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A SCHULTZ E SCHULTZ HISTORIA DA PSICOLOGIA

Por:   •  16/2/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.944 Palavras (8 Páginas)  •  799 Visualizações

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RESUMO – PCP – SCHULTZ & SCHULTZ

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

CAPÍTULO 2 – INFLUÊNCIAS FILOSÓFICAS NA PSICOLOGIA

  • A psicologia sempre foi objeto de estudo, desde a filosofia antiga. Entretanto, somente da união da fisiologia com a filosofia é que surgiu a psicologia de forma sistematizada.  Essa psicologia, chamada de psicologia moderna, é caracterizada por seus métodos e técnicas, advindos das ciências físicas, e por sua busca por precisão e objetividade;
  • O espírito do mecanicismo dominava o espírito da época; mecanicismo: doutrina na qual os processos naturais são explicados mecanicamente e passíveis de explicação pelas leis da física e da química. Essa valorização vem de um contexto histórico de Revoluções Tecnológicas e Industriais, substituição da força do homem pela força mecânica e elevado uso da razão;
  • Relógio: a mãe das máquinas; dado o seu caráter regular, previsível e exato, o relógio veio a ser uma metáfora para o universo físico; o universo, dessa forma, funcionaria como uma máquina, regulada e equilibrada como um relógio, e, se fosse possível entender suas regras de funcionamento, seria possível, prever o seu comportamento;
  • A teoria do universo como relógio legitima o determinismo e o reducionismo. O determinismo caracteriza-se por uma predeterminação dos atos, visto que, tal qual um relógio, o universo pode ser compreendido a partir da sequência de funcionamento das peças. Em outras palavras, há uma predeterminação dos atos com base em eventos do passado ou padrões anteriormente definidos. Já o reducionismo é definido como a possibilidade de reduzir toda ideia complexa a ideias mais simples, tal qual um relógio, dentro de toda a sua complexidade, pode ser reduzido à peças e engrenagens menores e mais simples;
  • Filósofos como Descartes conceberam que o ser humano seria como um autômato (máquina que imita seres vivos), ou seja, o ser humano também poderia ser explicado pelo mecanicismo;
  • As bases filosóficas da nova psicologia: Positivismo (doutrina que reconhece como válidos somente fenômenos objetivos e observáveis), Empirismo (o conhecimento é precedido da experiência empírica; dos sentidos) e Materialismo (a única coisa que se pode afirmar sobre a existência é a matéria, e que tudo surge das interações materiais);

                  René Descartes:[pic 1]

  • Tentativa de resolução da dualidade Corpo-Mente;
  • Ao contrário do que dizia o pensamento vigente na época, Descartes afirmava que a relação entre o corpo e a mente era mútuo, e não unilateral; ou seja, a mente influencia no corpo na mesma medida em que o corpo na mente;
  • Para Descartes, essa interação ocorria no cérebro;
  • De acordo com a quantidade de movimento físico (fluxo do espírito animal) ocorria a percepção de sensações;
  • Ideias Inatas X Ideias Derivadas: as inatas surgem espontaneamente de um processo intelectual; já as derivadas são ideias geradas após um estímulo externo.

[pic 2]

       John Locke

  • Preocupava-se com a forma que a mente adquiria conhecimento;
  • A mente é uma tábula rasa, ou seja, o ser humano nasce sem ideias pré existentes, e ele adquire todas as informações que possui por meio das experiências que vive;
  • Sensações são frutos da experiência sensorial imediata e reflexões formam ideias a partir dessas experiências primárias;
  • Ideias Simples X Ideias Complexas: as ideias simples advém do contato direto com uma experiência sensorial; já as complexas são desdobramentos de uma repetição de experiencias sensoriais associadas com posterior reflexão;
  • Teoria da Associação: noção de que o conhecimento vem da associação de ideias simples gerando ideias complexas

[pic 3]

George Berkeley

  • Mentalismo: todo conhecimento é fruto de uma experiência individual relativa

[pic 4]

    James Mill

  • A mente funciona como uma máquina controlada por agentes internos, porém ativada por agentes externos;
  • Uma entidade totalmente passiva, sem espaço para livre arbítrio ou funções criativas[pic 5]

John Stuart Mill

  • Síntese Criativa: diz que as ideias complexas não são somente a associação de ideias simples, mas que quando vão se associar, há uma extrapolação que gera a aquisição de novas qualidades para a ideia complexa;
  •  “A combinação de elementos mentais cria algo maior ou diferente dos elementos originais”

CAPÍTULO 3 – INFLUÊNCIAS FISIOLÓGICAS NA PSICOLOGIA

  • O incidente de Kinnerbrook: após as observações astronômicas de Kinnerbrook apresentarem certa diferença temporal com relação às de seu chefe, Kinnerbrook é demitido; 20 anos depois, Wilhelm Bessel analisa o incidente de Kinnerbrook e conclui que essa diferença não era um erro, e sim uma diferença de percepção incontrolável entre dois observadores, o que passou a ser chamado de “equação pessoal”;
  • Com a equação pessoal constata-se que é importante perceber as diferenças de percepções que perpassam o método de observação, visto que ele é feito por humanos;
  • Com a conclusão da equação pessoal, a fisiologia passa a se preocupar com o estudo dos órgãos que realizam as percepções sobre o universo
  • Estudos sobre o sistema nervoso: estudo dos neurônios, mapeamento interno e externo do cérebro e conclusão de que impulsos nervosos tinham natureza elétrica
  • Métodos: a fisiologia torna-se experimental e seus métodos mais relevantes para a futura psicologia moderna são o da Extirpação (remoção ou destruição de certas partes do cérebro animal para averiguar quais mudanças ocorriam), o Método Clínico (exame pós morte para encontrar áreas lesionadas no cérebro que pudessem ter condicionado o comportamento do indivíduo antes de morrer) e a Técnica do Estímulo Elétrico (técnica em que se aplicam pequenas descargas elétricas no córtex cerebral para avaliar as respostas motoras);
  • Com a preocupação filosófica sobre as questões da mente e corpo, processos de conhecimento e afins, e a fisiologia se preocupando com o estudo do sistema nervoso, surgiam as bases para a psicologia moderna e experimental;
  • Alemanha como centro de produção de conhecimentos que se relacionavam à mente: havia um estabelecimento sólido da ciência experimental na Alemanha, principalmente da fisiologia, e estava acontecendo um processo de reforma nas universidades alemãs, a qual visava valorizar mais a liberdade acadêmica

[pic 6]

Theodore Fechner:

  • Uso de método quantitativo para relacionar quantidade de estímulo à intensidade da sensação;
  • Psicofísica

CAPÍTULO 4 – A NOVA PSICOLOGIA

  • O pai da psicologia: Wilhelm Wundt
  • Wundt é considerado o fundador da psicologia experimental por ter tido deliberadamente a intenção de cria-la, criando o primeiro laboratório, lançando a primeira revista especializada e constituindo sistematicamente a nova ciência;
  • Wundt considerava a mente ativa na organização de seu próprio conteúdo;
  • Wundt acreditava que somente era possível usar método para identificar processos psicológicos inferiores, ou seja, simples e imediatos, mas não processos psicológicos superiores, tais quais raciocínio, moral, linguagem, etc., pois estes só poderiam ser estudados por métodos não experimentais, tais quais a comparação;
  • Voluntarismo: capacidade da mente de espontaneamente sintetizar conteúdos, ou seja, ativamente criar e organizar conteúdos;
  • Apercepção: processo pelo qual os processos mentais são organizados, sendo a síntese mental muito maior do que somente a soma de duas partes;
  • O objeto de estudo de Wundt eram as experiências imediatas do consciente: a sensação (o que vem da estimulação de um órgão sensorial) e o sentimento (qualidades das sensações)
  • O Método da Introspecção: A percepção interna é a análise que a mente faz dela própria para observar e relatar seus conteúdos, e deve ser realizada em condições controladas de laboratório para que possa produzir, repetir ou alterar fenômenos mentais. Essa forma de percepção interna só poderia gerar dados científicos válidos se os seus resultados pudessem ser replicados;
  • A psicologia de Wundt não manteve-se hegemônica por muito tempo, adquirindo diversos críticos; entretanto, o cerne da questão de todos os estudiosos era a fundamentação da psicologia como ciência independente:
  • Hermann Ebbinghaus (estudo da memória e aprendizagem por método experimental, rebatendo a premissa de Wundt de que processo mentais superiores não poderiam se valer do experimental); Franz Brentano (dizia que a psicologia deveria estudar os atos mentais e não o conteúdo sensorial mental); Carl Stumpf (discordava da redução da experiência a um apinhado de elementos e defendia a fenomenologia, ou seja, que o fenômeno deveria ser estudado tal qual ele acontece); Oswald Külpe (discorda do método introspectivo de Wundt, o qual ele substitui por uma introspecção experimental sistemática, na qual ele ouve relatos de como as pessoas perceberam a realização cognitiva dentro de suas mentes, e, dessa forma, discorda também da limitação imposta por Wundt para o estudo de processos mentais superiores; descobre o pensamento sem imagens, que é o fato de o pensamento pode ocorrer sem qualquer componente sensorial ou imagético, que contrasta com a visão de Wundt de que toda experência derivava de estímulos de sensação ou imagéticos);
  •  Observamos que, logo após a fundação formal da psicologia, surgiram muitas divisões e controvérsias. Entretanto, apesar de todas as divergências, os primeiros psicólogos estiveram unidos em torno de um único objetivo: o desenvolvimento de uma ciência da psicologia independente;

CAPÍTULO 5 – ESTRUTURALISMO

  • Edward Bradford Titchener
  • Responsável por levar a psicologia de Wundt da Alemanha para os EUA, alterando-a drasticamente
  • Visão mecanicista: acreditava que era possível reduzir os processos conscientes a seus componentes mais simples
  • Influência dos empiristas e associacionistas britânicos, em busca dos “átomos da mente”, ou os elementos mais básicos e reduzidos da mente
  • O objeto de estudo da psicologia, para o estruturalismo, seriam esses processos conscientes elementares
  • Todo conhecimento humano é derivado da experiência humana e a experiência depende da existência dos indivíduos
  • Usava do método da introspecção experimental sistemática, tal qual Külpe, ou seja, utilizava relatos detalhados, subjetivos e qualitativos da atividade mental dos indivíduos durante a introspecção
  • Consciência: soma das experiências existentes em determinado momento // Mente: soma das experiências acumuladas ao longo do tempo
  • Erro de estímulo: confusão entre o processo mental que está sendo estudado e o estímulo ou objeto que está sendo observado, devido à um conhecimento já adquirido pelo indivíduo no passado; seria necessário, então, criar uma linguagem introspectiva, visto que a descrição baseada no cotidiano do indivíduo seria um erro de estímulo. Havia, também, a crença de que com o treino rigoroso do observador ele perderia esse erro de estímulo.
  • Três estados elementares da consciência: sensação, imagem e afetivo. A sensação: elementos básicos da percepção, presentes nas experiências provocadas pelos objetos físicos; A imagem: estão no plano das ideias, e refletem a lembrança de uma experiência no passado; As afeições: elementos da emoção, como amor, tristeza e ódio.
  • Atributos distintivos dos elementos mentais: qualidade 9característica objetiva), intensidade, duração, nitidez (foco da atenção durante uma experiência)
  • Críticas ao estruturalismo: críticas à introspecção (crítica à dificuldade de definição do método, crítica à necessidade de uma linguagem introspectiva, crítica ao fato de haver um intervalo entre a experiência e seu relato, maculando o relato, crítica posterior quando foi criado o conceito de inconsciente pois a introspecção não alcançaria essa instância psíquica); críticas à tentativa de reduzir os elementos da consciência (argumentavam que a experiência não ocorria na forma de sensações ou afetos, e sim em uma totalidade unificada)
  • Contribuições do estruturalismo: método de introspecção, mesmo que modificado, ainda é usado atualmente, pois considera-se que os relatos verbais baseados nas experiências individuais são formas legítimas de coleta de dados; Ter servido como alvo de críticas, pois as novas escolas de pensamento devem sua existência à reformulação da escola estruturalista.

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