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A atuação do psicólogo na UTI Neonatal

Por:   •  29/11/2018  •  Artigo  •  3.254 Palavras (14 Páginas)  •  501 Visualizações

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Faculdade Adventista da Bahia – FADBA[pic 1][pic 2]

Curso: PSICOLOGIA - (Bacharelado e Formação de Psicólogo)

A atuação do psicólogo na UTI Neonatal

Elen Fagundes*

Resumo

                O adoecer é sem dúvidas uma parte da vivencia humana a qual nunca se está preparado para viver principalmente quando esse vem acompanhado de uma internação em uma unidade de terapia intensiva. Mais difícil ainda é quando o paciente se trata de um bebê que acaba de chegar ao mundo e precisa passar um período de tempo nesse ambiente que traz consigo sentimentos hostis e angustiantes. Nesse contexto pais e paciente vivenciam dias de incertezas e medos frente ao desconhecido e a dor de ter que se separarem, muitas vezes por um período indeterminado. O presente artigo tem como objetivo entender a realidade vivenciada em uma UTI Neonatal por parte desses pais e paciente frente a crise da doença e compreender o papel do psicólogo nesse contexto. Foi feita uma revisão bibliográfica a partir de 7 artigos publicados entre os anos 2000 a 2017, em bases de dados, Google Acadêmico, BVS-Pepsic e Scielo.

Palavras Chaves: Psicólogo, UTI Neonatal, Hospitalar e Prematuridade;

Abstract

        Getting sick is undoubtedly a part of the human experience that is never prepared to live especially when it is accompanied by a stay in an intensive care unit. More difficult still is when the patient is about a baby that has just arrived in the world and needs to spend a period of time in this environment that brings with it hostile and distressing feelings. In this context parents and patients experience days of uncertainties and fears in the face of the unknown and the pain of having to separate, often for an indeterminate period. This article aims to understand the reality experienced in a Neonatal ICU by these parents and patient facing the crisis of the disease and to understand the role of the psychologist in this context. A bibliographic review was done from 7 articles published between the years 2000 to 2017, in databases, Google Academic, BVS-Pepsic and Scielo.

Keywords: Psychologist, Neonatal ICU, Hospital and Prematurity;

Introdução

Sabe-se que na atualidade a psicologia tem ganhado um espaço significativo nas mais variadas áreas de atuação, visto que seu trabalho é indispensável na construção da compreensão do comportamento humano e no auxilio por ele dado aos indivíduos em circunstâncias difíceis da vida. Nesse vasto campo onde atua o psicólogo se encontra a UTI Neonatal, lugar especifico que recebe bebes recém nascidos que necessitam de cuidados especiais devido alguma patologia ou complicações maiores. Diante da internação de um filho, pais, cuidadores ou familiares, desenvolvem sentimentos e até problemas emocionais frente ao quadro do bebê, pois há incertezas quanto ao futuro.

Para pais e familiares a prematuridade de um bebê internado em uma UTIN constitui um momento de sofrimento intenso diante das incertezas, medos e angustias frente ao desconhecido. Bock, Furtado & Teixeira (1992) citam que “uma pessoa pode viver situações difíceis e de sofrimento tão intenso, que pensa que algo vai arrebentar dentro de si, que não vai suportar, que vai perder o controle sobre si mesma... que vai enlouquecer”. Diante de toda essa pressão, principalmente os pais, enfrentam uma crise psíquica que precisa de uma atenção especial, pois esse momento crítico pode desencadear muitos conflitos e um deles pode ser a perca do vínculo afetivo entre os pais e o bebe.  

O trabalho do psicólogo é promover intervenções saudáveis com os envolvidos, pais, cuidadores e paciente a fim de oferecer subsídios para um enfretamento menos doloroso possível. E um trabalho multidisciplinar com a equipe medica para uma atenção humanizada. Será o psicólogo o facilitador da relação da equipe medica com os pais, salientando a importância do diálogo entre ambos sobre o quadro do bebe e os procedimentos que serão realizados. E por fim uma atenção voltada para o RN, seja com conversas, observação do comportamento e até mesmo o encorajamento aos pais sobre a importância da presença deles na UTI.  

Pensando nesse processo de sofrimento psíquico dos pais frente a internação e do próprio RN na UTIN, o presente estudo tem por objetivo trazer uma melhor compreensão da atuação do psicólogo nessa unidade.

Metodologia

        O presente artigo é uma revisão bibliográfica a partir de estudos publicados em delimitada faixa de tempo entre os anos 2000 a 2017 pesquisados em bases de dados, Google Acadêmico, BVS-Pepsic e Scielo sendo esses no total de 7 artigos todos sobre o tema a atuação do psicólogo na UTI Neonatal. Foram utilizados na pesquisa as seguintes palavras chaves: Psicólogo, UTI Neonatal, Hospitalar e Prematuridade e como critérios de inclusão utilizou-se apenas artigos em língua portuguesa que respondiam a o questionamento norteador.

O surgimento da Psicologia

O saber psicológico dentro da história da humanidade já foi visto e caracterizado de diversas maneiras e em várias vertentes diferentes. Os primeiros a pensarem na psicologia foram os gregos e é de lá mesmo que se tem a origem do nome: psyché, que significa alma, e de logos, que significa razão, pensando assim então ela era caracterizada como o estudo da alma, lugar de onde se originavam os sentimentos. Já em Roma na idade média a psicologia era relacionada a religião, Santo Agostinho (354-430) um dos filósofos que demarcou essa época, dizia que a alma era responsável por ligar o homem a Deus. Posteriormente, chega o renascimento e com ele René Descartes (1596-1659) que faz uma separação entre corpo e a mente, porém foi através de Wilhelm Wundt (1832-1926) no ano de 1875 que a psicologia surgiu como ciência se desligando de ideias espirituais ou abstratas e desde então foi tomando forma e sendo lapidada como saber cientifico (BOCK, FURTADO & TEIXEIRA, 1992).

Conhecida por estudar o comportamento humano e compreender a subjetividade do mesmo, a psicologia vem se tornando um vasto campo de conhecimento que abrange diversas abordagens, que, mesmo sendo diferentes constituem o mesmo objetivo. Dentro dessas variedades especificas temos saberes como a psicanalise, behaviorismo, Gestalt, existencialismo assim como a diversidade nas áreas de atuação desde consultórios clínicos, hospitais, organizações, instituições de saúde, escolas e até mesmo no transito. Todo esse crescimento se deve ao fato do entendimento da necessidade e contribuição do psicólogo nesses contextos.

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