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A Teoria da Técnica

Por:   •  4/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  5.189 Palavras (21 Páginas)  •  236 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde

Curso de Psicologia

A TEORIA DA TÉCNICA

Bianca F. Bernardo – RA00181514

Bruna Verago – RA00187097

Thiago Oliveira – RA00187098

Vanessa Belarmino – RA00188084

Veronica Djurovic – RA00182984

                                                 Yuri Tapia – RA00186157

Profª. Adriana

Disciplina: Psicanálise III

Turma: Psicologia VF3

SÃO PAULO

2017

BIANCA BERNARDO

BRUNA VERAGO

THIAGO OLIVEIRA

VANESSA BELARMINO

VERONICA DJUROVIC

YURI TAPIA

A Teoria da Técnica

Este presente trabalho pretende apresentar e explicar de forma sistemática as principais técnicas utilizadas pela teoria psicanalítica freudiana em contexto analítico.

Profª Adriana.

SÃO PAULO

        2017        

Sumário

Enquadre        4

Processos        5

Transferência        7

Contratransferência        9

Hipnose e Sugestão        10

Associação livre        12

Atenção Flutuante        14

A Teoria da Técnica e “Sessão de Terapia”        15

Conclusão        16

Referências Bibliográficas        18

A Teoria da Técnica

Enquadre

O enquadre foi introduzido na psicanálise por dois autores, Bleger e Winnicott, que propunham diferentes definições. Bleger, na Argentina, articula o enquadre com a simbiose, tendo uma concepção pessoal que não se difundiu fora da América Latina. Winnicott, na Inglaterra, cuja concepção foi amplamente adotada, trabalha com o termo “setting’.

O enquadre ou o setting analítico é o espaço criado para que a relação terapêutica aconteça, sendo um ambiente que permite ao paciente viver experiências raras, únicas e singulares, e reviver experiências velhas que podem ser ressignificadas, assim, levando a um amadurecimento. Ele se constitui a partir do cumprimento das regras do contrato, sendo, com isso, a soma dos procedimentos que formam o processo psicanalítico. Funciona como um novo modelo parental, sendo acolhedor ao mesmo tempo que estabelece regras. Oferece firmeza e acolhimento ao paciente, porém, deve frustrá-lo quando necessário.

Green (2008) distingue duas partes do enquadre: a matriz ativa, composta pela associação livre do paciente, da atenção e da escuta flutuante, e marcada pela neutralidade benevolente do analista, formando um par dialógico onde se enraíza a análise; e o estojo, constituído pelo número e duração das sessões. A matriz ativa é a joia que o estojo contém.

Dessa forma, o setting é uma das primeiras etapas do processo terapêutico (vindo logo após o psicodiagnóstico), sendo considerado o ponto mais concreto da relação terapêutica. É realizado verbalmente, devendo ser claro e objetivo. Inclui-se nele os seguintes pontos: i) esclarecimento dos papéis de analista/analisando; ii) lugar em que ocorrerá a análise; iii) horários de sessão do paciente; iv) honorários do analista. No que concerne ao esclarecimento dos papéis, assim, ele possui a função de delimitar o que cada um da dupla (terapeuta – paciente) assumirá. Dessa forma, a tarefa do paciente seria a de falar – falar o que quiser (associação livre), enquanto que a do terapeuta seria a escuta (escuta flutuante). A escuta oferecida pelo analista pretende alcançar o material latente presente no paciente.

Freud (1916), afirma que a relação terapêutica obedece certas regras. No que se diz a respeito ao paciente, associações livres: deve-se dizer, se possível, tudo que lhe vem à mente, sem dispensar qualquer pensamento. No que se diz a respeito ao analista, atenção flutuante: corresponde às associações livres do paciente. Deve ser neutro, não tendo nenhuma ideia pré-concebida quando escuta o paciente; renúncia a intervir junto aos circunstantes do paciente: o psicanalista se interessa pelo mundo interno do paciente e não pelos seus circunstantes; interpretação: principal instrumento terapêutico, que ajuda o paciente a perceber a origem real de seus sentimentos, medos ou inibições.

O autor também ressalta, ao fazer recomendações aos psicanalistas, que os aspectos importantes no início do tratamento são os acordos quanto a tempo e dinheiro, ou seja, o contrato realizado anteriormente ao tratamento efetivo. Nele, estão incluídos ainda o diagnóstico e indicação terapêutica realizados pelo analista.

Destaca-se uma dupla função do enquadre psicoterápico. A primeira delas teria um caráter dinâmico, criando um campo no interior do qual se desenrolaria a terapia. Já a segunda possuiria função tópica delimitando o lugar psicoterápico. Tal função se consistiria do conjunto de parâmetros espaço-temporais fixos do tratamento: neutralidade e constância dos locais, frequência das sessões, horários, duração, etc.

Assim, a função dinâmica é indissociável da função tópica, na medida em que, na opinião do grupo, é em relação ao campo cultural que se delimita o campo psicoterápico. O enquadre determina um “dentro” e um “fora”, sendo o dentro o campo psicoterápico, e o fora o campo sócio cultural.

Processos

O processo terapêutico psicanalítico consiste em revelar os conflitos originados submersos em seu inconsciente que provocam sofrimento em sua vida atual. Esse processo permite ao paciente, compreender seus conflitos e a razão da aparição de seu sintoma. Para isso, o estabelecimento de um contrato deve acontecer entre terapeuta e paciente, assim, o acordo entre os dois possibilita   condições para que a terapêutica possa se desenvolver.

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