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A caracterização do campo do contexto e área de atuação

Por:   •  27/5/2019  •  Projeto de pesquisa  •  4.025 Palavras (17 Páginas)  •  164 Visualizações

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Informações iniciais:

Nome do Psicólogo entrevistado: Matheus L. Xavier.

Data da entrevista: 29 de Março de 2019.

Entrevistador principal: Maicon Silva.

Entrevista

A caracterização do campo do contexto e área de atuação.

1 - Descreva sua(s) atividade(s) como psicólogo, isto é descreva especificamente o que faz, o que fez e o que faz como profissional neste contexto.

R: Bom, no contexto da área da educação, você acaba oferecendo um trabalho para a instituição escolar. Então quando você chega a uma instituição, você precisa enxergar ela como um todo. Você vai prestar um serviço aos pais dos alunos, os alunos, os professores, os auxiliares e para todos que envolvidos na comunidade escolar. Então é um trabalho que você vai orientar, você vai fazer uma palestra, você vai fazer um grupo. Então ele sempre vai ser contado para a demanda da instituição. Isso é um trabalho que a gente fala assim “você tá cooperando”. Tem outras coisas que um psicólogo pode fazer também dentro de uma escola. Por exemplo; com a equipe da escola, Coordenador, Pedagógico, Diretor. Ele pode participar do projeto político Pedagógico da escola, oferendo as contribuições que a Psicologia traz; “Psicologia do desenvolvimento”. “Neuropsicológia”. Todas essas áreas também se encontram conciliadas. Vamos dizer assim, com a área da educação. Tem a Psicomotricidade que também pode auxiliar, então o profissional pode ampliar e até mesmo ofertar auma maior possibilidade para que se construa um novo projeto Pedagógico bacana. Então é mais ou menos dentro dessa vertente. Ele pode ser com crianças, com adolescentes, com adultos. A minha área maior foi a educação infantil e no ensino fundamental. Então na educação infantil eu trabalhei com crianças de 0 até 6 anos. E no ensino fundamental dos 6 até 8 por aí. Trabalhei um pouquinho com adolescente, quando trabalhei na área da fundação “Educandário”, lá é uma escola também. Mas lá onde eu trabalho com adolescentes foi um pouquinho diferente desse do contexto escolar. E tendo em vista que na época lá não oferecia aula para os adolescentes. Era uma atividade que a gente chamava de Contrator-escolar, então tinha uma outra visão. Já com as crianças menores, e as crianças do ensino fundamental foi acompanhamento do desenvolvimento delas, orientação dos professores diante das dificuldades e das questões psicológicas que vão surgindo ali na relação. Ou seja na relação do professor com o aluno, seja na relação dos próprios professores, na relação do professor com a equipe que é o Pedagogo responsável, Pedagogo Diretor. Então é um profissional que tem um olhar muito amplo para todas as situações. Eventualmente também é convidado a fazer processos de seleção dentro da escola. Se não for uma escola pública, né. Que o processo de seleção ou seja um concurso. Quer dizer; seja um concurso, ele pode atuar também fazendo o processo de seleção do Corpo docente, nos funcionários que auxiliam ali, no pessoal da manutenção, da limpeza, da cozinha e da escola. Ele pode também auxiliar com esse conhecimento que ele tem.

2 - Como é o seu local de trabalho?

R: Bom, o meu local de trabalho foi e é ainda, né. Porque eu ainda não vinculei totalmente de lá, chama “Creche Santo Antônio”. É uma creche que passou por uma série de mudanças, é uma entidade filantrópica, mas ela tem um contrato, ela tem um vínculo com a Secretária Municipal de Educação. Então a Secretária Municipal de Educação custeia o trabalho, custeia através de um valor per carpeta. Então cada aluno tem um valor e desse valor, se faz um contrato de convênio onde todo o custo com despesa pessoal, manutenção, material de consumo. Tudo é pago pela secretária. Quando eu entrei lá, a gente tava fazendo um trabalho que era bem invocado ainda para questões sociais. Ainda tava pegando resquícios daquela situação da creche pertencer a secretária da assistência social. Aquilo no município era conhecido como secretária do bem estar social. Logo depois ela passou a pertencer a Secretária da Educação. Aí entraram os régulos pedagógicos, a exigentes de projetos. Só que isso é uma história da creche. As creches tinham esse caráter assistencial. Hoje não mais. Hoje elas são puramente instituições de educação. Elas são escolas. Então eu peguei bem nessa transição. Essa transição, eu fui ajudando a instituição também a se adaptar a essa modelo, sair do modelo puramente existencial e entrar no modelo educacional. Então é um ambiente muito grande. É uma escola que tem uma média de 180 alunos distribuídos agora entre 0 à 9 meses. Agora estão um pouquinho mais grandes. Numa idade aí de 11 meses até 3 anos. Eles ficam lá em período integral. São 28 funcionários divididos entre cozinheira, pessoal que trabalha na secretária, os professores, os auxiliares. Então todo esse grupo forma um total de 28 pessoas. E é com esse público que eu venho trabalhando. Além disso os pais também, os alunos que sempre precisam de orientação.

3 - Em sua opinião, quais são as condições necessárias para realização de seu trabalho. Você as tem? Você tem autonomia nas decisões relacionadas as suas atividades?

R: Olha, o trabalho dentro de uma instituição, ele te dá algumas autonomias, principalmente aquelas que são éticas. Só que por outro lado. Também cabe ao Psicólogo compactuar com essas atitudes ou não, então, assim, que tem que partir do profissional. Se você está numa escola e pedem pra você fazer uma coisa que não é possível. Você tem que encontrar uma forma de resolver isso ou procurar outro lugar. Quando você consegue fazer aquilo que é possível, você consegue desenvolver seu trabalho. Você consegue colocar ali reflexões, coisas importantes que vão acrescentar, mesmo que as vezes elas vão um pouquinho contra aquilo que a escola propõe. Porque isso acontece. Apesar do olhar que a gente leva, é um pouquinho diferente do da escola. Só que não precisa ser uma coisa que venha gerar uma rivalidade, uma coisa que venha causar um mal-estar e sim algo que possa conciliar o trabalho. Então eu acho que isso é ter autonomia, você conseguir fazer um trabalho de uma forma ética, de uma forma competente, mas ao mesmo tempo seguindo também as condições da escola. Então é possível.

4 - Você nas suas atividades, trabalha com outros profissionais? Se sim, quais?

R: Sim. Lá tem uma creche que foi muito muito pautada pela Assistência Social, como eu disse. Então o corpo ali de direção é formado por pessoas do serviço social. Então eu sempre transitei entre o serviço social e a Pedagogia, então sempre caracterizado com um trabalho multidisciplinar. Ultimamente a gente tem transitado também com o pessoal da Nutrição, da Morfologia, por conta de ser um lugar que trabalha com crianças muito pequenas, a gente também faz um trabalho de prevenção. Então se a gente percebe que há algum atraso, ou algum sinal de atraso no desenvolvimento da criança que para os médicos as vezes fica parecendo; “Não, tem que esperar e tudo mais”. A gente entra em contato com estes profissionais para podermos auxiliar na nossa investigação do desenvolvimento daquele aluno.

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