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A importância da teoria construtivista e suas implicações para a prática psicopedagógica

Por:   •  3/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  5.784 Palavras (24 Páginas)  •  160 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DA TEORIA CONSTRUTIVISTA E SUAS IMPLICAÇÕES NA PRÁTICA PSICOPEDAGÓGICA

Manoela Siqueira Guimarães Borges[1]

RESUMO

Este artigo buscou, por meio de uma pesquisa bibliográfica, conceituar a teoria construtivista de Jean Piaget, a epistemologia genética, destacando os processos de acomodação, de assimilação, de equilibração, os estágios de desenvolvimento e sua implicação na prática psicopedagógica. O estudo aborda as vantagens de um ensino voltado para a construção de conhecimentos pelo próprio aluno através de suas vivências e experiências. Ressalta que a aprendizagem pressupõe interação, compreensão, participação e interpretação, entendendo a escola como espaço propício para desenvolver as potencialidades inatas dos alunos e concluí que a prática psicopedagógica deve se apropriar da teoria construtivista para propiciar e fomentar a construção do conhecimento.

Palavras-chave: Construtivismo. Psicopedagogia. Aprendizagem.

ABSTRACT

This article sought, through bibliographical research, to conceptualize the constructivist Jean Piaget’s theory, the genetic epistemology, highlighting the processes of accommodation, assimilation, equilibration, the stages of development and its implication in psycho-pedagogical practice. The study addresses the advantages of a teaching aimed at the construction of knowledge by the student himself through his experiences and experiences. It emphasizes that learning presupposes interaction, understanding, participation, and interpretation, understanding the school as a propitious space to develop the innate potentialities of the students and I conclude that the psycho-pedagogical practice must appropriate the constructivist theory to propitiate and foster the construction of knowledge.

Keywords: Constructivism. Psychopedagogy. Learning.

1 INTRODUÇÃO

Para desenvolver esse artigo foi realizada uma pesquisa bibliográfica para conceituar a teoria construtivista e suas implicações na prática psicopedagógica, tendo como princípio que a Psicopedagogia é uma área do conhecimento e o seu objetivo de estudo é aprendizagem, faz-se necessário aprofundar a pesquisa sobre a epistemologia genética que justamente analisa como ocorre o processo de aprendizagem humana.

A psicopedagogia compreende os alunos como aprendentes, autores do seu caminhar e da sua própria aprendizagem, entendo-a como a aquisição de atitudes, habilidades e conhecimento e a teoria de Piaget fundamenta como o indivíduo adquire conhecimento e aprende em cada etapa de desenvolvimento.

A teoria construtivista entende a criança como um ser responsável pela construção do seu próprio conhecimento, como agente reflexivo, criativo e crítico e não como um recipiente vazio a ser preenchido por saberes prontos e fechados.

Esse artigo terá como objetivo discutir os conceitos da Epistemologia Genética desenvolvida por Jean Piaget e num segundo momento sobre a implicação dessa teoria na prática psicopedagógica.

O aprofundamento no estudo da teoria construtivista é de suma importância para que possa ser utilizada tanto por educadores quanto por psicopedagogos que trabalhem com as dificuldades de aprendizagens. Tendo em vista que o campo de atuação do psicopedagogo é o processo de aprendizagem considerando o sujeito, a família, a escola, a sociedade e o contexto sócio-histórico no qual esse sujeito está inserido, utilizando procedimentos próprios fundamentados em diferentes referenciais teóricos.

A intervenção psicopedagógica deve ser baseada na ordem do conhecimento, relacionada com a aprendizagem, considerando o caráter indissociável entre processos de aprendizagem e suas dificuldades. Com objetivo de promover a aprendizagem, contribuindo para os processos de inclusão social, compreender e propor ações frente às dificuldades de aprendizagem, realizar pesquisas científicas no campo e mediar conflitos relacionados aos processos de aprendizagem.

O artigo pretende discutir a ideia do construtivismo de que nada é, a rigor, pronto, acabado, que o conhecimento não é dado como algo determinado, que entende o conhecimento como a interação do indivíduo com o meio social e físico, mostrando que o construtivismo não é um método de ensino.

Ao abordar esse tema pretende-se ressaltar a importância da prática pedagógica estar em constante transformação, de entender que tanto o conhecimento pedagógico quanto o conhecimento humano é algo inacabado, em movimento, em construção.

2 DESENVOLVIMENTO

Para analisar a importância da teoria construtivista para a prática psicopedagógica é preciso, primeiramente, conceituar uma das teorias mais discutidas no âmbito educacional e, muitas vezes, mal interpretada: o Construtivismo, teoria sobre conhecimento e aprendizagem, englobando o que vem a ser saber e como adquirimos esse saber. (RAPPAPORT, 1981)

A teoria construtivista originou-se dos estudos realizados por Jean Piaget, pesquisador suíço de diversas áreas: biologia, psicologia e filosofia. Sua teoria do desenvolvimento humano é denominada epistemologia genética, ciência voltada ao estudo da natureza do desenvolvimento de todo o conhecimento, principalmente o pensamento da criança.

O foco de Piaget (2001) foi o estudo dos processos do pensamento presentes desde a infância inicial até a idade adulta, de como o conhecimento se desenvolve desde as rudimentares estruturas mentais do recém-nascido até o pensamento lógico formal do adolescente, buscando entender como as estruturas iniciais se transformam dando lugar a outras cada vez mais complexas. A aprendizagem aparece como reguladora do conflito entre os modelos do mundo já existentes e a construção de novas representações da realidade. A criança, para entender o sentido do mundo, lida ativamente com objetos e pessoas, constrói estruturas que a auxiliam a compreender os acontecimentos e a sistematizar suas ideias com coerência.

A epistemologia genética pressupõe que o conhecimento possibilita um estado de equilíbrio interno que propicia a adaptação ao meio ambiente, tendo como função produzir estruturas lógicas no ser humano para que sua atuação no mundo se torne mais complexa e maleável.

Na ótica construtivista, herdamos um organismo que amadurece em contato com o ambiente, mas não a inteligência. Afirma a existência de uma relação estreita entre o biológico e o mental, pois todo organismo possui propriedades que lhe possibilitarão relacionar-se com o ambiente, seus aspectos físico, social, de relacionamento humano, que o homem necessitará desenvolver, recursos intelectuais, não inatos, para viver num ambiente social.

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