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A Morte e Religião

Por:   •  2/5/2018  •  Projeto de pesquisa  •  12.296 Palavras (50 Páginas)  •  249 Visualizações

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UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia

Religião e Morte: Um estudo sobre o processo de luto amparado pela religião

        

Santana de Parnaíba

        Novembro 2017

UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia




                         Andressa Fernandes de Lima                R.A.: B86FBJ-7

                          Beatriz de Almeida Gomes dos Santos  R.A.: T45627-4

                          Caroline Gomes Sampaio                       R.A.: A8185J-3

                          Fernanda Ferreira Lorenzo                     R.A.: B78ECC-7

                          Juliana da Silva Gomes                          R.A.: B757CH-3

                   




Religião e Morte: Um estudo sobre o processo de luto amparado pela religião


 Projeto de Pesquisa apresentado para disciplina Temas de Pesquisa em Psicologia, sob a orientação do Professor Edison Pinheiro Dias

Santana de Parnaíba

Novembro 2017

        

Sumário        

Sumário        3

INTRODUÇÃO        4

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA        4

OBJETIVOS        23

JUSTIFICATIVA        24

HIPÓTESE        25

MÉTODOS        26

RESULTADOS        35

DISCUSSÃO        37

CONCLUSÃO        42

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        48

        

        

INTRODUÇÃO

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Morte e morrer são palavras que as pessoas costumam evitar dizer e têm dificuldade de conviver e de trabalhar com essa ideia, pois a morte é um assunto interdito na sociedade. Ao parar para pensar na morte do outro, consequentemente, estará pensando na própria finitude. A reflexão acerca da morte remete o ser humano a angustias e expectativas.

Desta forma atrapalha a sua elaboração e os impedem que lidem com tranquilidade com as perdas dos entes queridos, que são naturais e ocorrem, inevitavelmente, ao longo da vida.

Um exemplo clássico é que antigamente não era costume falar sobre sexo para crianças, o assunto era desviado. Hoje em dia, as crianças sabem a origem da vida e existem várias formas de ser demonstrado isso. Vemos que a morte ainda não é especulada. Nós desejamos estar sempre saudáveis, jovens, como uma forma de adiar a velhice e a morte, parecendo assim que nossa hora não irá chegar. O fato é que, a cada dia que passa, nos aproximamos mais da morte. No entanto, faz parte do desenvolvimento humano e é um ritual de passagem do qual não podemos nos livrar.

De acordo com Julia Kovács (2002) o medo de morrer é universal e atinge todos os seres humanos, independentemente da idade, sexo, nível social e religião. Para alguns a morte amedronta, pois é vista como perder a consciência, desmaiar ou perder o controle.  Junto ao medo da morte, vem o medo da solidão, da separação de quem se ama; o medo do desconhecido, do julgamento pelas coisas que fizemos; o medo do que pode ocorrer com as pessoas que deixamos; medo da interrupção dos planos e objetivos mais importantes da pessoa. São tantos os medos, que algum sem dúvida faz parte da nossa vida.

A somatização desses sentimentos oscilam de acordo com a faixa etária, grau de ruptura, contexto cultural, religião e fé, entre outros fatores.

Para Feifel (1959) os fatores que mais podem conter o medo da morte são: a maturidade psicológica do indivíduo diante a sua capacidade de enfrentamento, a orientação, o envolvimento religioso e sua própria idade.

A criança e o Adolescente diante da Morte

De acordo com Julia Kovács (2002) a questão da origem da vida e da morte está presente na criança; ela tem uma enorme capacidade de observação e, quando o adulto tenta evitar a falar sobre o assunto da morte, pode deixá-la confusa. O adulto, ao não falar, pensa que está protegendo a criança, como se essa proteção aliviasse a dor da realidade, porém a criança nesse momento, sente-se desamparada sem ter com quem conversar.

A morte da mãe, do pai ou de um irmão causa uma imensa dor; falar dessa morte não quer dizer que vai aumentar a dor dessa criança, pelo contrário, pode aliviá-la e facilitar a elaboração do luto. Não falar a verdade, perturba o processo de luto da criança e a sua relação com o adulto.

A primeira reação diante da perda da pessoa amada é a negação, e se o adulto contribui com essa atitude, fica difícil passar para as outras fases do luto. Muitos adultos não querem conversar com a criança sobre a morte, pois dizem que não sabem a respeito dela. Várias pesquisas foram feitas para apontar o desenvolvimento do conceito da morte na criança.

Koocher (1974 apud KOVÁCS, 2002, p. 52) estudou 75 crianças fazendo quatro perguntas em relação à morte: O que faz as coisas morrerem? Como fazer as coisas mortas voltarem à vida? Quando você morrerá? O que acontecerá depois? Foi desenvolvida uma relação de hipóteses entre o desenvolvimento cognitivo e as atitudes da morte.

 Nível 1: Período pré-operatório – As crianças não fazem distinção entre seres inanimados e animados, não negam a morte, mais é difícil separá-la da vida.

Nível 2: Período das operações concretas – As crianças distinguem seres animados e inanimados, mas não dão respostas lógicas da morte.

Nível 3: Período das operações formais – As crianças reconhecem a morte como processo interno, implicando em parada de atividades do corpo.

Foi observado que não houve relação significante entre o desenvolvimento cognitivo e o conceito da morte. As crianças que não conseguem definir o conceito da morte têm o comportamento suicida, diferente daquelas que tem controle e são da mesma faixa de idade e nível cognitivo, essas não apresentam distorções no conceito da vida.

Na adolescência, tem a possibilidade cognitiva de perceber as características da morte, facilitando assim sua compreensão. A adolescência é considerada um período de grandes transformações, começando nas mudanças corporais que iniciam na puberdade.

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