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A VISÃO DE PROFISSIONAIS DA PSICOLOGIA PERANTE O DIAGNOSTICO E TRATAMENTO DO CANCER INFANTIL

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Por:   •  17/11/2014  •  4.528 Palavras (19 Páginas)  •  496 Visualizações

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Introdução

O Câncer é uma doença que até hoje, mesmo com os constantes avanços tecnológicos na sua detecção e tratamento, ainda é extremamente temida e fortemente associada à morte. Desde o diagnóstico até o fim do tratamento, o paciente sofre danos tanto físicos quanto psicológicos, pois além de submeter-se a procedimentos médicos geralmente agressivos, tem sua vida totalmente transformada pela presença da doença.

Quando o portador de câncer é uma criança, não há como não falar da família, pois os danos causados pela doença também afetam seus familiares de uma forma muito intensa e estes tem papel fundamental no tratamento e recuperação do paciente.

A descoberta do câncer traz o medo da dor, do sofrimento, da mutilação e a insegurança em relação ao futuro devido ao risco de morte. A criança e seus familiares têm todos estes medos compartilhados e suas vidas e rotinas transformadas com a descoberta da doença. Cada criança e cada família irão reagir de formas diferentes, tudo dependerá, entre outros fatores, não só do estágio em que a doença se encontra como da personalidade de cada um dos sujeitos envolvidos, mas em todos os casos, recursos internos sempre serão utilizados para o melhor enfrentamento de uma situação tão difícil que é ter um câncer ou ter um filho com este diagnóstico.

O Câncer Infantil

Etiologia: O câncer é uma doença genética caracterizada pela divisão e proliferação desordenada de células que sofreram mutação em seu material genético. Ele ocorre em qualquer parte do organismo e é o acúmulo das células dá origem aos tumores. Os tumores são caracterizados pelo agrupamento de células anormais, que uma vez formadas serão destruídas pelo organismo, permanecerão como tumores benignos ou se transformarão em tumores malignos. Tudo dependerá do sistema imunológico do indivíduo, que será influenciado por diversos fatores de risco. (Associação Brasileira do Câncer [ABC], 2007)

O tumor costuma atingir tecidos ou órgãos próximos à sua localização, mas caso ele não seja detectado e tratado precocemente, pode causar metástase, que é a formação de novos tumores a partir do primeiro e que atingem tecidos e/ou órgãos de áreas mais distantes da lesão inicial. Eles podem ser classificados em benignos ou malignos. O que diferencia as duas classificações é que ao contrário da primeira a segunda oferece risco de vida ao paciente devido ao seu caráter invasivo. Esta classificação só é possível a partir da realização de uma biópsia.

No caso do câncer infantil, ainda não são claros os fatores de risco que podem desencadear ou ativar a doença, ao contrária dos cânceres dos adultos, que além do fator hereditário, também é influenciado por fatores ambientais, hábitos alimentares, estilo de vida e aspectos emocionais. Sendo assim, como a prevenção ainda não é possível, o diagnóstico precoce do câncer infantil torna-se ainda mais importante. (ABC, 2007)

Os tipos mais comuns de neoplasias infantis são as leucemias, os tumores do sistema nervoso central e os linfomas.As leucemias caracterizam-se pelo acúmulo de células imaturas anormais na medula óssea, sobrepondo-se ao número de células normais, que prejudicam a produção das células sangüíneas, já que, é na medula óssea que são produzidas as células que compoem o sangue.

Os tumores do sistema nervoso central são responsáveis por 20% das neoplasias malignas infantis. Estes tipos de tumor podem localizar-se por toda a área que compreende o SNC e sua localização vai determinar o ritmo de evolução da doença, os sintomas e o prognóstico. Geralmente os tumores do SNC não extrapolam a cavidade craniana, impedindo a ocorrência de metástases. Devido à localização sensível, dependendo da área onde se encontra o tumor, não é possível a realização da cirurgia para a retirada do mesmo ou caso esta ocorra, é comum o risco de seqüelas. Os sintomas mais freqüentes são: dor de cabeça, vômito, náuseas, convulsão, paralisia de nervos e alterações da fala, marcha, equilíbrio e coordenação. (ABC, 2007; INCA, 2007; Núcleo de Apoio à Criança com Câncer [NACC], 2007)

Os linfomas têm origem nos linfonodos. Estes localizam-se no sistema linfático, que é responsável pela produção de células responsáveis pela imunidade. Os linfonodos podem ser encontrados em todas as partes do corpo e produzem os linfócitos, que são células com funções importantes no combate a infecções. A transformação destas células de normais para anormais seguidas de crescimento e disseminação descontrolada (que pode causar metástase) é o que caracteriza os linfomas. Este tipo de câncer é classificado em linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin. O primeiro pode ocorrer em qualquer parte do corpo e seu diferencial está na presença de células denominadas Reed-Sternberg no tecido do paciente. Já o segundo só ocorre no pescoço, nas axilas e na virilha. (ABC, 2007; INCA, 2007)

Além disso, também são típicos nas crianças o tumor de gânglios simpáticos (neuroblastoma), o tumor renal (tumor de Wilims), o tumor da retina do olho (retinoblastoma), o tumor germinativo, o tumor ósseo (osteossarcoma) e os tumores de partes moles (sarcomas). (INCA, 2007)

Os sintomas do câncer infantil podem ser facilmente confundidos com outros de doenças comuns na infância, o que pode retardar a procura de um pediatra e conseqüentemente a detecção precoce da doença, tornando-se assim, fundamental a atenção dos pais a qualquer um dos sintomas e no caso do surgimento de algum deles, a procura de um especialista para que o mesmo possa fazer o diagnóstico correto. (NACC, 2007)

Diagnóstico. O diagnóstico do câncer infantil deve ser feito precocemente, a fim de impedir que a doença se agrave e com isso o prgnóstico seja ruim. Ao contrário dos adultos, não existem exames preventivos que, feitos rotineiramente, detectem a manifestação do câncer. Daí a importância da avaliação periódica de um pediatra durante toda a infância.

São muitos os prodcedimentos utilizados na detecção dos cânceres. Entre os mais comuns e conhecidos estão: biópsia, punção, ultra-sonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética, hemograma, mielograma (exame da medula óssea), entre outros.

Tratamento. As tecnologias de detecção e tratamento do câncer infantil evoluiram muito nas últimas décadas, com exceção da prevenção, ao contrário dos adultos, já que nestes, já se sabe que a doença está asociada a fatores ambientais. Além disso, o diagnóstico precoce muitas vezes não ocorre pois, em geral, como já foi dito, os sintomas são muito semelhantes aos de outras doenças comuns na infância.

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