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A Medievalização na Infância

Por:   •  7/4/2019  •  Resenha  •  406 Palavras (2 Páginas)  •  140 Visualizações

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O conceito de medicalização esta associado ao ato de dar a um problema o status de biológico, inerente ao ser humano, quando na verdade, ele tem caráter politico e social.

A medicalização da vida invade todos os espaços ocupados pelos seres humanos. E também avança sobre o cenário educacional. A escola torna-se parte desse complexo movimento social e, assim, replica-o naturalmente, gerando uma visibilidade intensa para tudo aquilo que o caracteriza. Esse é um fenômeno de muitas faces. Reconheço-o não apenas no simples ato de prescrever medicamentos, mas, principalmente, como engrenagem e máquina capaz de transformar a vida em objeto. Dessa maneira, questões cotidianas são convertidas em doença. (FREITAS Cláudia Rodrigues, 2014).

Atualmente tem se ignorado a situação educacional no país. Desde a instituição escolar em si, ao nível de preparo dos educadores e o volume de alunos em sala de aula. Esse contexto é desconsiderado com o intuito de apaziguar conflitos. Assim temos uma epidemia de diagnósticos de transtornos de aprendizagem, são eles em sua maioria a dislexia e o TDAH. A partir da promessa de cura desses transtornos, lucram as grandes empresas fabricantes de medicamentos, e profissionais que ampliam seu mercado de trabalho. Todos visando o interesse econômico e deixando de lado o contexto que de fato essa criança vive. Além de não levarem em conta os riscos de dependência química, atrasos no desenvolvimento, dentre outros efeitos de extrema gravidade. Esse processo este cada vez mais disseminado e aceito pela população. E quem sofre com isso são nossas crianças. Que enfrentam intervenções medicamentosas cada vez mais jovens e padecem com rótulos e preconceitos. É pertinente ressaltar que esse método não é novo, ele apenas mudou sua roupagem. Anos atrás a culpabilidade da falha no processo de aprendizagem em nosso país, era atribuída principalmente à desnutrição. Contudo essa questão é de ordem exclusivamente politica e social. O que diferencia do nosso tempo atual é que essa demanda era justificativa apenas para a população pobre. Hoje a multiplicação dos diagnósticos de transtorno é lucrativa, com pais apreensivos com o desenvolvimento dos filhos e que detém de condições para custear o dito tratamento, logo são alvos perfeitos para o mercado. O maior obstáculo frente à medicalização hoje é a capacidade de distinguir aquilo que a criança traz consigo para o processo de aprendizagem, e que possa vir a ser um obstáculo para o mesmo, das quais as carências do nosso sistema educacional que impedem o seu desenvolvimento.

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