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A PSICOLOGIA BREVE

Por:   •  25/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  9.710 Palavras (39 Páginas)  •  388 Visualizações

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1) O que foi o Estruturalismo?

R: O estruturalismo é uma abordagem do sistema de psicologia que surgiu com o inglês Edward Bradford Titchener (1867–1927) e tem como fundamento o estudo dos elementos ou conteúdos mentais e sua conexão mecânica, mediante o processo de associação, mas, descartava a idéia de que a percepção (processo mental através do qual cada indivíduo percebe e interpreta o mundo) de Wundt tenha alguma participação nesse processo.

Muito embora Eduard Bradford Titchener professasse ser fiel seguidor de Wundt, alterou drasticamente o sistema criado quando o levou da Alemanha para os Estados Unidos.

Sua principal  base de estudos concentrava-se nos elementos propriamente ditos, e acreditava que a Psicologia deveria procurar descobrir a natureza das experiências conscientes elementares, para determinar sua estrutura, através da análise das partes que a formam. As experiências eram discutidas em reuniões essencialmente masculinas que deu inicio em 1904 com um grupo de psicólogos autodenominados de “os experimentalistas de Titchener”.

Esta experiência consciente, segundo Titchener é dependente do indivíduo que a vivencia, diferindo da estudada por cientistas de outras áreas. Depreendemos quando o estudo da luz ou do som, são desempenhados por exemplo por psicólogos ou físicos, enquanto o físico analisará os aspectos e processos físicos envolvidos o psicólogo poderá obter sua analise através da experiência e observação desses fenômenos.

Outras ciências não dependem da experiência pessoal do sujeito que observa algum fenômeno, nem de sua descrição dos sentimentos envolvidos. Elas apenas observam e relatam os resultados.

Um exemplo da física citado por Titchener é o fato de uma sala poder estar a uma temperatura de 30ºC, independente de ter ou não alguém nesta sala para senti-la. Nesse caso, mesmo que não haja ninguém na sala, a temperatura será a mesma. Já no enfoque da psicologia, se houver um sujeito como observador dessa sala, ele poderá relatar que sente um calor desconfortável ou não, dependendo de suas experiências com a sensação de calor.

Assim, a psicologia, ainda segundo Titchener, deve ter como objeto de estudo a experiência consciente do indivíduo, diante das diversas situações as quais é exposto.

Trecho extraído de A Textbook of Psychology (1909), Titchener cita que “Todo conhecimento humano é derivado das experiências humanas, não há outra fonte de conhecimento”. Com base nessa afirmação, podemos concluir que toda experiência humana pode ser analisada por pontos de vistas distintos, não estando nenhum deles necessariamente incorreto, pois cada indivíduo tem suas próprias vivências e, portanto, seu próprio repertório de conhecimentos.

Quando estudou a experiência consciente, Titchener alertou a respeito da possibilidade de um erro, o qual ele chamou de erro de estímulo (confusão entre o processo mental que esta sendo estudado e o estímulo ou o objeto de observação)[1]. Tido como exemplo, se mostrarmos uma maçã a alguém, e pedirmos para que essa pessoa descreva o que vê, muito provavelmente dirá que se trata de uma maçã, não descrevendo suas características como cor, forma e brilho.

Essa falta de descrição dos elementos componentes da maçã é  o que Titchener chamava de erro de estímulo, pois as características foram deixadas de lado, em favor da descrição mais simples e conhecida. Nesse caso, o observador está interpretando o objeto e não analisando-o.

Ele empregava a introspecção, ou a auto-observação, com base em observadores rigorosamente treinados para descrever os elementos no seu estado consciente ao invés de relatar o estimulo observado ou percebido, a arte de descrever útil para o cotidiano teve de ser desaprendida no seu laboratório de psicologia.

Titchener definia a consciência como a soma das experiências existentes em certo momento e a mente como a soma das experiências acumuladas ao longo do tempo. Para ele, o único objetivo legítimo da Psicologia deveria ser descobrir os fatos estruturais da mente e estudá-los.

2) O que foi o funcionalismo?

R: O pioneiro da Psicologia Funcional desenvolvida nos Estados Unidos foi o americano William James  (1842-1910) que, segundo pesquisa realizada 80 anos após sua morte, perdia prestígio apenas para Wilhelm Wundt.

O brilhantismo deste Filosofo não era diminuído pelas suas neuroses que não eram poucas. Andava pelas ruas de Londres com protetores auriculares para proteger seus pensamentos de interferências externas, frequentemente caminhava sem rumo sem conseguir se concentrar, escrever ou mesmo ler.

Mas sua importância perdia um pouco de brilho, devido ao seu interesse por assuntos místicos como telepatia, clarividência, espiritismo e comunicação com os mortos. Tinha verdadeira aversão pelo método de experimentação em psicologia e pouco trabalho realizou nessa área.

Willian James não fundou nenhum sistema formal de psicologia nova, não tinha discípulo, nem houve uma escola de pensamento jamesiana, sua atitude de pesquisador não tinha nada de experimentalista, como queriam fazer parecer associando sua forma de psicologia à forma da psicologia experimental. Ele não fundou a psicologia funcional, mas apresentou de forma clara e eficaz as suas idéias dentro da atmosfera funcionalista impregnada na psicologia americana, influenciando o movimento funcionalista e inspirando as gerações posteriores de psicólogos.

Em 1869, sofrendo de depressão e com sintomas nervosos diversos, James começou a desenvolver uma filosofia de vida incentivado não tanto pela curiosidade intelectual, mas pelo desespero. Leu o ensaio do filósofo francês Charles Renouvier sobre o livre arbítrio e convenceu-se de sua existência, decidindo que seu primeiro ato de vontade própria seria a crença no ato livre arbítrio.

Em 1872 lecionava fisiologia em Harvard. Mais ou menos nessa mesma época, James interessou-se pelos efeitos de alguns elementos químicos na alteração da mente. Leu sobre experiências nas quais os sujeitos envolvidos eram influenciados pelo óxido nitroso (a “gás hilariante”) e do nitrato de amila, que afetam a oxigenação do cérebro, causando movimentos bruscos. Decidiu experimentar essas substâncias. Essas experiências o fascinaram devido à forma como as alterações físicas influenciavam a consciência.

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