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A TERAPIA DE ACEITAÇÃO E COMPROMISSO

Por:   •  19/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  5.471 Palavras (22 Páginas)  •  312 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO        3

2 ACT – TERAPIA DE ACEITAÇÃO E COMPROMISSO        4

2.1 OBJETIVOS DA ACT        5

2.2 ESTRATÉGIA E INTERVENÇÃO        6

2.3 QUADRO RELACIONAL        8

2.4 PROCESSO TERAPÊUTICO E O TERAPEUTA        9

2.5 HEXÁGONO DE FLEXIBILIDADE PSICOLÓGICA        10

3 FAP – PSICOTERAPIA  ANALÍTICA FUNCIONAL        13

3.1 AS CINCO REGRAS DA FAP        13

3.1.1 Regra 1 - Observe CRBs (esteja atento)        14

3.1.2 Regra 2 - Evoque CRBs (seja corajoso)        14

3.1.3 Regra 3 - Reforçar CRBs2 naturalmente (seja amável terapeuticamente)        15

3.1.4 Regra 4 - observe os efeitos potencialmente reforçadores do comportamento do terapeuta em relação aos CRBs do cliente (esteja atento ao impacto)        16

3.1.5 Regra 5 - forneça interpretações funcionais analiticamente orientadas e implemente estratégias de generalização (interprete e generalize)        17

3.2 GREEN FAP        17

4 CONCLUSÃO        20

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        21



  1. INTRODUÇÃO

Como o foco está sempre no comportamento do cliente, análises funcionais tendem a excluir a pessoa do terapeuta. Por isso, não é supérfluo que o processo terapêutico envolve no mínimo duas pessoas, sendo que o terapeuta também é fundamental (Delliti, 1997).

        Até chegar ao processo psicoterapêutico, os clientes passaram por situações extremamente punitivas. Refletindo sobre o papel da intimidade, que pode surgir neste encontro cliente-terapeuta, podendo-se dizer que o processo terapêutico não é uma via de mão única (Hayes, 1987).

        Pensando nesta relação terapêutica, a Análise Clínica Comportamental encontra-se na sua Terceira Onda ou Geração e no Brasil, isso tem sido caracterizado pelas propostas da ACT (Terapia de Aceitação e Compromisso) e Hayes (1987) e da FAP (Psicoterapia Analítico-Funcional) de Kohlenberg e Tsai (1991), nos processos terapêuticos. Ambas se enquadram na família das práticas psicoterápicas verbais – Análise Clínica do Comportamento.

        A ACT e a FAP são abordagens que se originaram durante os anos 80, a partir de uma análise funcional das interações entre cliente e terapeuta. Foram desenvolvidas para clientes que passaram por terapias empiricamente validadas, mas não melhoraram.

        No Brasil, as terapias, processos e procedimentos terapêuticos analíticos comportamentais estiveram sempre ancoradas às suas raízes behavioristas radicais, em movimento de inclusão de novas descobertas e consequentemente novas concepções.

        Este processo tem permitido a inclusão de processos clínicos de análise-intervenção cada vez mais abrangentes, o que enriquece os processos clínicos-comportamentais.


  1. ACT – TERAPIA DE ACEITAÇÃO E COMPROMISSO

A Terapia de Aceitação e Compromisso é uma psicoterapia comportamental criada por Steven Hayes, em 1987, baseada Teoria dos Quadros Relacionais e na Psicopatologia caracterizada na inserção contextual e sócio verbal dos problemas, e na análise funcional dos eventos privados, destacando o papel do comportamento verbal na origem do sofrimento humano. A ACT surge de um enquadramento filosófico chamado Contextualismo Funcional (Hayes, Hayes & Reese, 1988).

Como citado anteriormente, a ACT é uma das linhas de terapia da chamada terceira onda da Teoria Comportamental, onde une as técnicas da modificação do comportamento (1ª Onda) desde os primórdios da teoria baseada nas descobertas em laboratório (2ª Onda), a descobertas mais recentes a respeito do papel da emoção no processo clínico e na vida cotidiana (Hayes, Luoma, Bond, Masuda & Lillis, 2006).

A ACT é um enfoque psicoterapêutico embasado na Análise do Comportamento, com o intuito de enfraquecer a esquiva emocional e aumentar a capacidade para mudança comportamental.

“A meta fundamental da ACT é tratar a esquiva emocional, o número excessivo de respostas literais ao conteúdo cognitivo e a inabilidade de assumir e manter compromissos com a mudança comportamental” (Hayes, 1987; Hayes, Kohlemberg e Melancon, 1989; Hayes e Melancon; Zettle e Hayes, 1986, apud Hayes).

De acordo com a ACT, a psicopatologia diz respeito a processos comportamentais normais que, devido a situações adversas, tornam-se problemáticos, isto é, com componentes aversivos, com exceção de patologias orgânicas importantes como, por exemplo, lesões cerebrais.

A origem principal dessas situações reside em crenças e práticas da cultura e sociedade vivida. É ensinado ao indivíduo que a felicidade é algo cotidiano e almejado, enquanto tristeza deve ser evitada, como se em ambas não fizessem parte da nossa história de vida. A implicação deste tipo de prática é que o problema e a causa são concebidos como sentimentos, pensamentos, sensações corporais e experiências negativas, que leva o indivíduo a negar e evitar os eventos privados negativos (Hayes, 1987)

A ACT não pretende eliminar nenhum evento privado, mas, em vez disso, propiciar que sejam vivenciados como o que de fato eles são: apenas sentimentos, pensamentos, emoções e experiências. Treinar a capacidade de vivenciar um privado negativo tão bem quanto um positivo, por meio de mudança de contexto (desliteralização) é um de seus objetivos, com o esclarecimento de valores e o planejamento e execução de comportamento em direção a eles.

  1. OBJETIVOS DA ACT

A ACT é uma terapia comportamental que tem como objetivo, aproximar o indivíduo de sua experiência, que significa aceitar os eventos privados (eventos que apenas o indivíduo tem acesso) desagradáveis, como sentimentos, pensamentos, memórias e sensações julgadas ruins ou negativas, em vez de tentar controlar esses eventos ou mudar seus conteúdos, a ACT promove a observação e aceitação deles, aproximando o indivíduo de seus eventos internos também, tem como meta principal tratar a esquiva emocional e aumentar a capacidade para mudança comportamental (Saban, 2011).

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