TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Análise da falta de preparação dos profissionais para alívio e tratamento da dor em pacientes hospitalizados

Pesquisas Acadêmicas: Análise da falta de preparação dos profissionais para alívio e tratamento da dor em pacientes hospitalizados. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  7/8/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.682 Palavras (7 Páginas)  •  480 Visualizações

Página 1 de 7

RESUMO:

A bioética é um grito por dignidade humana, dignidade da vida, do estar vivo, de estar no mundo, de estar saudável, de estar doente, de estar no fim da vida, de ser cuidado por alguém, independente do estágio que o ser humano se encontra é necessário ser respeitado, ser ouvido, ser cuidado como um todo nas suas várias dimensões. O ser humano não está preparado para adoecer, para morrer, sofrer, não aceita a morte, a limitação, só pensa e quer a cura, mas às vezes a vida é uma caixa de surpresa, e a cura não vem ai só resta solicitar a Ajuda a Deus para suportar o sofrimento do corpo e da alma. Relacionado a esse assunto pesquisei vários artigos para complementar esse raciocínio tão polemico às vezes.

INTRODUÇÃO

Vivemos numa sociedade dominada pela analgesia, em que fugir da dor é o caminho racional e normal. À medida que a dor e a morte são absorvidas pelas instituições de saúde, as capacidades de enfrentar a dor, de inseri-la no ser e de vivê-la são retiradas da pessoa. Ao ser tratada por drogas, a dor é vista medicamente como um barulho de disfuncionamento nos circuitos fisiológicos, sendo despojada de sua dimensão existencial subjetiva. Em meio medicalizado, a dor perturba e desnorteia a vítima, obrigando-a entregar-se ao tratamento. Ela transforma em virtudes obsoletas a compaixão e a solidariedade, fonte de reconforto. Nenhuma intervenção pessoal pode mais aliviar o sofrimento (Artigo A Dor e o Sofrimento na Reflexão Filosófica Pedro Cáceres). Percepção consciente da nocicepção.

Quase 25% dos pacientes de câncer morrem com dor severa e não aliviada. Um dos grandes problemas que o paciente tem é encontrar uma linguagem adequada para expressar sua dor, de modo a que seja adequadamente identificada e cuidada. Estudos realizados nas unidades de cuidados paliativos e câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que 4,5 milhões de pacientes em países em desenvolvimento e desenvolvidos morrem anualmente sem receber tratamento da dor e sem que lhes sejam considerados outros sintomas tão prevalecentes quanto à dor e que também causam sofrimento. (no artigo A Dor e o Sofrimento na Reflexão Filosófica - PEDRO CÁCERES).

"Vivemos a angústia de presenciar o sofrimento de pessoas em seu final de vida, porque fizemos crescer, de maneira exagerada, a tecnologia, e diminuímos desproporcionalmente a reflexão (...) Refletir não significa desprezar a tecnologia e, sim, coloca-la em seu devido lugar". A hora da despedida é única na vida de cada pessoa. Aqui, os valores e a fé são fundamentais dar um sentido à nossa existência: levam-nos a crer que a vida não acaba, proporciona uma dimensão de realização plena total no céu, junto de Deus.

" O campo da ciência é descrever, classificar e interpretar fatos e fenômenos da natureza, mas não é tarefa dela, por exemplo," dar as razões de nossa Esperança". Aqui entramos no campo dos valores humanos, âmbito da ética, Bioética e do mundo das religiões. Cabe ao profissional médico se ater aos dados científicos. São a razão e o conhecimento técnico-científico que o orientarão se deverá deixar de insistir em um tratamento, naquele momento histórico e circunstância particular. Enfim, o julgamento de intervir ou não deve se basear, acima de tudo, em diagnóstico e prognóstico.

Chega de tratar quem é terminal apenas como algo que se mantém vivo artificialmente ("...), servindo apenas à necessidade dos parentes e da sociedade de não assumirem a morte como coisa natural e inescapável". A dor é uma experiência pessoal e complexa que envolve vários componentes sensoriais, sociais, emocionais e comportamentais desagradáveis, associada a uma lesão tissular real ou potencial. Conceitualmente, nocicepção é a resposta neural ao estímulo nociceptivo e dor é a percepção consciente da nocicepção. A dor pode ser: aguda visceral e somática.

A dor aguda geralmente esta associada a algum tipo de lesão corporal e tende a desaparecer logo que esta melhor.A dor crônica é aquela que perdura por mais de seis meses. É aquela que persiste além do tempo razoável e esperado para a cura de uma lesão, ou que esteja associada e esperada para a cura de uma lesão, o que está associada a doenças crônicas, causadoras de dor contínua, ou que retorna em intervalos de meses ou anos. Só quando a faculdade de sofrer e de aceitar a dor for enfraquecida á que a intervenção analgésica tem efeito previsto.

A dor visceral se caracteriza pelo aumento da estimulação dos nocipceptivos viscerais, decorrente, especialmente de distensões, contrações e/ou trações, traumatismo, necroses de estruturas, torções e irritações das superfícies mucosas e serosas das vísceras, tornando-se intensa, desconfortável, difusa e de difícil localização.A dor somática advém da excitação de aferentes nociceptivos que inervam estruturas profundas como periósteo, músculos, articulações, tendões e fascias. Caracteriza-se como particularmente intensa, contínua, de fácil localização e proporcional à área lesada. Nos casos crônicos, pode ser percebida como uma dor lacinante, em punhaladas e, latejante, no caso de haver acometimento de vasos sanguíneos.

Dor sensitivo-discriminativa refere-se às características espaciais, de pressão, de tensão, térmicas e de vivacidade da dor, dor afetivo-emocional, que se traduz por sentimentos de cansaço, de medo, de punção e reações autonômicas;dor avaliativa, que se refere à situação global vivenciada pelo indivíduo.Dor oncológica é nociceptiva, neuropática ou simpática. Aproximadamente a dor oncológica é resultante de envolvimento direto do tumor , da invasão ou compressão de tecidos moles e obstrução ou invasão vascular.

Daniel Callshan definiu Sofrimento como sendo a experiência de impotência com o prospecto de dor não aliviada, situação de doença que leva a interpretar a vida vazia de sentido. Podemos dizer que a dor é fisiológica, enquanto o sofrimento é psicológico.Nem sempre quem está sentindo dor está sofrendo. O sofrimento é uma questão subjetiva e mais ligada aos valores da pessoa. .( no artigo A Dor e o Sofrimento na Reflexão Filosófica PEDRO CÁCERES).

“Cuidado paliativo o termo paliativo deriva do latim pallium”, que significa manto”. Esta etimologia aponta para a essência dos cuidados paliativos: aliviar os efeitos das doenças incuráveis ou prover um manto para aqueles que passam frios, porque estes não podem ser mais ajudados pela medicina curativa. (No artigo Distanásia e Princípios Bioéticos dos Cuidados Paliativos Luciana Cristina Tavares Caíres).Quando o paciente não pode ser curado, ainda temos muito que fazer por ele os cuidados paliativos

...

Baixar como (para membros premium)  txt (11 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com