A Sindrome de Down

INTRODUÇÃO

A síndrome de down é ocasiona por uma desordem cromossômica, a trissomia do cromossomo 21, que ao invés de dois cromossomos passa a contar com 3, e essa deficiência impõe muitos desafios não só na criança como para todo o grupo familiar, pois ela acarreta dificuldade e limitações no plano intelectual da criança.

O diagnostico pode ser visto nas primeiras horas após seu nascimento através das características físicas que são faces largas e achatadas, baixa implantação das orelhas, nariz pequeno e achatado, língua projetada para fora da boca, cabelo liso e ralo dentre outras, como também através de analises citogeneticas do cariótipo das células em metáfase.

Uma das características marcante dos portadores da síndrome de down é uma deficiência mental leve e por esse fator os portadores eram considerados como retardados e incapazes e em algumas sociedades considerados filho do demônio.

Na cultura grega, especialmente na espartana, os indivíduos com deficiências não eram tolerados. A filosofia grega justificava tais atos cometidos contra os deficientes postulando que estas criaturas não eram humanas, mas um tipo de monstro pertencente a outras espécies. (...) Na Idade Média, os portadores de deficiências foram considerados como produto da união entre uma mulher e o Demônio. (SCHWARTZMAN, 1999, p. 3-4).

Contudo hoje em dia essa síndrome tem sido encarada com outros olhares havendo uma maior conscientização dos familiares em admitir que os portadores tenham os mesmos direitos e deveres que qualquer cidadão e isso é fundamental para quebrar o estigma do passado que vem assombrando ate hoje.

Apesar de toda conquista a inclusão de portadores da síndrome de down tem ocasionado muitos problemas principalmente no meio educacional onde é visto como algo muito complexo pelo diversos fatores a serem analisados para sua implantação nas escolas.

Visando compreender os desafios que portadores, familiares e profissionais de ensino de deparam, este estudo procura analisar como ocorre o processo de uma criança portadora de síndrome de down no sistema escolar.

O objetivo é mostrarmos que a maioria dos portadores são capazes de compreender suas próprias limitações, tomar suas próprias iniciativas sem que os pais precisem ficar ditando o que fazer e esse são um dos fatores positivos e satisfatórios para que possamos entender seu desenvolvimento e socialização no meio de pessoas consideradas competentes e habilidosas por não apresentarem nenhuma síndrome.

Portanto constatamos que as escolas especiais privam os portadores a expandir suas relações sociais e consequentemente impedem que seus esforços intelectuais se desenvolvam.

Conforme Schwartzman (1999, p.253)

"...atualmente, no ensino regular, a criança deve adequar-se à estrutura da escola para ser integrada com sucesso. O correto seria mudar o sistema, mas não a criança. No ensino inclusivo, a estrutura escolar é que se deve ajustar às necessidades de todos os alunos, favorecendo a integração e o desenvolvimento de todos, tenham NEE ou não". (SCHWARTZMAN, 1999, p. 253).

 

SCHWARTZAN, J. S. Síndrome de Down. São Paulo: Mackenzie, 1999