por exemplo, interesses farmacêuticos e as seguradoras de saúde,o aumento de interesses próprios externos submergiu,deixou em segundo plano a vida, o humano, diagnosticando transtornos graves a partir de quadros psicologicamente clássicos sendo agora apresentados como um grupo de sintomas apresentados na lista  do DSM globalizando a psiquiatrização.

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